Chegamos ao hotel depois de um passeio à região histórica de Old Town e eu praticamente corri na direção do elevador que acabava de fechar a porta.
- Segura o elevador, por favor - pedi, mas fui ignorada. A porta fechou e ele já estava subindo. Eu teria de esperar. Ou subir de escada... "Hahaha, muito engraçado" disse minha preguiça.
- É impressão minha ou você está fugindo de mim desde o nosso encontro meio estranho lá no quarto? - Leonardo surgiu ao meu lado segurando a bolsa da Lilá.
- Não é impressão - admiti.
- Eu também fugiria se estivesse no seu lugar.
Encolhi os ombros e antes que pudesse elaborar um bom argumento, Crystal entrou na recepção e encostou o corpo no balcão para pegar alguma coisa com a recepcionista mal humorada.
- ... E agora pra onde você vai? - perguntou a mulher.
- Pra casa - ela respondeu e eu virei o rosto pro Leonardo. Ele levantou as sobrancelhas sem entender porque de repente eu fiquei meio assustada. - nos vemos depois.
Seguindo meus impulsos, eu tive uma brilhante ideia. Ou uma ideia muito estúpida. Você pode tirar suas próprias conclusões.
- Preciso ir - passei por ele, que segurou meu braço. - que é?
- Pra onde você vai? Tá fugindo de novo?
- Não. Eu só preciso seguir a Crystal.
- Pra quê?
- Porque sim. Me solta - com um gesto brusco, me afastei dele. - Preciso mesmo ir.
Crystal já havia saído do hotel e eu a segui. Ela entrou num táxi e eu levantei o braço para pegar o que vinha logo atrás. Entrei e fechei a porta. A porta tornou a abrir.
- Vou com você - Leonardo sentou ao meu lado e disse na direção do motorista: - eu sei que isso vai soar estranho mas, por favor, siga aquele táxi.
Sem fazer perguntas, o taxista assentiu e acelerou o carro.
Leonardo recostou no banco e me olhou.
- Por que você veio? - perguntei.
- Eu nunca participei de nenhuma perseguição super perigosa.
Revirei os olhos.
- Não é como se a Crystal percebesse que está sendo seguida e sacasse uma bazuca.
- Mas ainda existe essa possibilidade.
- Definitivame... - o celular de Leonardo começou a tocar. Ele o tirou do bolso e fez uma careta. Com certeza era a Lilá.
Atendeu.
- Oi... Eu tive que sair... Onde? Hum... Na farmácia - ele mentiu. Virei o rosto para a janela, pois não queria mais prestar atenção naquela conversa.
A paisagem praiana passava com velocidade e eu procurei prestar atenção nos mínimos detalhes de tudo do lado de fora para me distrair dele.
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(CONCLUÍDA) Eu, você e meu Guarda-Chuva Vermelho.
Romance"Uma vida pode ter milhares de finais. Finais bons, finais ruins, não importa. A maioria das coisas sempre chega ao fim. Sim, eu disse a maioria porque nem tudo na vida termina. Existem amores eternos, assim como existem amizades que duram uma etern...