FATE ➛ JUSTIN BIEBER

04

- Freya Brown
(Big Island, Hawaii)

Conversava com a Grace ao telemóvel.

Expliquei o porquê de não aparecer ao fim da tarde para levar os animais para casa, o que compreendeu.

A Grace comentou que havia deixado a chave da colônia no esconderijo, dando autorização para que lá entrasse e fosse buscar os meus cães. Agradeci-lhe pelo voto de confiança.

Desliguei a chamada, dei uns golos no chocolate quente. Encarei o rapaz mais confortável ao meu lado.

- Vou trocar de roupa, é bom que não te armes em engraçadinho.

Levantei-me com o telemóvel na mão e o olhar fixo no Justin, que tinha o olhar pensativo no rosto.

Subi as escadas para o pequeno quarto, deixando as minhas roupas húmidas e geladas no chão. Vesti um conjunto de desporto quente e confortável.

Voltei a descer as escadas.

- Podes descer as escadas lentamente, a visão não podia ser melhor.

Estava de rabo espetado para o Justin, roguei-lhe pragas pelo comentário que havia feito.

Consegui ainda ouvir a sua gargalhada e sentir-me observada.

Sentei-me ao seu lado, pronta para lhe atirar com alguma coisa. No entanto, as colheres que agarrei caíram sob a mesa, e o meu telemóvel fez-lhes companhia ao lado, dentro da chávena.

- Já viste o que fizeste? Como é que não te mataste ainda? És um perigo! O meu telemóvel, Justin!

Reclamei com ele, tirando o telemóvel a escaldar da chávena. Pousei no molhe de guardanapos. No entanto, não havia salvação para o telemóvel.

Continuei a reclamar com o Justin e ele apenas se mostrava divertido.

- Segundo mergulho do dia.

- Terceiro, ou já te esqueceste que estás a usar o meu robe?

Ele revirou os olhos e eu sorri vitoriosa com a minha resposta involuntária. Dia mais aleatório de sempre.

Conhecer o Justin Bieber a falar mal do mesmo e atira-lo do barco.

Recebê-lo na minha casa, a envergar o meu robe. Algo que nunca imaginei ser possível acontecer, muito menos a mim e ao Justin Bieber.

Qualquer pessoa iria aproveitar-se da ocasião para expor o Justin ao mundo e ganhar fama com isso.

No entanto, eu apenas me divertia.

- O meu bebé! Como é que foste capaz, Justin? Não tens amor à vida?

- Relaxa Freya, agora estamos quites. E eu compro-te um telemóvel mais tarde, para não fazeres birra.

- Deves ser a pessoa mais impossível de aturar, já te disseram isso?

- Não, por acaso não.