"Então todo aquele papo sobre esperar estar cem por cento e tudo mais não passou de uma grande baboseira".
Virei a cabeça para frente, sentindo tanta raiva que eu não conseguia nem respirar.
- Calma, Lia.
- Eu estou calma - disse entredentes. Fechei os olhos e respirei muito fundo antes de levantar.
- O que você vai fazer? - Sammy tentou segurar minha mão, mas eu o empurrei e fui na direção da porta.
Bati nela inúmeras vezes, mas eles não me ouviam. Continuavam a se beijar e a minha vontade foi de gritar e xinga-lo de todos os palavrões existentes no mundo.
Eles pararam de se beijar e eu tornei a bater no vidro da porta. A garota que estava com ele apontou na minha direção, fazendo-o se virar para me ver. Os olhos do Léo se arregalaram e ele abriu a boca e começou a falar um monte de coisas que eu não conseguia ouvir. Não queria ouvir.
Mostrei o dedo do meio e voltei para perto do Sammy. Três segundos depois, meu celular começou a tocar. Era ele.
- Você não vai atender?
- Não. Na verdade, eu quero sair daqui.
- Mas essa não é a nossa estação.
O celular insistia.
- Não importa. Podemos pegar outro metrô. Vamos - puxei ele para fora do vagão.
Ainda consegui ver o Léo acenar desesperadamente para mim antes que ele desaparecesse no túnel.
- Filho da mãe - Sammy murmurou tocando meu ombro.
- Nem tanto. Nós não éramos nada. Nem amigos e nem namorados.
- Mas eu sei que você tá brava. Parece até que quer chorar.
- Mas eu não quero - respondi. Eu realmente não queria. Apesar de estar brava e levemente - quase nada - magoada. Eu não tinha me afeiçoado tanto à ele ao ponto de estar magoada. Eu sempre esperava o pior das pessoas com relação à mim e, ele ter feito aquilo comigo, só me fez perceber o quanto eu estava certa em agir assim. - só estou com raiva, sabe. Bastante raiva. Por ele ter me dito todas aquelas merdas.
- Relaxa, caramelo. Hoje vamos te arranjar um cara muito legal.
- Eu não preciso de um cara. Preciso de uma bebida.
Ele bateu palmas.
- É assim que se fala! Essa é a minha garota! - ouvimos o famoso barulho de trem se aproximando. - vamos logo.
Durante todo o trajeto até a casa do colega - Que eu não fazia a mínima ideia de quem era - do Sammy, ele tentou me fazer dar risada e falou o tempo todo para impedir que eu pensasse no que havia acontecido.
Já havia escurecido quando chegamos lá e uma música estupidamente alta ecoava dos fundos da casa que acabamos de entrar.
A primeira coisa que fizemos - logo após cumprimentar o dono da casa - foi procurar por bebida. Encontramos um cara que preparava misturas de bebidas na hora e eu pedi uma Margueritta.
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(CONCLUÍDA) Eu, você e meu Guarda-Chuva Vermelho.
Romance"Uma vida pode ter milhares de finais. Finais bons, finais ruins, não importa. A maioria das coisas sempre chega ao fim. Sim, eu disse a maioria porque nem tudo na vida termina. Existem amores eternos, assim como existem amizades que duram uma etern...