Capítulo 32

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O Sr.Alfonso já estava na porta ainda de pijamas e o cabelo todo emaranhado,eu estava com medo da reação dele ao ver a Maite e Katheryn lá,e ainda por cima sem eu ter avisado nem nada,afinal eu era apenas uma babá que estava morando na casa dele e devia satisfações,mas ele não surtou nem quis me atirar na piscina com uma bigorna amarrada nos pés,ele apenas sorriu e as cumprimentou.

-Bom dia meninas,eu não sabia que viriam.Vamos entrar!

-Bom dia,Alfonso!Como você está bonito e maravilhoso.-Maite o abraçou.

-Eu diria uma delicia.-Katheryn a empurrou e o abraçou também.

-Vocês duas não têm jeito.-Ele sorriu sem graça.

-O que é bonito tem que ser comentado.Uma beleza assim não pode passar em branco.Não é Annie? Você não acha que o Alfonso é um Deus grego?-Eu ia mata a Maite,enforcada.Não melhor!Ia perdurar ela de ponta cabeça e ir torturando com agulhas.Oh menina Bruxa!

-Claro.-Falei meio sem graça e abaixei a cabeça.-Vamos entrar ou não?

Eu sentia o olhar do Sr.Alfonso queimando em minhas costas quando me virei e entrei na frente de todo mundo.Oh coisa constrangedora ficar elogiando e paparicando o chefe na frente dele,capaz de pensar que eu estava querendo um aumento.Para minha sorte as meninas já estavam acordadas e saíram do quarto assim que entramos na sala.Mary estava de cavalinho nas costa da Emilie e as duas pareciam bem humoradas,graças a Deus.

-Bom dia petites!-Sr.Alfonso se abaixou para que ela pudesse pular em seu colo.

-Pai,posso te pedir uma coisa?-Emilie perguntou fazendo sua melhor carinha angelical.Eu tinha medo daquela criança,sério.

-Claro que pode.

-Vamos ficar aqui por mais alguns dias,por favor?

-Emilie você sabe que o papai tem que...

-Trabalhar eu sei-ela o interrompeu e saiu de seu colo-mas só por mais alguns diazinhos,por favor papai.-Menina sacana aquela,com todo aquele jeitinho de criança inocente, mas sabia manipular as pessoas facinho,facinho.

-Vou ver o que posso fazer,ta bem?

-Eba!-Ela gritou e saiu correndo.

-Da onde saiu essa gente toda?-Vixe agora a coisa ficou feia,eu tinha até me esquecido que a podre da Jéraraca estava na casa.

-Que ela esta fazendo aqui?-Maite perguntou apontando para a Jéssica.

-O que vocês estão fazendo aqui?-Ela retrucou.

-Nós somos amigas da Annie.-Katheryn falou se colocando ao meu lado com as mãos nos quadris.

-Grande coisa,ela não é nada da família.

-E você é?-Maite já estava toda pronta para arrumar uma briga quando o Sr. Alfonso entrou na frente das duas.

-Ei,ei,ei!Sem brigas aqui,muito menos na frente das meninas.Se comportem, ok?

-Vou pisar na cabeça dela.-Mai sussurrou para mim e eu segurei seu braço.

-Shh!Fica quietinha,quer que eu seja demitida?

-E não quero que fale mais assim da Annie,ouviu Jéssica?-o Sr.Alfonso voltou a falar.-Agora ela é sim da família e deve ser tratada como tal,as amigas dela sempre serão bem vindas.

-Toma!-Katheryn mostrou a língua para Jéssica e até o Sr.Alfonso riu do jeito infantil dela.

-Agora eu quero que vocês se comportem.-Ele avisou e depois se virou para mim-Posso falar com você um segundinho?

-Ahan.-Pronto,agora era só assinar a carta de demissão.

Eu já até estava esperando a bronca por levar minhas amigas barraqueiras para o bangalô dele, uma ameaça de demissão,de enforcamento ou qualquer coisa parecida,mas até que ele estava parecendo calmo.Entramos no meu quarto e eu sentei na minha cama bagunçada.Bendita hora que deixei aquelas duas pestinhas lá sozinhas,agora parecia que uma manada tinha passado por lá.

-Está tudo bem?-Ele perguntou gentilmente.

-Está sim!-respondi-Me desculpe por elas terem aparecidos assim do nada, eu nem imaginava que elas fossem aparecer mesmo,mas se o senhor quiser posso ir para um hotel com elas,mas prometo voltar no meu horário de trabalho.

-Primeiro de tudo eu quero que pare de me chamar de senhor.

-Desculpe-baixei a cabeça sem graça.

-Tudo bem elas ficarem aqui,não tem problema nenhum.E não quero que fique chateada pelo o que a Jéssica disse,você sabe que já faz parte da família.

-Obrigada.-Agradeci honestamente, ainda estava um pouco envergonhada,mas adorei ouvir aquilo.

-Hoje é seu dia de folga,já sabe o que vai fazer?-Nossa,eu não sabia nem que era meu dia de folga.

-Ainda não, mas quero ficar com as meninas agora de tarde,talvez de noite eu saia.

-Nada de bebidas alcoólicas,tudo bem?Vai voltar tarde?

-Não,não!Vou ser totalmente responsável,pode deixar.

-É que...-Antes que ele terminasse de falar,minha porta abriu.

-Vamos para a praia?-Emilie entrou no meu quarto.

-Se usa bater,sabia Emi?-Alfonso perguntou se voltando para ela.

-Se usa,mas eu não uso.-Emi deu aquele sorrisinho debochado dela-A Annie não liga,né Annie?

-Não.Tudo bem.-Quem sou eu pra dizer que sim.

-Pai,por que você não casa com a Annie?-Engasguei loucamente.

-Como?-Até ele ficou surpreso.

-Casar,com a Annie.-Alfonso olhou para mim,provavelmente achando que eu que tinha enfiado isso na cabeça da menina.

-Mas não é você que é totalmente contra casamentos,Emilie?-Ele voltou a olhar para a Emi.

-Ahh tipo,não sendo a Gisele a gente pode ver o seu caso.-Ela precisava mesmo de tratamento psicológico, sério.

-Vamos logo para praia antes que fique muito quente.Vem Emilie,vamos deixar a Annie se trocar.-Ele saiu todo vermelho puxando a menina pela mão.

As vezes eu penso que devia ter sido mais fácil ficar no Brasil.

-Annie,ajuda eu amalar meu sapato?-Mas ai eu olho aquele rostinho lindo e fofo da Mary e vejo que não tem momentos ruins que superem os bons.

-É me ajuda a amarrar o meu sapato e este não é de amarrar.-Me abaixei abotoei a fivela de sua sandália.

-Eu amo você-E é por isso que eu tinha certeza que estar aqui era uma das melhores coisas da minha vida.

-Eu também amo você.

-Quero sovete.

-Repete.-Falei me sentando no chão.

-Quero sovete.

-Ai meu Deus,você falou "quero" certo!-A abracei e quase cai no choro.

Au pairOnde histórias criam vida. Descubra agora