Capítulo 42

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LUA

— Chegamos, minha pequena.

Na porta permanecendo parada eu olho para o meu apartamento tão bonito decorado no tom lilás que acho super descontraído mas que agora parece solitário. Jake entra com a minha mochila quando ver que não o sigo para e olha para mim como se dissesse "não vai entrar?".

Entro indo direto para cozinha depois de pegar uma cerveja já que a garrafa de cachaça que ganhei de presente de um parente brasileiro simplesmente sumiu da geladeira eu volto para sala me jogando no sofá.

O sumiço da cachaça só pode ter dedo da Tay que de vez em quando passava noites aqui aproveitando que eu estava fora. Ela pensa que eu não sei das festinhas modernas do pijama que andou fazendo. Raul aquele ruivo safado inclusive participou de umas. Na mesma hora que publicou aquela foto segurando um copo de caipirinha eu soube que foi tirada aqui em meu apartamento.

Mas eu não me preocupo tanto com o que minha irmã apronta quando estou fora já que não é nem um pouco tão maluca quanto eu. Tay é super certinha, não é de beber tanto e muito menos de sair para passar a noite fora. Nessas reuniõezinhas que faz dar somente as amigas mais próximas e ninguém mais de fora.

De vez em quando o intrometido do Raul que adora se meter principalmente em festinha onde role bebida e comida de graça aparece para alegria de algumas das garotas que são suas fãs.

O importante para mim é que minha irmãzinha esteja segura. Tay e as suas amigas ainda são muito bobinhas para andar a solta nessas baladas sem uma supervisão de um adulto responsável. Mais Tay que não pense que escapou de mim por que farei com que compre uma nova garrafa e junto com uma de tequila.

— Não sei se me preocupo com essa sua calma ou agradeço por não ser uma dessas mulheres escandalosas. — diz Jake por conta do me silêncio sentando ao meu lado e tomando a minha cerveja para tomar um gole.

Oh, eu aqui pensando em cachaça e ele achando que estou pensativa assim por causa... Merda! Voltar para realidade de tudo é uma droga.

— Tudo aqui parece diferente. — pego de volta a cerveja e olho em voltar querendo saber exatamente o que se estar tão de diferente.

— Na verdade tudo está devidamente como antes de você viajar o diferente aqui é você, minha pequena.

Solto um suspiro.

— Nette e Dri ficaram bem chateadas por ter ido embora sem esperá-las.

Estava tão desorientada pelo ocorrido e aqueles paparazzis que esqueci de avisar. Simplesmente depois de ficar tocando direto desliguei o meu celular e não queria o ligar tão cedo.

— Elas entenderam quando se explicar inclusive eu já as avisei. — ele se cala e eu sabia que veria a tal pergunta. — Mas então como se sente?

— Com eu me sinto? Bem, nem a dor de uma ferida ou uma lesão iria ganhar da dor de ter meu coração partido. — tomo um gole de cerveja e continuo. — Me sinto arruinada, quebrada, despedaçada. Sabe o que é surpreendente? Você achar que entende esse tipo de dor quando ver os outros passando por isso e ainda se perguntar por que diabos não podem apenas acabar com ela. Mas descobri que até que você esteja lá, que seja contigo você nunca vai entender de verdade essa dor infernal. Não tem aquela sensação que esmaga o peito, tirando o fôlego? Sempre achei que fosse uma idiotice da mocinha quando se ler em livros, mas estava enganada. Está bosta acontece e esqueceram de avisar que a dor é bem multiplicada.

— Sei bem como é isso, minha pequena.

Olho para meu amigo e fiel parceiro sabendo exatamente o que passou mesmo que agora esteja curado. Então calados ficamos dividindo a cerveja.

Laçada Pelo CowboyOnde histórias criam vida. Descubra agora