- Vamos à Times? - ele sugeriu, diminuindo o rádio.
- Fazer o que na Times Square? - parei o carro no sinal vermelho e olhei para ele, que deu de ombros. - certo, você quer ir, mas não sabe o que vai fazer lá.
- Lia, que tal se você experimentasse não fazer nenhuma pergunta hoje, ein? - levantei a sobrancelhas e ele sorriu. - dá pra fazer isso?
- Não posso prometer nada, mas eu vou tentar.
- Ótimo. Então dirija a droga desse caro para a Times Square.
- Ei! Não precisa falar assim do carro.
Léo apontou para a frente indicando o sinal verde.
Dirigi pela avenida mais ou menos movimentada e virei a esquerda para entrar na Broadway, onde segui em linha reta até chegar à gloriosa Times Square.
Estacionei o carro e seguimos o restante do caminho à pé até chegar ao lugar desejado.
Enfiei as mãos nos bolsos da calça e lancei uma olhada rápida pro Léo, que observava alguma coisa à sua frente, fazendo com que seus olhos castanho bilhassem por conta da quantidade de luz que era emanada à nossa volta.
Ele me olhou e eu rapidamente virei a cabeça para a frente, na tentativa de disfarçar que eu o observava.
- Está sentindo frio? - perguntou.
- Um pouquinho - respondi.
- Vem cá - ele levantou o braço e me puxou para perto como se fosse a coisa mais normal do mundo. Passou o braço por cima dos meus ombros e eu abracei sua cintura. Agora ele cheirava a alguma coisa refrescante. Meu coração começou a bater mais forte a partir daquele momento. Ele baixou a cabeça para me olhar outra vez e sorriu.
DÁ PRA PARAR DE SORRIR PRA MIM, POR FAVOR?!
Como aquilo era lindo. Não ele. Quer dizer, ele também era, mas me refiro à Times. Nunca me cansava de ir ali. Era como se todas as vezes fosse a primeira vez. Era como se Aquele lugar possuísse vida própria e brilhasse naturalmente. Minha mãe sempre dizia que Nova York possuía sua própria Estrela, e ela se chamava Times Square.
Ele apontou pro Mcdonalds.
- Vamos tomar um sorvete?
- Achei que não tivesse dinheiro - comentei.
- Quem disse que eu vou pagar?
- Que é que você vai fazer?
- Roubar, ué - quando ele viu minha cara de assustada, gargalhou alto e disse: - é brincadeira! Eu tenho uns trocados, relaxa.
Paramos na fila do sorvete no Mcdonalds e eu soltei a cintura dele.
- Que foi?
- Me diz por que você sumiu essa semana, ein?
Léo cruzou os braços. Pareceu um tanto desconfortável com a pergunta.
- O que eu falei sobre as perguntas?
- Ah, mas isso não tem nada haver com o que vamos fazer ou estamos fazendo.
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(CONCLUÍDA) Eu, você e meu Guarda-Chuva Vermelho.
Romance"Uma vida pode ter milhares de finais. Finais bons, finais ruins, não importa. A maioria das coisas sempre chega ao fim. Sim, eu disse a maioria porque nem tudo na vida termina. Existem amores eternos, assim como existem amizades que duram uma etern...