Capítulo 39

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BRYAN


Entramos na caminhonete e seguimos o caminho para a minha fazenda. O trajeto foi sendo feito em um silêncio crucial que nunca pensei que me incomodaria tanto. Eu já estava acostumado com uma Lua tagarelando, provocando ou cantando aquelas suas músicas sem noção e barulhentas que tocavam quando conectava seu celular no aparelho do carro. Não gostava dessa aqui sentada ao meu lado tão distante.

Na estrada deserta observo Lua em seu canto apenas calada e pensativa sua raiva havia ido. Em nenhum momento ela havia direcionado o seu olhar para mim. Na direção perdido nos meus pensamentos e em minha dor tanto fisicamente quanto emocionalmente dirigia tentando encontrar um meio de explicar o que acontecerá sem perdê-la.

Tudo por causa de uma tentativa fodida de chantagem barata daquela maldita cadela da Esther que veio com uma história de que estava grávida e que eu era o pai. Nem me abalei com essa grande mentira, que dizer Esther até podia estar mesmo grávida isso não é impossível mas o bebê ser meu? Nunca!

Sempre usei preservativo quando transava com ela e fazia questão de ir ao banheiro o jogar fora, então usar o outro meio de que estourou também não colava por que eu fazia questão de prestar bastante atenção. Não queria ser pai isso era óbvio e principalmente tendo como possível mãe uma mulher que abria as pernas para qualquer um.

Mesmo que demonstrasse ter criado sentimentos por mim eu sabia que Esther não abriria mão do sexo casual já que gostava muito e tinha muitas presas fácil para satisfazê-la desde que era gostosa. Enfim, aquela criança se é que existissem mesmo não é minha.

Meus pais sempre que tivessem abertura falavam comigo sobre se cuidar para não ter filhos indesejados ou pegar alguma DST. Constrangedor? Muito, principalmente quando minha mãe me dava camisinhas de todos os tipos e sabores. Mas os dois estavam sempre certos por isso desde que comecei a ter uma vida sexual ativa tomei muito cuidado tanto com a cadela quanto com as outras mulheres com quem transava.

Mesmo insistindo naquela de que estava grávida de mim estando furiosa Esther resolveu outra tática que dessa vez mexeu comigo. Não sei como diabos aquela maldita descobriu o que tanto escondia e temia. Sabia que não deveria ter guardado esse segredo porem achava que como tivesse resolvido não valeria à pena tocar num assunto deixado no passado. Eu e Lua estávamos indo tão bem por que estragaria contando algo que não tinha mais tanta importância.

Se não tinha tanta importância por que não contou? E por que está agora se cagando de medo com a reação dela quando contar, Bryan? Lua vai te odiar!

Minha consciência zomba da minha cara. Ok, eu ia contar. Melhor saber por mim do que por Esther. Se fosse preciso eu amarraria em minha cama até que sua raiva se fosse e estivesse calma.

Ao chegarmos Lua rapidamente desce da caminhonete e sem se quer dirigir um olhar ou palavra sai em direção a entrada da casa e entra batendo a porta.

Isso ia ser difícil.

Desligo o carro e saio indo em sua busca dentro de casa. Eu a encontro na cozinha com o kit de primeiros socorros na mão.

— Senta. — ela manda assim que passo pela porta entrando.

— Lua temos que conversar. O que aconteceu...

— Não! — ela me cortar friamente. — Se quiser que eu cuide dos seus machucados é melhor sentar na porra dessa cadeira por que se não vou embora daqui e te deixo ai nesse estado deplorável.

Sento sabendo que estava falando sério. Lua então se aproxima e cuida dos meus cortes com certo cuidado enquanto isso fico apenas a observando. Quando finalmente termina simplesmente joga o que usou no lixo e guarda o kit no lugar que estava.

Laçada Pelo CowboyOnde histórias criam vida. Descubra agora