Capítulo 8

38.8K 2.7K 387
                                    

LUA

Ai Minha Nossa Senhora! Onde será que eu vim parar?

Faz mais de duas horas que estou dentro dessa lata velha tendo que ouvir música brega de algum cantor de country mais brega ainda. Roger ainda tentou ter alguma conversa comigo mas como se mostrou ser um grande safado acabou me irritando com suas insinuações sexuais então com isso tudo que conseguiu de mim foi uma bela ameaça minha ao seu pau.

Oh Céus! O que fiz para merecer isso?

No momento que saímos do aeroporto ainda tive a oportunidade de ter algum vislumbre da civilização, mas agora tudo que vejo é mato, terra e céu azul. Nunca vi tanta natureza.

Solto um suspiro.

Preciso urgentemente de mais chocolate já que o meu estoque acabou.

— Entediada tigresa? — pergunta Roger depois de ter baixado o volume do rádio.

Depois da minha ameaça mais cedo ele começou a me chamar assim só para me irritar. O homem não tem medo de perder a capacidade de fazer filhos.

— O que você acha cowboy? — pergunto sarcástica.

— O que acho é que vai ser bastante divertido a ter na fazenda.

Não sei por que mais Roger acaba me lembrando Jake. Tenho certeza que se esses dois cretinos se conhecessem rapidamente virariam grandes amigos.

Sem querer se estressar apenas mostro um sorriso falso e lanço um olhar de desdém. Eu odeio imensamente homens que se acham a último quadradinho da barra de chocolate.

— Veja chegamos à cidade. — diz ele apontando para uma enorme placa.

Graças a Deus! Finalmente chegamos.

— Então pelo jeito estamos perto? — pergunto esperançosa desejando que a fazenda não seja tão distante da cidade.

— Sim, estamos proxi... 

— Ótimo! — o interrompo e aumento o volume do rádio. 

Deus me livre dar acesso para ele ficar me atormentando através de um conversa.

— Patricinha! — ele resmunga tentando não sorrir mas é em vão. 

Reviro os olhos e bufo.

A música de Lady Antebellum mal termina de tocar e ele desliga o rádio para colocar um cd de músicas bregas. Caramba, quem em santa modernidade usa ainda cd? 

Um agouro de música do tempo da minha avó começa a sair dos alto falantes enquanto isso penso seriamente em me jogar para fora do carro.

Putz! Isso é tortura.

Ao chegarmos na cidade eu praticamente me senti naqueles filmes de romance que Dri me obriga direto assistir onde a garota quer uma nova vida e se muda para a pequena cidade que fica localizada no fim do mundo atrás de criar um novo futuro. Posso dizer que desses filmes clichês a unica parte boa é que as mocinhas sempre pegam algum homem baita gato.

Observo a tudo atentamente vendo que há alguns restaurantes, bares, lojas, pessoas com roupas floridas ou xadrez e mais daquelas caminhonetes monstro horríveis. Sério o que os homens dessa cidade vê de bonito nesse troço feio?

Caralho! Realmente a cidade é pequena e quando digo pequena é bem pequena mesmo tipo minúscula. Eu aposto que se alguém soltar um peito todos os habitantes da cidade ovo ouvem. Credo!

Paramos num sinal vermelho e avisto dentro de uma lanchonete segurando um livro uma menina loira de óculos sentada, posso ver que sua atenção foi para um rapaz que acabou de entrar no estabelecimento junto com alguns amigos. Daqui posso ver a menina suspira e olhar para o rapaz com um olhar sonhador.

Laçada Pelo CowboyOnde histórias criam vida. Descubra agora