Ouço passos vindo em direção ao meu quarto. Eu limpo o meu rosto imediatamente.
Ethan - Cah? Vamos ver o que você comprou..
Carol - Olha lá, acho que vou dar uma saída..
Ethan - Ta bom..agora? A onde você vai?
Carol - Vou só dar uma volta por aí, logo eu volto..
Ethan - Ta bom..
Eu vou até a cozinha tomar um reméd
io para dor de cabeça. Não estou com dor, mas tenho certeza que depois que eu chegar eu vou estar.Desço e finalmente encaro o mundo. Está começando a nevar aqui, provavelmente daqui uns três dias a neve vai cobrir os meus pés.
Vou até o parquinho e sento na balança. Eu sei que isso é brinquedo de criança, mas quando eu era pequena eu sempre sentava na balança e ficava encarando o chão quando eu estaba brava ou chateada. Eu não sei como, mas isso de alguma forma me acalmava.
Comecei a reparar na neve caindo. Eu queria entender o mundo e a neve pôde me mostrar isso. Comecei a compará-la com o Christian. Sim, mesmo esse canalha fazendo o que faz, eu não consigo esconder que gosto dele. Não digo gostar do modo gostar, vamos dizer que é só uma atraçãozinha. Eu não posso amar alguém agora. Não posso.
Digamos que a neve é como o Christian. Se você for fria e seca com ele, ele vai ser frio com você e vai congelar o coração. Mas se você for com calma, alegrando tudo e mostrando que o sol (amor) faz a diferença, ele vai ceder aos poucos e vai se derreter. Assim como acontece com a neve e o sol.- Tia, eu posso brincar aí?
Eu olho para trás e me deparo com aquela criança. Aparentava ter uns quatro anos. Ele era o filho daquele homem. Tão parecido. Mas ali só estava o garotinho.
Carol - Pode sim, vem..
Eu levanto e deixo ele sentar. Sento no banquinho e fico olhando o garoto.
Carol - Cade o seu pai?
- Ta jogando "xinuca".
Achei super fofo quando ele falou isso.
Carol - E sua mãe?
- Ta lá "enxima"
Carol - Ah.. como é o seu nome? O meu é Carol...
- Thomas.
Carol - Que nome lindo..
Ele continua brincando. Eu fico fazendo o meu nome na areia. Já me sinto até melhor por estar aqui. Às vezes eu queria voltar no tempo e ser criança outra vez. Seria muito bom, pois crianças não precisam se preocupar com nada, principalmente em relação à vida amorosa.
Homem - Tom, vamos !
Ele se aproxima do garoto. Eu permaneço com a cabeça baixa, eu não sei se estou pronta para encará-lo ainda. Meu coração acelera e eu fico gelada. Ouço o garotinho descer da balança.
Tom - Tchau, tia !
Ai meu Deus. E agora? Eu não posso levantar a cabeça porque não quero ver o pai dele. Mas também não posso deixar o coitado falando sozinho. Então eu respondo de cabeça baixa mesmo.
Carol - Tchau..
Vejo que os pés do pai do garoto estão virados em minha direção. Será que ele reconheceu minha voz? Ele caminha com o filho em minha direção lentamente.
Tom - Papai, não é pra lá que a gente vai?
Homem - Ah, é verdade...
Eles dão a meia volta e vão emboa. Ufa, foi por pouco !
Eu subo de volta pro AP e vejo que Ethan fez pipoca.
Carol - Filme?
Ethan - Bora!
A gente pega o cobertor e deita no sofá. Coloquei um filme de comédia e passamos a tarde toda assim. Frio+filme+pipoca+coca+sofá+coberta+melhor amigo. Tem coisa melhor?
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O POSSESSIVO DO MEU CHEFE [CONCLUÍDA]
RomanceOdeio o modo como fala comigo E como corta o cabelo Odeio como dirigi o meu carro E odeio seu desmazelo Odeio suas enormes botas de combate E como consegue ler minha mente Eu odeio tanto isso em você Que até me sinto doente Odeio como está sempre ce...