Eu não sei porquê. Não me pergunte porquê. Mas eu fui.
Entrei no quarto, troquei de roupa e peguei algum dinheiro antes de sair e encontrá-lo na mesma posição de antes.
- Aconteceu alguma coisa? - foi a primeira coisa que perguntei assim que fechei a porta. Mil questões surgiam na minha cabeça. "Será que eles terminaram? Será que eles brigaram? Se mataram? Ah não, pera..."
- Não. Eu só quis sair um pouco do hotel - entramos no elevador e ele apertou o botão do térreo.
- Tá, mas por que você não chamou sua namorada?
- Essa é uma boa pergunta.
- Não entendi.
- Não precisa entender nada - a porta abriu e nós saímos. - quer almoçar?
- Não estou com fome.
- Também não.
Descemos a escada e saímos do hotel. Passou um vento forte que nos trouxe o forte cheiro de mar do outro lado da rua.
- Quer ir na praia? - perguntei.
- Sim, mas não nessa.
Ele estendeu a mão para um táxi que vinha passando e nós entramos quando ele parou.
- Pacific Beach, por favor - disse para o motorista, que assentiu e começou a dirigir.
Eu levantei as sobrancelhas e ele me olhou.
- Isso é sério?
- Isso o que? - se fez de desentendido.
- Que você está me levando pra ir lá. Isso é por causa do desenho da Crystal?
- Sim - ele encostou no banco e eu cruzei os braços. - e não também. Eu só achei que seria legal ir conhecer aquele lugar.
- É. Mas eu ainda não entendi porque você não trouxe a sua namorada.
- Porque não. Isso serve como resposta?
- Não e...
- A nossa Pacific Beach é a melhor praia para os casais - disse o motorista de repente. Sua voz soava como se tivesse repetido aquilo inúmeras vezes. - É uma lugar calmo e bastante romântico. Há quanto tempo vocês estão juntos?
Eu e Leonardo nos olhamos e, como se fôssemos melhores amigos e nos divertissemos juntos há anos, explodimos em risadas.
O motorista ficou nos encarando por um bom tempo pelo espelho e quando viu que nenhum de nós dois ia parar de rir, balançou a cabeça e resmungou alguma coisa.
- Até que a gente combina - ele disse, respirando fundo e se recompondo.
Eu fiquei séria na mesma hora.
- Não.
- Ah, vai dizer que não combinamos nem um pouquinho?
Dei de ombros.
- Sei lá. Eu não sei nada sobre você.
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(CONCLUÍDA) Eu, você e meu Guarda-Chuva Vermelho.
Romance"Uma vida pode ter milhares de finais. Finais bons, finais ruins, não importa. A maioria das coisas sempre chega ao fim. Sim, eu disse a maioria porque nem tudo na vida termina. Existem amores eternos, assim como existem amizades que duram uma etern...