Capítulo 64 | O PenDrive

44.4K 2.7K 202
                                    

Abri os olhos lentamente e vi Christian dormindo do meu lado. Ele estava tão lindo dormindo. Parecia um anjinho.

Christian - Bom dia coisa linda..

Carol - Bom dia, Chris..

Christian - Dormiu bem?

Carol - E tem como não dormir ?

Ele me abraça.

Christian - Você é a primeira mulher que eu faço amor e fico no outro dia em oito anos..

Carol - Fico feliz por isso. Sou uma sortuda?

Christian - Sortudo sou eu por ter encontrado você, o amor da minha vida..

Meu coração acelera com essas palavras. Christian estava sendo muito gentil comigo.

Ficamos namorando por uns vinte minutos e depois fomos tomar banho.

Às 12:45 estávamos todos prontos para o velório.
Foi muito triste ver o Christian sofrendo. Eu não tinha muita aproximação pelo sr. Augusto, mas pelo filho dele eu tinha muita e ver o Christian naquele estado estava me desmontando por dentro.

No enterro foi pior. Christian grudou no caixão e chorou igual a um bebê. Foi horrível aquela cena.
Eu não sei se era coisa da minha mente, mas eu pude jurar que vi um homem de terno branco atrás de uma árvore a uma distância razoável de nós e tinha certeza de que ele olhava para todos que estavam sofrendo.

Fomos embora era 17:30. Chegamos na casa de Christian e fomos tomar um café. Estava um silêncio total na casa desde quando voltamos. Ao terminarmos o café a mãe de Christian finalmente resolveu abrir a boca e eu não queria atrapalhar.

Deixei o Christian conversando com a mãe dele na cozinha e vim dar uma volta pela casa. Entrei no quarto do Christopher. A cama estava bagunçada. Na verdade tudo estava bagunçado. O guarda roupa revirado, as gavetas espalhadas no chão. Passou um furacão por aqui? Eu dou uma olhada sem tocar em nada. Parecia que ele estava procurando alguma coisa.
Ao reparar perto do chão eu vejo que tem algum objeto pequeno do lado do guarda roupa. Estava quase atrás, aliás.
Eu pego e fico analisando. Era um pendrive. O que será que pode ter aqui?

Ouço um barulho na porta e me jogo no chão. Vejo sapatos de homem caminhando na direção do guarda roupa e me arrasto pra debaixo da cama. Ao ver o homem entrando no banheiro eu percebo que é o Christopher. Desgraçado ! Era ele que estava
no enterro ! Ele entrou aqui como? Ah, claro. A mãe dele não avisou os seguranças daqui. Ele deve ter entrado e passou pela sala sem ser percebido porque o Christian está na cozinha com a mãe dele ! Mas e agora ? Será que ele vai ficar aqui? Como eu vou sair daqui?

Christopher - Cade esse pendrive ! Que saco !

Ele joga a outra gaveta no chão e faz um barulho enorme. Eu me assusto mas tampo a minha boca para não gritar.

Então ele quer o pendrive ! O que será que pode conter aqui? Provas ? Com certeza deve ter alguma coisa que incrimine ele. Eu preciso que esse desgraçado saia daqui pra mim poder ir correndo pros braços do Christian e mostrar a ele esse pendrive. Talvez o conteúdo que tenha aqui pode ajudar a deixar o Christopher pro resto da vida na cadeia !

Ele fala com alguém no celular.

Christopher : Atende, cachorra ! Nossa, finalmente ! Estou te ligando faz mais de uma hora ! Que porra você estava fazendo? Tava dando pra mais um, é?

Ele fala baixinho para ninguém ouvir. Percebi que ele é pior do que o Christian era ! Ele xinga a mulher, e olha só o tom que ele fala com ela ! Meu Deus..

Christopher : Eu não acho a porra do pendrive ! Estou com medo de que alguém possa ter mexido aqui..sim, sim. Estava tudo do jeito que eu deixei.. mas o pendrive sumiu, caralho ! É bom que você não fique rindo muito não porque se eu rodar, você roda junto, sua puta ! Ah, é? Beleza. Então se vira ! Eu vou me mandar daqui. Vou pra outro país.. eu vou procurar esse pendrive uma última vez, e se eu não achar eu vazo, entendeu?

Ele joga o celular na cama e vai pro banheiro. Essa é a minha hora ! Vou sair correndo daqui e vou avisar o Christian antes que o Christopher fuja de Londres! Eu não posso deixar ele sair dessa casa..

Vou me arrastando de fininho e vou em direção a porta. Sinto duas mãos me agarrando. Uma segurava a minha boca pra mim não gritar e a outra segurava o meu corpo pra mim não tentar fugir. Sinto Christopher se aproximarde mim e falar ao meu ouvido.

Christopher - A onde você pensa que vai, gracinha?

O POSSESSIVO DO MEU CHEFE [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora