Capítulo 58

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BRYAN

Estou com Luna deitadinha na cama enquanto a sua mãe toma banho. Minha menina estica a minúscula mãozinha na direção do Adônis que se mantinha quieto sentado no chão com a cabeça apoiada no colchão a olhando.

No dia que cheguei com Luna da maternidade eu a coloquei na cama para os dois se conhecerem. Eu nunca iria privar o meu cachorro de ter contato com a minha filha. O Adônis que sempre agia feito um filhote atrapalhado num piscar mudou seu comportamento ficando bem mais tranquilo. Entendeu que tinha virado irmão mais velho.

Adônis choraminga e olha para mim pedindo permissão para que possa subir na cama. Estabanado ele ainda continua, menos com Luna que tem um cuidado mais que especial.

— Amigão pode subir, mas com bastante cuidado. — o relembro após ouvir mais um choramingar seu.

A Lua não teve nenhuma frescura. Sempre ao meu favor deixava Adônis se aproximar da bebê. Minha Tia Anna que quase surtou ao vê-lo tão perto da Luna sabendo que meu cachorro é muito agitado podendo sem querer machucá-la, mas expliquei que ele anda se comportando direito.

Subindo no colchão Adônis deita ao seu lado. Fico de olho para que Luna não agarre seu pelo pela proximidade ou que seja lambida. Lógico que tomamos alguns cuidados por conta dela ser ainda novinha, mas assim que tiver maiorzinha essa garota será criada solta pela fazenda para se sujar, brincar com os animais, cair e aprender a viver da sua maneira.

Saindo do banheiro Lua abre um belo sorriso ao ver a gente na cama. Em seguida se vira para o guarda roupa arrancando a toalha do corpo e ficando nua. Não tem como eu não olhá-la. Ser mãe mudou seu corpo.

Seus quadris estão mais largos, a barriga não estava tão inchada como sempre insistia em reclamar e os seus maravilhosos seios que amo estavam enormes cheios de leite que acabava sempre vazando e sujando suas blusas. Ela ficava sempre irritada e eu excitado.

— Pode ser uma mãe agora, mas sempre será a minha bela Lua. — digo quando a noto se analisando na frente do espelho e fazendo uma careta de descontentamento. — Está linda, amor.

Ela abre um sorriso genuíno para mim antes de pegar uma calcinha e camisola que na verdade se trata de mais uma antiga camisa minha. As suas roupas de dormir estão jogadas na gaveta esquecidas. Minhas camisas velhas se tornaram oficialmente a sua camisola preferida para dormir.

Olho para minha cowgirl entretida com Adônis e levanto da cama com um propósito para por ação.

— Uh, Lua?

— Sim? — ela se vira penteado seu cabelo molhado.

Eu paro bem na sua frente e olho bem para aqueles olhos escuros.

— Quer se casar comigo?

Ela arqueia uma sobrancelha, dar uma ligeira olhada na nossa filha deitada no meio da cama com Adônis por perto e deposita o pente em cima da penteadeira para se voltar para mim.

— Bem, já fizemos isso. Esqueceu, cowboy? — sorrindo ela ergue a mão mostrando no seu dedo anelar o belo anel de diamante com esmeralda que passou pelas gerações da família Foster. — Minha resposta foi um sim e continua sendo um sim. Não se preocupe.

No dia que recebeu alta no hospital eu a pedi em casamento. Não foi da maneira como havia planejado por que queria ter feito o pedido na cabana, porém acabei fazendo o pedido ali mesmo num estacionamento dentro da caminhonete com a nossa filha recém nascida testemunhando.

Sei que Lua merecia um daqueles momentos românticos acompanhado de música melosa, jantar a luz de velas e anel na caixinha comigo ajoelhado. Um pedido decente. Mesmo que não tenha acontecido desse jeitinho e sim dessa maneira nada convencional o pedido nada bonito foi feito e ela aceitou.

Laçada Pelo CowboyOnde histórias criam vida. Descubra agora