FIM

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Minha mãe proibia que eu tocasse no seu celular ou computador, sem contato nem um com meus amigos de longe, sem contato nenhum com as redes sociais ou algo do tipo, estou parecendo uma adolescente de castigo ou até pior, uma condenada, longe de todos e longe da pessoa que eu mais amo e sinto falta. Erick Gaham, que nem mesmo se lembra quem eu sou, mas ele vai lembrar e vai vir atras de mim, mas creio que não será tão cedo. Em quanto eu espero sua chegada, eu vou ter que seguir minha vida, sem Erick, sem aquele que eu precisava do meu lado pra sorrir e sentir o que é esperança. E sabem o que é o pior de tudo? Fui eu que escolhi me condenar, mas não condenarei meu filho. Isso vai passar, eu sei.

Minha mãe, eu e o Lucas fomos para o shopping para comprar novas roupas..

A ida do shopping foi tão depressiva quanto ficar trancada no meu quarto. Lucas é um grande dorminhoco ele dorme toda hora e não acorda tão facilmente e isso é bom. Toda vez quando coloco Lucas para dormir, perguntava para minha mãe se Roberto, Lilian ou até mesmo Erick ligou para ela com alguma noticia ou sei lá, mas diz ela que está com o número novo e todos meus amigos estão avisados para não ligar ou tentar fazer contato, pois tem hakes para todo lado, será fácil de nós achar se fazer algum tipo de ligação ou contato.

Parei de perguntar se alguém ligou para dar alguma notícia do Erick ou sei lá, já faz uma semana. A última vez que perguntei para minha mãe, ela se expressou de uma maneira me fazendo acordar para a realidade. Que aquela minha vida e todas que estavam nela, acabou. Teve o seu fim.

Minha vontade de hoje é dar um perdido na minha mãe no shopping, ir para uma loja de celulares e comprar um celular! Mas minha mãe me mataria, e ela está tentando me proteger. Estou me iludindo muito, só faz um mês que eu parti, Erick ainda não deve ter se lembrando de mim, isso vai levar tempo ainda mais sem minha ajuda frequentemente na sua vida.

Chegando no shopping, coloquei um falso sorriso para todos que estão na minha volta e elogiam Lucas que está dormindo no carrinho igual um anjinho.

Entramos em algumas lojas, mas nada do meu interesse por enquanto. Já a minha mãe está com umas cinco sacolas e umas três só com roupinhas de bebê.

— Quando vamos comer?.- Digo entediada na fila esperando minha mãe pagar mais algumas roupas novas.

– Depois que pagar, vamos para a praça de alimentação.- Minha mãe dizia sorridente com suas compras em mãos.- Você não vai levar nada?.- dizia ela olhando minhas mãos vazias.

— Eu não gostei de nada desse loja.

– Você falou isso nas quatro lojas que passamos.

— Fazer o que se eles não fazem peças de roupas do meu gosto?.- Ri sarcástica e minha mãe revira os olhos.- Ok, eu gostei de um macaquinho pro Lucas.

– E cada ele?.- Minha mae abriu um largo sorriso.- Vai pega-lo antes que chegue minha vez na fila.- Minha mae disse me apressando.

— Eu nem lembro onde está o macaquinho mãe, deixa quieto.- Falei desanimada novamente e o celular da minha mãe toca loucamente dentro da sua bolsa que faz minha mãe ficar tensa, mas ela soube disfarça.

– Vai logo filha, minha vez está quase chegando. Vai, vai!.- Minha mae me empurrava da fila com pressa para eu ir pegar o macaquinho.

— Que louca.- Dizia para o Lucas que esta no carrinho olhando atentamente com seus olhos verdes bem claros e bem abertos olhando tudo em sua volta. Seus olhos são iguais a do Erick, verdes claros e grandes. Sorri pela lembrança.

Olhei para trás verificando se minha mãe andou na fila e vejo que ela está brigando com alguém no celular acho estranho e procuro rápido o macaquinho.

O Vilão da minha históriaOnde histórias criam vida. Descubra agora