Capítulo 29

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–Enlace suas pernas em mim-Oh Deus,como assim?Ainda sussurrado no pezinho no ouvido.Como pode isso?Pra que fazer uma coisa dessas com um pobre ser humano.Estava reunindo toda minha sanidade,mas não tinha nem como negar,fiz o que ele mandou.

Senti seus lábios roçando em meu pescoço e ele começou a depositar beijinhos carinhosos até a minha clavícula.Minhas mãos foram parar involuntariamente em seus cabelos e minhas pernas o puxaram para mais perto.

Seus beijos subiram do meu colo para o meu queixo e então,finalmente, para a minha boca.Não foi um selinho como da primeira vez,agora foi mais intenso,faminto,sedento.Como se ele estivesse precisando,desejando aquilo tanto quanto eu.Abri meus lábios dando passagem para sua língua e me pressionei mais a ele.Pude sentir seu membro pulsando entre minhas pernas e aquilo só fez aumentar ainda mais o calor que eu estava sentindo. Era como estar no paraíso.

Mas quem disse que Au Pair tinha direito a paraíso?

–Ah,por favor!Arrumem uma cama, vocês não respeitam seus vizinhos?-E lá estava a criatura afeminada empoleirada no muro outra vez.Ela não tinha vida?

–Você sabia que as pessoas precisam ter privacidade pelo menos dentro de suas próprias casas?-Perguntei revoltava.

–Não enquanto você estiver com o meu bombonzinho.-Ele soltou beijinhos em direção ao Alfonso.

–Vamos entrar-Alfonso se levantou tentando esconder o volume que estava se formando em suas calças.

–Isso vai ter volta!-Apontei para a biba empata foda.

–Vou estar esperando,hihihi!

–Bicha maldita!-grunhi e entrei em casa.

–Ei espera-Alfonso me alcançou e me parou antes de eu entrar no quarto.-, me desculpe fazer você passar por isso,me desculpe por...-Ele ficou todo sem graça pela sua condição física e abaixou a cabeça.-apenas,me desculpe.Prometo que isso não vai se repetir e se quiser posso falar para ele lá fora que não somos casados,não preciso de desculpas e não posso ficar usando você.

–Não,tudo bem-Eu sabia que estava sendo usada para que a aquela bicha louca sumisse do pé do Alfonso,mas ouvir aquilo me incomodou um pouco?Ouvir ele dizer aquilo fez meu estômago apertar e fiquei um pouco chorosa.-Depois de amanhã nós já vamos embora e isso vai acabar.

–Obrigado Annie.-Ele me deu um beijo na testa e seguiu em direção ao seu quarto.

Eu queria o colo da minha mãe nesse momento.Pra que eu tinha que ficar toda apaixonadinha pelo meu chefe? Qual era o meu problema?Aquela não era a minha realidade,eu nunca teria chances com ele.Qual é?Vocês já viram a Gisele?Até mesmo a Jéssica? Ele podia ter qualquer mulher cheia de beleza digna de um comercial de shampoo,como iria se interresar por uma garota tão sem sal como eu?O mundo é injusto demais,cinza demais. Não tão cinza porque agora com essa moda de gays coloridos a gente tem até que sair com óculos escuros para poder enxergar com o brilho todo deles,mas isso não tem nada a ver com meu momento triste então fiz a única coisa que podia fazer no momento...peguei meu celular e liguei para a Maite.

–Você está no viva voz chamego.

–Eu quero morrer.-Me afundei nos travesseiros

–Não vai me dizer que a Giselinha apareceu por ai?-Maite perguntou.

–Porque se aparecer pode nos avisar que vou ai num instante e devolvo essa oferenda para o mar.-E Katheryn completou.

–Não!Não é nada disso.

–Então o que aconteceu?

–Alfonso me beijou.

–E você quer morrer?Eu que vou te matar por dizer isso.-Katheryn gritou.-Aquele Deus banhado a chocolate suíço te beija e você fica assim?Qual o seu problema?

–É que...

–É que nada!Licença Katheryn-A voz da Maite ficou mais próxima ao telefone-eu te disse que você tem que correr atrás do seu homem,use todas as suas armas minha amiga,cai pra dentro.Quer saber?Estamos indo para ai,se você não toma uma atitude nós vamos fazer você tomar.

–É isso mesmo!E tira esse pé com esse sapato da minha cama-Ouvi um barulho de algo caindo no chão e podia jurar que era a Maite.-Estamos indo pra ai.

–Não!Eu...-Tentei impredir,mas elas já tinham desligado.

Virgem Santa!Agora que ia virar um cabaré lascado.Eu só queria um pouco de paz de espírito.Uma folga para a mente,mas quem disse que seria fácil?

–Ei Annie-Ouvi algumas batidas na porta e logo após uma cabeça passando pela porta-Posso ficar um pouquinho aqui com você?

É,quem disse que seria fácil?

Au pairOnde histórias criam vida. Descubra agora