BRYAN
No caminho para o hospital tentava desesperadamente fazer com que as minhas mãos parassem de tremer. Não havia conseguido dormir passando a noite toda com os olhos pregados no celular esperando alguma notícia. Estava nervoso, angustiado e preocupado.
O acidente da Lua foi um aviso para mim. Eu tinha que deixar de agir feito um idiota. Meu medo de perdê-la para sempre fez com que eu finalmente abrisse os olhos, engolisse meu maldito orgulho machista e percebesse que eu não viveria sem ela em minha vida.
Ally havia ligado para informar que Lua acordou e que um médico foi solicitado para ir ao seu quarto. Minha irmã não sabia exatamente de muita coisa, mas estava bem ansiosa aguardando novidades.
Ontem depois de ter sido atendido não pude permanecer no hospital. Jake resolveu pedir que eu me retirasse e como não fiz o que me pediu acabou resultando como sempre numa briga. Para meu azar dessa vez o motivo de agredir um dos médicos de plantão acabou facilitando a minha expulsão do centro médico.
Fiquei em frente ao hospital furioso se negando ir embora e por conta da minha teimosia Ally ligou para o Dam vim me buscar antes que eu fosse preso. Fui arrastado por ele para um hotel perto com a promessa da minha irmã de me ligar se soubesse de algo.
Por mim estaria no hospital assim que os primeiros raios de sol apareceram, mas Ally achou melhor somente eu vim quando as coisas se acalmassem, ou melhor dizendo quando Jake decidisse sair para comer ou fazer outra coisa.
Espero que o filho da puta tenha uma forte diarréia!
— Sério cara vai com calma aí por que se não vai acabar matando a gente. Sou muito novo para morrer. — reclama Dam novamente sobre o meu modo apressado de dirigir.
— Não vamos morrer. Te acalma, porra! — piso no acelerador quando vejo que o sinal a frente está prestes a ficar vermelho.
— Porra, Bryan! — ele solta irritado quando passamos a tempo antes que fechasse. — Não precisa disso já que o caralho do hospital é bem aí!
— Tenho que vê-la o quanto antes. — digo entrando no estacionamento do hospital.
Sei que do hotel que fiquei até aqui não são nem meia hora direito que no qual tenho certeza que transformei em metade do tempo.
— Sei disso! Mas precisava correr feito um fodido maluco se essa droga fica perto? Não!
— Foi mal. — estaciono a caminhonete e saio ligeiro. — E desde quando se tornou tão cagão assim?! Vem cá, por acaso se esqueceu daquelas corridas que participávamos?
— Seu idiota claro que não. — diz ele com um sorriso de merda com certeza lembrando-se do que ganhávamos depois de uma bela corrida ganha, mas logo depois fica sério. — Graças a Deus que estamos hoje vivos e inteiros para se lembrar dessa boa porém estúpida fase onde éramos jovens imaturos e sem qualquer noção do quanto à vida é valiosa.
O acidente dos meus pais e o da Lua me vem à mente mostrando que quase perdi outra pessoa que amo por pura estupidez minha. Sim, quando somos jovens não ligamos para porra nenhuma. Nem ligamos para os grandes riscos que corremos. Achamos que somos indestrutíveis.
Eu e meu amigo aprontamos muitas merdas perigosas na adolescência, mas como Damien mesmo falou estamos vivos para contar futuramente para nossos filhos as nossas aventuras. O quanto éramos jovens desajuizados e para nunca cometerem as mesmas fodidas loucuras.
Caminhando em direção a entrada do hospital noto vários seguranças postos e fotógrafos.
Maldição!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Laçada Pelo Cowboy
Romance"O que diabos eu vou fazer na terra dos cowboys?" Era isso que Luara Imperial queria saber. Depois de aprontar mais uma a miss problema acaba sendo mandada para um ambiente bem diferente do que é acostumada. Muitas confusões, risadas, romances i...