Capítulo 35 | O Processo - part. 1

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Acordei 06:00. Tomei um café reforçado e me arrumei.

Ethan - Bom dia..

Carol - Bom dia..

Ethan - Nossa, ta muito frio. Eu tenho dó de você que tem que trabalhar de saia..

Carol - Pois é, na verdade eu posso ir de calça social, mas eu esqueci de comprar. Quando eu sair de lá eu compro..

Ethan - Ta bom.. tô saindo, quer que eu te deixe lá?

Carol - Ah, quero sim. Obrigada..

Ele me deixa na porta da empresa e eu entro. Passo por Cristian e dou bom dia, mas pelo jeito ele está estressado ou muito ocupado com o que está lendo, pois não me respondeu.

Entro na minha sala e começo o meu trabalho. Eu tenho sorte que aqui tem aquecedor de ar, se não eu já estaria congelada.

Era por volta das 08:40 quando Christian abre minha porta com tudo e joga uma pilha de papéis na minha mesa.

Carol - Nossa que sus..

Christian - Eu vou matar esse desgraçado!

Eu levanto e observo. Christian estava andando de um lado para o outro. Suas veias apareciam do lado do rosto e suas mandíbulas eram vistosas. Ele estava MUITO nervoso. Eu queria chegar perto dele e perguntar o que estava acontecendo, mas fiquei com medo de levar um murro, então permaneci no meu canto mesmo.

Carol - O que foi?

Pergunto e pego um dos papeis. Era um tipo de processo.

Christian - Hà três anos atrás eu comprei uma àrea em nome da empresa, mas era para mim. Eu iria construir uma casa e morar sozinho, mas tive problemas com o cara que morava lá perto e resolvi deixar pra lá essa ideia. Mas a área que eu tinha comprado eu passei pro nome do meu irmão, porque ele queria. Entreguei tudo na mão dele para ele terminar de pagar e fazer o que quiser com aquele terreno.

Carol - E?

Christian - E ai que esse desgraçado não passou nada para o nome dele e também não pagou o cara. Agora o cara está processando a empresa por calúnea !

Carol - Nossa..

Eu olhei na folha e tinha um valor bem alto para pagar.

Carol - Porque você não fala com o seu irmão?

Christian - Eu não falo com ele faz três anos.

Carol - Mas você precisa falar com ele, Christian, não é justo isso!

Christian - Eu sei. Por isso vou pagar essa dívida..

Carol - Christian, você pode resolver isso de outra maneira. E se você falar com o dono do terreno?

Christian - Já tentei. Ele disse que tudo o que ele for me falar vai ser na frente do advogado dele e do meu. Desgraçado!

Carol - Calma..

Christian - Eu mato o Christopher ! Eu mato !

Carol - Tem alguma coisa que eu possa fazer pra ajudar?

Christian - Tem sim. Procure pelo nome do advogado desse homem e marque um almoço com ele. E depois ligue para o meu advogado e marque o almoço no mesmo local e horário. Vamos naquele restaurante hoje no almoço. Tente fazer tudo para hoje e qualquer mudança me avise.

Carol - Ok..

E a batalha começou. Eu não acredito que o Christopher pode ter feito isso com o Christian. E pior que tudo está no nome da empresa do pai deles!

Procuro pelo nome do advogado do cara. Que estranho, esse nome é familiar. Carol, não se distraia.

[...]

Carol - Pronto, já liguei pros dois e marquei para amanhã naquele restaurante, pois o advogado do homem estava cheio de compromissos hoje. Agora só faltou fazer  a reserva no restaurante.

Christian - Muito bem. Faça a reserva para amanhã então, cinco pessoas.

Carol - Cinco? Tem mais alguém que eu tenho que ligar para marcar? Porque são quatro..

Christian - Não. A quinta pessoa é você.

Carol - Eu? Mas, Christian. Eu não entendo dessas coisas e eu acho que não vai ser bom. Isso é um assunto pessoal..

Christian - Eu gostaria que fosse porque com você ao meu lado eu me sinto mais calmo..

Christian estava mexendo no computador quando disse isso. Acho que nem ele esperava dizer isso, pois assim que ele disse ele ficou paralisado me olhando. Eu fiquei sem saber o que dizer e fui pra minha sala.

Carol - T-ta bom..

Eu não acredito que ele disse isso. Que fofo! Agora sim que eu vou mesmo.

Termino o meu trabalho e vou almoçar. Quando eu sai da minha sala, pude ver que Christopher estava vindo em minha direção.

Christopher - Cade o seu chefinho?

Carol - Não sei. Ele não está na sala dele..

Christopher - Então diga para ele que eu não vou pagar nada! Quero que ele se foda..

Carol - Que? Como assim?

Christopher - A dívida que ele fez. O processo. Tudo. Que se dane!

Ele joga um papel de intimação em mim. Mas que cara estúpido !
[...]

Voltando do almoço eu entrego o papel e digo a Christian o que o Christopher me disse.
Parece que ele estava chorando. Ele estava com um papel amassado em mãos. E de cabeça baixa.

Christian - Deixa esse pilantra pra lá. Ele vai pagar um dia por tudo o que ele fez. Por tudo!

Carol - Está tudo bem?

Ele abaixa a cabeça para limpar a última lágrima que escorreu pelo seu rosto. Eu sento ao lado dele e passo a mão no cabelo dele para confortá-lo.

Christian - Eu não sei o que fiz para merecer uma desgraça dessa na minha vida. Esse cara não vale nada !

Carol - Você sabe que se tiver como comprovar que passou para o nome dele, tem como mandar o processo para ele, né?

Christian - Sim, eu sei. Mas infelizmente isso não vai ser possível. Pois tudo está em um lugar que eu não ouso a ir buscar!
Carol - Onde? Quer que eu vá?

Christian - Não precisa. Eu tenho certeza que ele fez isso tudo pra me mostrar do que ele é capaz de novo. Desgraçado!

Carol - Calma. O que aconteceu? Você pode me explicar?

Christian - Eu não quero falar sobre isso!

Carol - Ta bom..

Ele está deitado sobre os braços cruzados na mesa e algumas lágrimas escorrem pelo seu rosto. Ele está com um olhar meio perdido, parece que está lembrando de algo e parecer ser algo ruim, pois essas lágrimas não deixam um olhar alegre..

Eu ancosto e fico encarando a parede e faço um cafuné nele para confortá-lo. O que será que aconteceu entre eles? O que será que houve entre Christian e Christopher ?

O POSSESSIVO DO MEU CHEFE [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora