Capítulo 12 - Segunda Temporada

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GIOVANNA'S POV

Acordei com o sol batendo em minha cara. Gemi em protesto e abri os olhos lentamente. Maldita memória de peixe. Maldito clima brasileiro. Esse tipo de coisa não acontece em Londres.

- Niall... - gemi enquanto fechava meus olhos, que doíam pelo excesso de claridade.

- O que foi? - ele falou e levantou minha cabeça, direcionando meu olhar ao dele. - Não dormiu bem?

- Não é isso... Fecha a janela... - resmunguei. Ele riu e se levantou. Alguns instantes depois a luz no quarto diminuiu e me permiti abrir os olhos novamente. - Agora deita aqui de novo.

- Nem pensar, senhorita. - ele falou rindo. - Levante essa bunda gorda da cama se não vamos perder a programação de hoje.

- Que horas são? - perguntei.

- São 10h. - ele respondeu. - Temos que sair de casa ao meio dia, mais ou menos.

Bufei e me levantei da cama. Fui até o banheiro e fiz tudo que tinha que fazer (escovar os dentes, tomar banho, etc). Voltei ao quarto só de calcinha e sutiã. Niall sorriu e entrou no banheiro. Ouvi o barulho de água caindo e tive a certeza de que ele entrou no chuveiro.

Suspirei e fui olhar a roupa que ele tinha separado na roupa anterior. Uma calça jeans skinny que ele adora, meu all star preto de cano alto e minha camiseta do corinthians vermelha que tem São Jorge desenhado. Ele realmente sabia que tipo de roupa me agrada.

Ouvi o som de água parar e momentos depois ele entrou no quarto apenas com uma toalha enrolada na cintura, cantarolando baixinho. Reconheci a música instantaneamente. She's not afraid.

- Gih, desce e vai tomando café com as meninas. - ele pediu. - Eu vou daqui a pouco.

Assenti e desci as escadas. As outras três mulheres estavam sentadas à mesa, mas ainda não tinham começado a comer. Nem sinal do meu padrinho.

Coincidência ou não, elas estavam usando camisetas do nosso time também. Ignorei esse fato e me sentei. Desejei-lhes bom dia e comecei a comer. Alguns minutos depois vi Niall entrando na cozinha com a camiseta mais atual do Corinthians, o modelo azul.

Tudo finalmente fez sentido. Domingo a tarde. Meu time de futebol. Temos horário para sair. Todos usando camisetas do mesmo time como se fossemos torcer...

- Nini, você vai me levar pra assistir o jogo no estádio? - perguntei incrédula.

- Melhor que isso. - minha madrinha disse. - Ele comprou os melhores lugares e vai levar todos nós.

Sorri com a idéia e voltei a comer. Ele começou a comer também e ficamos em silêncio, até que uma buzina alta quase estourou meus tímpanos.

- Que diabos é essa buzina? - perguntei estressada.

- Bem, sua família não é pequena... Então eu aluguei um ônibus de luxo para nos levar. Todos já estão lá, só falta a gente.

- Prontos? - Carol perguntou. Assentimos e ela abriu o portão da frente.

Niall saiu na minha frente e vi o que estava escrito a parte de trás de sua camiseta. Um número 9 ocupava quase todo o espaço, e sob ele o nome do "jogador": Gennari. Sorri ao ver aquilo e me pendurei em seu pescoço.

- Gostou? - ele perguntou, sabendo que eu tinha lido sua camiseta. Assenti e ele sorriu.

- O que está escrito na minha? - perguntei.

- O número 13 e o nome Horan. - ele disse sorrindo. Assenti em aprovação e nós 5 subimos no ônibus.

Toda a minha família estava lá, gritando e cantando, todos com camisetas do Corinthians. Menos minha tia e meu padrinho, claro. Eles são palmeirenses.

- Por que eles estão tão animados? - Niall perguntou para a Isadora.

- Porque nós não vamos ao estádio desde que a Gih foi embora. - ela respondeu.

O ônibus começou a andar e eu tive uma idéia brilhante, que quase deixou o garoto loiro ao meu lado surdo.

- VAI CORINTHIANS! - gritei bem alto para todos ouvirem. Recebi um coro das mesmas palavras em resposta.

- Um viva para o melhor cunhado que eu poderia pedir a Deus! - meu irmão gritou, me fazendo rir. A família toda gritou um "viva" bem alto, fazendo Niall corar. Apertei suas bochechas e ele gemeu em protesto.

- Ai, isso dói! - ele reclamou.

- Eu sei, é por isso que eu faço. - rebati e ele me olhou emburrado. - Desculpa, Nini, é que suas bochechas são irresistíveis!

- Tudo bem, acho que eu posso suportar isso. - ele falou. - Vem, vamos tirar uma foto.

Encostei minha cabeça na dele quando este pegou o celular. Ficamos fazendo caretas e mais caretas e fotografando cada uma delas. Só paramos de tirar fotos quando chegamos ao estádio.

Todos os torcedores estavam parados na frente, esperando a abertura dos portões. Eu ia me levantar, mas ele segurou minha mão e negou com a cabeça. O ônibus nos conduziu até uma outra entrada, o lugar por onde os jogadores entram. Descemos do veículo nos conduziu através dos vestiários até nosso camarote especial. Ninguém que estava do lado de fora conseguia ver o que acontecia dentro dele. Acho que foi exatamente por isso que Niall o escolheu.

- Senhor? - o segurança falou para o Nialler. - Não pude deixar de reconhecer quem você é, senhor. Será que você poderia me dar um autógrafo para minha filha? Ela é muito fã de vocês.

Niall assentiu e o homem tirou os dois CDs dos meninos de sua mochila. Ele os tomou em suas mãos.

- Qual é o nome da sua filha? - ele perguntou.

- É Viviane, senhor.

- Niall. Me chame de Niall. - ele disse enquanto assinava.

- Tudo bem. Pelo menos isso vai compensar o fato de que ela não vai na Where We Are Tour.

- Por que ela não vai? - perguntei, ficando curiosa de repente.

- Não conseguimos comprar os ingressos. Estavam esgotados. - ele explicou.

- Não seja por isso, senhor... - Nini começou, mas parou ao perceber que não sabia o nome do homem.

- Gustavo. - ele completou.

Niall sorriu e pegou sua mochila. Tirou de lá de dentro dois ingressos para o show e crachás de passe ao camarim.

- Dê isso a ela. - ele falou, entregando os CDs e as coisas que pegou na mala. - Agora ela pode ir no show.

- Muito obrigada, senhor, quer dizer, Niall. Muito obrigada mesmo. - Gustavo disse. - Minha filha e a melhor amiga vão ficar tão felizes!

- Ah, espere um pouco. - falei, puxando minha bolsa. Tirei de lá um pequeno relicário. De um lado, uma foto minha com as meninas, e do outro, minha com os meninos. - Dê isso a ela. Garanta que ela usara no dia do show, assim vamos reconhecê-la entre todas as fãs que passarão por lá.

Ele agradeceu pela milésima vez e saiu. Olhamos em volta e percebemos que o estádio já estava cheio. Minha família toda já estava sentada nas confortáveis cadeiras da área reservada e analisavam o campo atentamente enquanto os jogadores entravam no campo.

Eu e Niall nos sentamos também e passamos a prestar atenção no jogo. Eu fico muito nervosa quando vou nos estádios. Ele percebeu isso e segurou minha mão no começo do jogo, sem soltá-la até o apito final.

Era uma partida clássica no futebol de São Paulo. Corinthians e Santos. Os 90 minutos de bola rolando foram marcados por gritos de comemoração da minha família. A Gaviões da Fiel cantava o tempo todo. Era impossível se deprimir naquele cenário.

O placar? Corinthians 3 X 0 Santos. Sou pé quente, oras! (Sqn).

Saímos do estádio e fomos passando na casa de todos e depois fomos até a casa da minha madrinha.

Subimos até o quarto e uma outra roupa tinha sido separada para mim. Uma calça vermelha que eu simplesmente amo e uma camiseta da minha escola de samba favorita, Mocidade Alegre.

- Não me diga que vamos pra Mocidade agora? - perguntei e ele assentiu sorrindo. - Mas você não tem camiseta de lá.

- Sua madrinha cuidou disso. - ele disse, mostrando uma camiseta nova da mesma agremiação.

- Muito bem. - falei e comecei a me trocar. Ele apenas trocou a camiseta e passou mais perfume. Já mencionei que eu fico louca com aquele cheiro?

Terminei de me trocar e fui fazer uma maquiagem básica. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo alto (embora eu odeie cabelo preso). Coloquei meus keds vermelhos e me olhei no espelho.

- Hoje eu vou te ensinar a sambar, meu bem. - falei a ele.

- Mal posso esperar. - ele respondeu. Rimos um pouco e descemos as escadas.

- O ônibus já está aí na frente, e cheio outra vez. - meu padrinho falou. - Niall, coloque seu gorro e seus óculos, serão sua única proteção naquele lugar.

Ele assentiu e colocou o que foi mandado. Nos apressamos e em cerca de meia hora estávamos todos no camarote da presidenta da escola.

A noite foi simplesmente muito animada. Nini até que não era um sambista tão ruim e conseguiu aprender os passos rapidinho.

Assim que voltamos pra casa, tomei um banho rápido para tirar o suor do corpo e m joguei na cama. Niall fez o mesmo e se deitou ao meu lado. Me envolveu em seus braços e me fez apoiar a cabeça em seu peito.

Estávamos tão cansados que não falamos mais nada, simplesmente dormimos.



Era um sonho tão bom! Pena que durou pouco. Acordei de manhã com o Niall me lambendo, alegando que eu não acordava de jeito nenhum.

Bufei e me levantei da cama, sempre resmungando e gemendo em protesto. Lavei meu rosto, escovei os dentes e voltei ao quarto.

- Por que o mal humor? - ele me perguntou. "Como se você não soubesse", pensei.

- Você sabe que odeio acordar cedo demais. - expliquei. - Vai tomar café comigo ou vai ficar parado no meio do quarto me olhando?

Ele acordou de um devaneio qualquer e veio me acompanhar. Descemos as escadas e minha madrinha estava tomando café sozinha.

- Onde estão as meninas e o dindinho? - perguntei.

- A Isadora foi pra faculdade. Seu padrinho e a Carol foram trabalhar. - ela explicou se levantando. - E eu também já preciso ir.

Ela deu um beijo na testa da Gih e acenou para mim. Ouvimos o barulho do portão se fechando e nos sentamos para comer.

- Qual é a programação de hoje? - perguntei assim que terminei de fazer meu lanche.

Me levantei para pegar as batatas do Niall no armário onde as guardei e entreguei-as assim que voltei.

- Obrigado. - ele começou. - Bem, eu vou te levar em um lugar hoje.

- Mas você não conhece nada por aqui!

- Não preciso. Nós vamos a pé. - ele falou sorrindo. Assenti com a cabeça e terminamos de comer em silêncio.

Voltamos ao quarto e eu arrumei a cama e separei nossas roupas enquanto ele tomava banho. Quando ele voltou ao quarto, fui até o banheiro e entrei no chuveiro. Tomei um banho rápido e me troquei.

Voltei ao quarto com o cabelo molhado e ele estava deitado na cama, já vestido, apenas me esperando. Sequei meu cabelo o mais rápido possível e peguei minha bolsa.

- Vamos? - perguntei e ele assentiu.

- Antes de sairmos, coloca isso.

Ele me entregou uma venda preta e eu o olhei descrente.

- Isso é mesmo necessário? - perguntei e ele assentiu.

Suspirei e coloquei o pano escuro sobre meus olhos, deixando que ele amarasse as pontas atrás da minha cabeça.

Assim que soltou a faixa, Niall pegou minha mão e me conduziu para fora do portão. Virou a direita e continuou andando. Ele se esqueceu de que morei ali por 10 anos e que eu conhecia muito bem aquelas ruas. Eu sabia muito bem onde ele estava me levando, mas não quis estragar a surpresa.

- Chegamos. - ele disse, tirando a venda de meus olhos.

Eu já sabia que estávamos indo até minha antiga casa, mas eu não sabia que ficaria tão emocionada em estar ali de novo. Tinha um portão automático de garagem branco e os muros eram cobertos pela chamada "cerca-viva". Uma lágrima insistente escorreu por minha bochecha e sorri pelo que estava acontecendo.

- Abre. - Niall disse, me estendendo as chaves da casa. Peguei-as e abri o portão de pedestre.

Entrei no quintal e tudo estava do mesmo jeito. Sobre a janela havia um toldo amarelo, que ficou todo furado depois de uma chuva de granizo.

Andei até a porta da sala e girei a chave. Empurrei-a e entrei, acendendo a luz. Quando me virei, vi todos os meus amigos do Brasil sentados nos meus sofás.

- EU NÃO ACREDITO! - gritei ao vê-los. Todos saíram correndo e vieram na minha direção, me pegando em um abraço coletivo.

- Você veio mesmo! - Lara

- Sim, Lara, eu vim. Não pira. - respondi rindo. Fui falar um pouco com cada um e Niall foi paciente, me esperando sentado no sofá.

Fui até ele e retirei seus óculos, seu gorro e seu casaco, revelando quem ele era para todos.

- Meu Deus! - Lara começou a gritar. - O que Niall Horan está fazendo na sala de estar da sua casa?

- Você é directioner e não olha seu fandom na internet? - Amanda disse a ela. - Eles vão se casar, gênio.

- Sério? - Lah falou e eu assenti. - Isso é tão incrível!

- Eu sei. - concordei e sorri. - Ele é simplesmente perfeito. Planejou toda a viagem sem eu desconfiar de nada!

- Como vocês se conheceram? - Aline perguntou.

- Concurso de fãs. - ele falou pela primeira vez desde que entrou. - Essa coisa aqui entrou na minha vida como uma fã histérica e agora é minha noiva.

- Que coisa fofa! - Maria disse.

- Cala a boca, Maria! - Lucas disse. - Se alguma coisa acontecer, a culpa é sua!

- Soso! - ralhei com ele. - Você perturba essa menina desde que te conheço! Não vai parar nunca?

- Não. Eu nunca mudo para agradar as pessoas. - ele falou.

- Tudo bem. - suspirei e me virei para o Niall. Quer conhecer a casa?

Ele assentiu e nos levantamos. Aline veio atrás de mim para pegar meu celular. Ela e seu vício em Pou.

Levei-o até a cozinha, ao quarto dos meus pais e o do meu irmão. Ele achou a casa muito bonita e falou que minha mãe tem um ótimo gosto.

- Você não me mostrou seu quarto. - ele notou quando voltamos para a sala.

- Verdade. - falei, puxando-o até meu antigo quarto.

Ele era bem pequeno comparado ao atual. As paredes eram em tons claros e uma delas era de um vermelho vivo. Minha cama de casal estava arrumada exatamente do jeito que a deixei alguns anos atrás.

- É muito fofo. - ele reparou, se sentando na cama e olhando em volta.

- Quero que veja uma coisa. - falei, abrindo o guarda roupas.

Peguei uma grande caixa lilás com bolas brancas que ficava no fundo do armário. Aquilo era como meu tesouro. Levei-a até a cama e a abri.

Dentro dela estavam todas as coisas da One Direction que eu tinha enquanto morei no Brasil. Não sei porque eu não levei junto comigo para Londres. (Vamos imaginar que a banda se formou antes de 2010, ok?)

Ainda me lembro de tudo que havia ali. 19 pôsteres, fotos espalhadas pelo fundo da caixa, entrevistas arrancadas de revistas... E um caderno que eu mesma personalizei.

- O que tem escrito aqui? - ele perguntou, levantando o caderno.

Fomos interrompidos por um grito vindo da sala. Sai correndo e ele veio atrás, ainda segurando o caderno. Aline estava em choque, revezando seu olhar entre mim e meu celular.

- O que foi? - perguntei nervosa.

- Você... Conheceu a Taylor? - ela perguntou eufórica, me mostrando o aparelho. A foto que estava aberta era uma que tirei junto com ela no meu aniversário.

- Ah, sim. - concordei. - O Nini me fez essa surpresa no meu aniversário. Eu converso com ela por mensagem de vez em quando.

- Você o que? - ela gritou incrédula.

- Aline, não pira. - Amanda falou. - Deixa a menina falar, criatura.

- Tudo bem. - ela falou, relaxando e se jogando no sofá. - Me explica essa história direito.

Me sentei também e contei tudo que ela precisava saber. Ela quase pirou e me fez prometer que apresentaria as duas.

- Gih, você não me respondeu o que tem nesse caderno. - Niall me acusou.

- Você vai finalmente dizer o que tem nesse caderno? - Lara perguntou. Viu a cara de confusão no Nialler e explicou. - Ela nunca nos deixou ver o que tinha aí.

Ele fez uma cara de compreensão e todos me olharam com expectativa. Assenti com a cabeça e ele finalmente abriu o caderno.

O que tinha lá? Bem, o caderno foi separado em 7 partes. Em uma delas, escrevi sobre a história da banda. Usei uma para escrever tudo que eu sabia de cada um. Isso somavam 6. A última era onde eu escrevia minhas músicas.

- Você compõe? - ele me perguntou surpreso.

- Sim. - falei meio envergonhada.

- Canta alguma delas pra gente? - Lucas pediu. Ele tinha uma banda e sempre soube que eu compunha, mas nunca mostrei nenhuma delas a ele.

- Tudo bem. - falei. - Amanda, pega meu violão lá no quarto, por favor?

Ela assentiu e me trouxe o instrumento. Coloquei-o no colo e peguei o caderno para escolher uma música. Não queria cantar nada que estava lá e tive uma idéia.

- Aline, me dá meu celular. Eu vou cantar uma mais recente. - ela me entregou o aparelho e eu abri o bloco de notas. Encontrei a letra da música e olhei para o Niall antes de começar.

- O que foi? - ele perguntou.

- Eu só queria dizer uma cosa sobre essa música. - anunciei e todos passaram a prestar atenção. - Eu escrevi essa letra quando nós estávamos brigados, Nini.

- Vocês já brigaram? - Maria perguntou e eu assenti.

- Por que se lembrar disso agora? - ele perguntou com a voz fraca.

- Só escuta, por favor. - pedi e comecei a tocar.

Stormy Sky (céu tempestuoso)

I try to sleep at night (eu tento dormir a noite)
But I can't forget your blue eyes (mas não consigo me esquecer de seus olhos azuis)
Like the biggest stars (como as maiores estrelas)
In the stormy sky (no céu tempestuoso)

I just feel graced (eu me sinto agraciada)
When you put your hand (quando você coloca sua mão)
Around my waist (ao redor de minha cintura)
And when you kiss me (e quando você me beija)
You are everything that I can see (você é tudo que eu consigo ver)

I changed very much (eu mudei muito)
Since I first met you (desde que te conheci)
But when I feel your touch (mas quando sinto seu toque)
There's nothing that I can do (não há nada que eu possa fazer)

I try to sleep at night
But I can't forget your blue eyes
Like the biggest stars
In the stormy sky

I saw a shooting star (eu vi uma estrela cadente)
And my wish was (e meu desejo era)
That you weren't so far (que você não estivesse tão longe)

I try to sleep at night
But I can't forget your blue eyes...

Terminei de cantar a música e olhei em volta. Todos me olhavam boquiabertos enquanto Niall chorava. Espera, chorava? Exatamente.

- O que foi, meu amor? - perguntei a ele.

- Nada, é que... - ele tentou esconder algo, mas o olhei com suspeita. Ele suspirou e levantou a cabeça. - Eu não sabia que tinha te feito sofrer assim.

Olhei em volta e eles continuavam me encarando.

- O que aconteceu para vocês estarem me olhando assim? - perguntei.

- Gih, essa música... É muito significativa. - Lara começou. - Ninguém aqui sabia que vocês tinham brigado, quanto menos que você tinha sofrido.

- Mas eu não fui a única a sofrer. - falei. Peguei o rosto do Nialler e sequei suas lágrimas. Sorri e ele sorriu de volta, me abraçando apertado. - O Nini sofreu mais do que eu. Ficou um bom tempo sem comer e sem dormir. Eu só não fiz greve de fome por causa das crianças.

- Crianças? Que crianças? - Lah perguntou.

- Eu estou grávida, Lah. Gêmeos. Eu ia contar ao Niall no dia que brigamos.

- Aquele foi o pior dia da minha vida, sem dúvida.

"Maybe it's the way she walked, straight into my heart and stole it..."

- De onde vem esse som? - Lucas perguntou.

- Ah! É meu celular! - falei abrindo a bolsa.

- De quem é esse toque? - Niall perguntou.

- Da Els. - respondi assim que encontrei o aparelho.

LIGAÇÃO ON

- Oi, Els!

- Boa tarde, Gih, como vocês estão?

- Bem e vocês? - perguntei.

- Bem, mas morrendo de saudades!

- E meu sobrinho, como está? - perguntei, me referindo ao filho que a Eleanor estava esperando.

- Sua afilhada está bem. O médico interpretou errado os exames, é menina.

- Sério? Afilhada?

- Sim. Não leve isso como pressão para a escolha dos padrinhos dos seus. Na verdade, eu acho que o Liam e a Pah fizeram muito por vocês e merecem ser os padrinhos.

- Bem, nós já decidimos isso. Vamos contar quando voltarmos.

- E quando isso acontecerá?

- Daqui há dois dias. - falei. - Ah, qual será o nome da minha fofa?

- Gaby. Tenho que desligar agora. Estou numa cessão de fotos.

- Beijo, até quarta.

LIGAÇÃO OFF

- Você estava falando com a Eleanor? - Amanda perguntou e eu assenti. - O que ela queria?

- Saber como estávamos, perguntar quando iríamos voltar e...

- E o que? - Nini perguntou.

- Bem, ela não está esperando um menino como pensávamos. É menina. Nialler, nós seremos os padrinhos!

Ele começou a fazer um tipo de dança da vitória que nos fez rir.

Ficamos um tempo conversando sobre bobagens até que eles decidiram ir embora. Niall foi levá-los até o portão e disse-lhes algumas coisas que não escutei.

Arrumei a casa e guardei minhas coisas de volta na caixa. Dessa vez ela iria comigo para Londres. Peguei minha bolsa e fomos andando até a casa da minha madrinha.

Assim que entramos, ouvi alguns gritos pela casa e pude identificar o que diziam quando subi as escadas.

- Carol! Você viu meu casaco? - Isadora gritou.

- Qual deles? - a irmã respondeu.

- Todos!

- Estão no guarda roupa da mamãe.

Não entendi nada do que se passava. Dei de ombros e voltei para a cozinha. Comi um lanche e tomei refrigerante com o Niall e meu padrinho, que conversavam animadamente sobre futebol.

Subimos de volta para o quarto e fui tomar um banho. Me troquei e deitei na cama, adormecendo rapidamente.



Acordei no dia seguinte sentindo um espaço vazio ao meu lado. Abri meus olhos lentamente e constatei que Niall não estava lá. Suspirei e fui ao banheiro. Diz o que tinha que fazer e desci até a cozinha. Carol e Niall conversavam animadamente sobre os lugares que ele já visitou em turnê e os que tem vontade de visitar.

Me viram entrando no local e sorriram. Me sentei ao lado dele e o mesmo apertou minha mão. Comi em silêncio, não querendo atrapalhar um momento relaxado entre ele e minha família. Terminei de comer e subimos para o quarto.

- O que faremos hoje? - perguntei enquanto me trocava.

- Shopping. - ele respondeu.

- Você é louco? Quer ser reconhecido?

- Não tem problema. Nós vamos embora amanhã mesmo. - ele falou dando de ombros. Suspirei e penteei meus cabelos.

Saímos de casa alguns minutos depois e um carro nos esperava na porta. Entramos e Niall se manteve com seus óculos e seu gorro.

Chegamos ao local e começamos a caminhar sem rumo pelos corredores de lojas. Comprei algumas coisas, mas nada realmente importante.

Algumas fãs nos pararam, obviamente. Ficaram surpresas de encontrar o Niall no Brasil e quase sufocaram-no com um abraço de urso.

Almoçamos por lá e voltamos para casa. Arrumamos nossas malas e colocamos tudo na sala. Nosso vôo saía às 11h da noite. Eram 2h da tarde e já estávamos prontos para sair. A família foi toda se despedir e meus pais ficariam por mais alguns dias. Meu irmão voltaria conosco por causa da escola.

Já estávamos colocando as coisas no carro quando percebi três malas a mais. Olhei para o lado e Isadora sorria para mim.

- Ela vai para Londres conosco. Consegui transferência para ela.

- Isso é sério? - perguntei e ela assentiu. Me lembrei dos casacos e tudo fazia sentido. - Onde você vai morar?

- Com seus pais. - ela falou.

Assenti e nós entramos no carro. Chegamos rápido ao aeroporto e a essa hora todos já sabiam que Niall Horan estava no Brasil. Fomos até a pista e entramos no avião particular da banda (o Paul não estava usando no momento).

Coloquei os fones de ouvido e encostei minha cabeça no ombro do meu noivo.

Meu. Era estranho usar essa palavra para se referir ao Nialler. Um estranho bom até demais. Sorri com esses pensamentos e me aconcheguei mais a ele, o sono chegando rapidamente.

Meu último pensamento foi de que eu estava voltando para Londres, para minha vida ao lado das minhas amigas e dos meninos.

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OI, MEUS AMORES! COMO VOCÊS ESTAO? BEM, ESPERO QUE TENHAM GOSTADO DO CAPÍTULO. ALGUNS PONTOS A CONSIDERAR:

1 - A MÚSICA COLOCADA AQUI FUI EU QUE ESCREVI. ELA FOI REALMENTE BASEADA NO NIALL E ACHO QUE REFLETE BEM COMO EU ME SINTO. POR FAVOR, DIGAM O QUE ACHARAM DELA.

2 - EU DISSE QUE COLOCARIA FOTOS MINHAS MOSTRANDO AS ROUPAS DELA AQUI, MAS ESTOU TENDO OUTRA CRISE DE AUTO ESTIMA, ENTÃO NÃO SERÁ POSSÍVEL DESSA VEZ.

3 - ESTOU FAZENDO O MELHOR QUE POSSO PARA POSTAR O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL, MAS É COMPLICADO AGORA QUE AS AULAS RECOMEÇARAM.

4 - VOCÊS TEM ME AJUDADO DEMAIS E EU QUERIA AGRADECER A TODAS PELO INCRÍVEL APOIO MORAL.

5 - MUITO OBRIGADA PELOS 10000 READS, EU QUASE PIREI QUANDO ISSO ACONTECEU. SINCERAMENTE, MUITO OBRIGADA.

6 - ESSE CAPÍTULO EU DEDICO PRA GABY PORQUE ELA É UMA FOFA.

7 - VOU TENTAR POSTAR O OUTRO NO MÁXIMO ATÉ SÁBADO DE MANHÃ.

~ Giovanna xx Malikisses, Harryhugs and Louisex for you all!!

P.S: comentem!!!!!

Quase impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora