E não é que chegamos? Quase duas horas depois, mas chegamos. E eu tenho que falar: aquele lugar era do caralho.
O táxi parou próximo a uma colina e terminamos de subir ela a pé. Lá no topo, pudemos ver a maravilhosa vista que nos cercava; à nossa direita tinha um farol e, bem à nossa frente, um esplêndido mar que parecia ser infinito.
- Tira uma foto minha? - pedi a ele e o entreguei meu celular.
Fiquei de costas para o mar e abri os braços. Sammy enlouqueceria quando visse aquela foto.
- Valeu - agradeci.
- Vamos descer - ele falou, passando na minha frente e indo em direção à descida cheia de pedras.
- Espera por mim - disse, fazendo um esforço para acompanha-lo.
Eram umas três horas e pouca quando tocamos nossos pés na areia.
A praia estava relativamente vazia, considerando a presença de alguns casais e pais com seus filhos (ou pedofilos com suas vítimas, nunca se sabe).
Na mesma hora ele tirou a blusa e a jogou em cima dos chinelos e tirou a carteira do bolso.
- Nossa, mal chegamos e você já vai me abandonar assim?
- Você não vem?
- Hum... Eu não sei se você lembra, mas eu não sei nadar. Sou tão boa nisso quanto uma galinha.
- Relaxa, eu não vou deixar você se afogar.
- Não, eu tô bem aqui - sentei ao lado das coisas dele, que deu de ombros e correu para o mar.
Cruzei as pernas, coloquei minhas coisas ao lado das suas e o observei nadar sozinho, boiar e voltar a nadar. Comecei a sentir calor, então tirei a blusa e reparei que ele saía do mar.
- Que foi? - perguntei.
- Quero te mostrar uma coisa, vem - ele estendeu a mão para me ajudar a levantar e eu a segurei.
- O que você quer me mostrar?
- Uma coisa ali - respondeu e me guiou até a beirada do mar. Ele apontou para as pedras na areia.
- Que diabos você... - fui interrompida por ele, que me carregou com as duas mãos e começou a ir em direção ao mar. - Não! Não! Me coloca no chão! Eu tô falando sério - berrei, mas fui totalmente ignorada.
Quando a água alcançou sua cintura, ele parou.
- Me leva de volta pra lá - pedi, desviando o olhar da água abaixo de mim e virando o rosto para ele.
- Você não vai morrer afogada, relaxa. Tem que ser muito burra pra morrer com a água batendo na cintura. Vou te soltar.
Comecei a bater as pernas debilmente.
- Não! NÃO!
Ele riu e eu revirei os olhos.
- Você fica tão fofa quando dá uma de maluca.
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(CONCLUÍDA) Eu, você e meu Guarda-Chuva Vermelho.
Romance"Uma vida pode ter milhares de finais. Finais bons, finais ruins, não importa. A maioria das coisas sempre chega ao fim. Sim, eu disse a maioria porque nem tudo na vida termina. Existem amores eternos, assim como existem amizades que duram uma etern...