Capítulo 20

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Lua

Eu tenho um Jeep super maneiro... Uhuuu!!!

Finalmente posso dizer que as minhas férias vão começar oficialmente agora que tenho um carro que me levara rumo à diversão. E só uma coisa eu digo ao meu querido pai que me mandou para cá e ainda por cima me proibiu de alugar um carro: Foda-se Papai! Ninguém impede Luara Imperial.

Quem disse que euzinha aqui ia ficar desprovida de um carro só por que ele quer e ordenou ao seu subordinado que me impedisse de obter um? Acho que meu pai se esqueceu que de sua amada filha não pode se esperar de nada. Claro que não foi fácil já que nesse fim de mundo não havia uma loja de carros para alugar, e se eu quisesse um teria que voltar para Dallas para conseguir. Coisa que até pensei em fazer, mas como eu sabia que meu pai era capaz de entrar em contado com todas as lojas de lá para proibir que me alugassem resolvi não gastar nem o meu tempo indo. Mas com a ajudinha do destino e anos de pratica em jogar consegui esse carro.

Aumento o som do Jeep e os altos falantes explodem ao som de Going To Hell de The Pretty Reckless. Finalmente ao chegar na cidade vejo as pessoas parando de fazer seus afazeres para olhar da onde vem a tal música de rock.

Dirigindo paro num sinal vermelho. Cantando o refrão da música acabo percebendo que todos ainda estão me olhando. Vejo pessoas cochichando, me lançando olhares de repreensão, indignação e de julgamento. Acredita que vejo até mesmo uns se benzerem. O que deu nesse povo?

Então me recordo que nos livros que li e nos filme que assisti essas cidades pequenas levam a religiosidade muito a sério. Agora tá ai a resposta, esse povo apenas estão surpreso com tamanha ousadia minha em invadir a cidade ouvindo alto uma música assim. Sabe de uma coisa? Fodam-se!

Ignoro essas pessoas que são tão pecadores quanto eu e continuo cantando bem alto me remexendo no meu assento ao som de apenas mais uma música que para mim não tem nada de errado. Gente é apenas a letra da música, não a nada de mal.

Quando o sinal abre dobro à esquina e estaciono o carro em frente à loja onde as meninas trabalham e que ao ouvirem o som alto logo saem de dentro. Abaixo o volume e saio do carro toda poderosa de cabeça erguida ignorando os olhares que me lançam após analisarem o que estou usando que é apenas um cropped preto, short jeans de cintura alta com um cinto e scarpin azul royal. Look simples e normal para mim, mas aposto que para essas pessoas totalmente indecente e vulgar ou em outra palavra puta.

É isso ai garota chegando como sempre arrasando e causando!

— Hey como as minhas vadias estão? — eu pergunto fazendo Zoe arregalar seus olhos azuis e Ally a rir.

— Estamos bem, mas loucas que chegue o horário de irmos embora. — Ally responde.

Ela estava mais acostumada com o meu jeito louco e carinhoso de tratar minhas amigas, Zoe ainda estava tentando se acostumar com a minha boca suja. A loira dizia que eu às vezes era pior que um homem falando. Imagina se ela conhecesse Nette e Dri. Nós três juntas traumatizaríamos a pobre garota.

— Lua me chamou de vadia. — diz Zoe confusa.

Vendo a confusão da garota Ally decidi explicar.

— Podemos dizer que é o modo carinhoso de Lua tratar as suas amigas. Ela me explicou que melhores amigas se tratam às vezes com ofensas, mas tudo não passa de brincadeira, um jeito de ser carinho diferente.

— Então eu não sou uma vadia?

Reviro os olhos e bufo.

— Claro que não minha querida Zoe. — eu respondo apertando sua bochecha. — Às vezes esqueço que você não está tão acostumada com os meus modos. Agora vamos entrar que esse sol tá me torrando.

Laçada Pelo CowboyOnde histórias criam vida. Descubra agora