Capítulo LI

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Sammy chegou à minha casa com a velocidade de mil Flashs (ou um Zoom); bateu nervosamente na porta até que eu o atendesse e, quando eu o fiz, ele pulou em cima de mim como se fosse meu aniversário.

- PARABÉEEENS.

- Sam, calma.

- Calma nada. Vem - me puxou pro quarto e sentou na cama, me encarando como se eu estivesse prestes a fazer algum número de mágica realmente bom. - me conta tudo. Como foi, onde foi, quando foi, com quem foi.

- Você é do FBI, por acaso? Relaxa - sentei na cadeira em frente ao computador. - foi com o Léo.

Ele levou as mãos à boca como se segurasse um gritinho.

- Eu jurava por Deus que você ia dar pro outro lá.

- Meu Deus, que expressão horrível! Eu não dei pro Léo... Nós fizemos amor.

- Awn, que fofo. Quando foi?

- Umas seis horas da manhã, lá na casa dele. Foi bem... Intenso. Doeu pra caramba, mas foi legal.

- E ele é bom no negócio?

Dei risada.

Sammy parecia um daqueles repórteres malucos de programas de fofoca.

- Pra quê você quer saber? - ele deu de ombros. - é, eu acho que ele é bom sim.

- Acha? Como assim você acha?

- Não é como se eu já tivesse ido pra cama com um milhão de caras e soubesse exatamente o que significa "ser bom no negócio". Ele foi carinhoso e a gente se beijou o tempo todo, isso pra mim conta muito.

- Certo, certo... Esqueci que você ainda é iniciante nesse ramo.

- Ramo? Ainda estamos falando da minha primeira vez ou você do nada resolveu falar de prostituição?

Ele gargalhou exageradamente como sempre fazia.

- Um pouco dos dois... Mas, sério, o que fez você se entregar à ele? A surpreendente epifania de que ele é o amor da sua vida? Ou o fato dele ser extremamente alto e sexy?

- Hum... Na verdade acho que foi mais porque ele estava nu enquanto me beijava... - Sammy arregalou os olhos. - mentira... Quer dizer, isso aconteceu, mas não foi por isso. Eu realmente gosto do Léo. Gosto dele de um jeito incrivelmente insano.

- Mas e o outro? O Leonardo.

- Ah... A namorada dele está grávida - falei, um tantinho incomodada.

- Nossa, que merda ein.

- Uma grande merda.

- Mas você não respondeu: você ainda gosta dele?

- Isso não faz diferença - tentei mudar de um assunto que mais cedo ou mais tarde viria à tona. - Não acredito que você veio aqui só pra ouvir isso.

- Claro, não é todo dia que a sua amiga de quase quarenta anos perde a virgindade.

- Eu só tenho vinte anos, imbecil.

(CONCLUÍDA) Eu, você e meu Guarda-Chuva Vermelho.           Onde histórias criam vida. Descubra agora