Capítulo 49

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BRYAN


Puta Merda!

Não pode ser... Grávida!

Nenhuma dúvida que Luara esteja grávida. A blusa grudada em seu corpo marca sua barriga arredondada. Não havia a menor chance que aquela barriga fosse de alguém que engordou. Ali dentro tinha sim um bebê.

Ainda tive um pequeno vislumbre do seu choque ao me ver, mas simplesmente não consigo desgrudar meus olhos da sua barriga. Isso então só pode significar que...

Oh, não! Impossível. Ela não... Nem pensar... Ela não... Foi capaz disso!

Tendo noção do que aquilo significava sinto os olhos ficaram marejados. Meu peito ficou tão apertado que não poderia tomar uma respiração profunda.

Sem desmaios.

Sem passar mal.

Sem pirar.

Foi preciso forçar o oxigênio em meus pulmões antes que caísse duro no chão.

— Já vou indo, pequena. Amanhã cedo eu apareço para irmos... Porra!

Levantando a cabeça olho com um ódio mortal para o merdinha do seu amigo que imediatamente correr em sua direção. Noto então que Lua não parecia bem.

— Amor! — eu a seguro quando tropeça para trás quase caindo.

— O que caralho tu fez com ela? — Jake acusa querendo arrancá-la dos meus braços porem não deixo soltando um grunhido de aviso para que nem ouse a tirar de mim. — Não seja estúpido. Sou o médico aqui seu imbecil.

Inferno! O idiota é médico de gente e eu de animais sendo que não poderei ajudar tanto como gostaria.

Coloco Lua no sofá com cuidado e contra minha vontade eu o deixo que a examine. Um pouco da minha raiva se dissipa quando vejo sua palidez.

Indo a cozinha encho um copo d'água.

— O que houve, pequena? O que anda sentindo?

Entrego o copo para ela que aceita de bom agrado tomando um gole.

— Estou bem, urso. — assustada ela olha para mim parecendo não acreditar que esteja ali. Mesmo bastante preocupado a encaro com tamanha fúria e magoa. Levo meu olhar para sua barriga e arqueio uma sobrancelha ao retornar a encará-la. Notando que eu não sou nenhum burro e descobri a farsa sua atenção se volta para Jake. — Uma tontura somente. Já passou.

— Certeza? — pergunto friamente ao ver que continuava muito pálida.

Ela ergueu os olhos para olhar diretamente para mim.

Sua fodida cadela mentirosa que não vale se quer um misero dólar!

Inúmeras noites sem conseguir dormir e para apagar a merda da culpa que sentia me entregava ao álcool. Caralho! Sou muito babaca mesmo. Estupido! Que raiva! Não posso nem mesmo negar em como senti falta dessa miserável. Chorei horrores por essa filha da mãe. Sem coração! Cadela insensível! Mentirosa!

Aperto os punhos e trinco os dentes pelo ódio que estou sentindo.

Não ouse explodir. Se controle, homem!

— Sim, estou bem melhor. — ela responde colocando o copo em cima da mesinha.

O seu cabelo escuro está preso num coque no alto da cabeça expondo o pescoço que tanto amo morder, beijar, passar o nariz e chupar deixando minhas marcas. Usava um pijama simples que agora parecia pequeno demais para seu corpo mudado.

Laçada Pelo CowboyOnde histórias criam vida. Descubra agora