Quando contei ao Sammy que havia encontrado Leonardo - o dos meus sonhos - ele quase pirou.
- Isso é tão... Eu não... Como vocês... Como foi?
Dei risada.
- Relaxa! Foi uma merda. E pra completar ele disse que não leu a minha mensagem.
- Envia de novo.
- Não vou fazer isso. Ainda estou pensando no que responder à ele.
- Que tal: você é o amor da minha vida, por favor me engravida? Até rimou! - ele cantarolou, rindo feito um retardado.
- Não! Eu nunca diria isso!
- Ah, deixa de ser ridícula!
- Não estou sendo ridícula, só que dizer isso à ele seria o mesmo que dançar sem roupa na Times Square. Um grande burrice.
- Talvez. Mas também seria uma linda declaração de amor.
- Sammy, quantas vezes eu vou precisar te dizer que não gosto dele? Eu só sonho com ele...
-... Há mais tempo do que eu sou gay.
- Não exagere. Você é gay desde que nasceu, só não sabia disso.
- Acho que sim, mas mesmo assim. Você não pode deixar isso acabar desse jeito.
- Uma coisa que não começou não pode acabar.
- Uma coisa que não começou ainda, você quis dizer.
- Ah, vai se ferrar, Sammy. Eu só liguei pra dizer que vou te ajudar com esse maldito trabalho. Onde vamos nos encontrar?
- No seu trabalho. Seu expediente termina que horas?
- Na hora do almoço.
- Estarei lá às duas.
- Ok, agora vou desligar porque estou mais suja que a sua boca.
- Você está insinuando alguma coisa, vadia? - ele gargalhou alto e desligou. Sempre terminava as ligações assim. Rindo alto e falando alguma idiotice. Ele sempre me deixava feliz e isso era o que eu mais gostava nele. Não importava o que havia acontecido comigo, bastava eu ligar para o Sammy que tudo voltava ao normal.
Tomei banho e me joguei na cama, mergulhando no sono quase que instantaneamente.
'Ele tocava meu rosto com as costas da mão e sorria para mim. Estávamos numa roda gigante com uma ótima visão de Londres à nossa volta.
- Podemos visitar o beco diagonal quando sairmos daqui - ele sugeriu. Adorei a ideia.
- É, eu soube que chegaram umas maravilhosas corujas no Empório das Corujas.
- E eu preciso de uma varinha nova. A minha quebrou quando tentei abrir aquela porta.
Eu ri.
- Como você conseguiu isso?
- Esqueci o feitiço, então decidi abrir do jeito tradicional. Me arrependi - ele se inclinou para a frente e eu pude sentir sua respiração fria tocar meu rosto. Me inclinei para trás por algum motivo e me desequilibrei.
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(CONCLUÍDA) Eu, você e meu Guarda-Chuva Vermelho.
Storie d'amore"Uma vida pode ter milhares de finais. Finais bons, finais ruins, não importa. A maioria das coisas sempre chega ao fim. Sim, eu disse a maioria porque nem tudo na vida termina. Existem amores eternos, assim como existem amizades que duram uma etern...