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- Freya Brown

Já não sabia o que lhe dizer mais.

Sentia-me humilhada pela conversa inicial, mas aliviada por admitir aquilo que sentia por ele.

Nem havia forma de negar, visto que as minhas emoções estavam à flor da pele, tal como as do Justin. Ele olhava-me há minutos sem saber o que dizer. Mordi o interior da minha bochecha. Emoções a mais dentro de mim.

Porém, sentia-me mais calma. Mesmo que o Justin continuasse a achar que as minhas inseguranças se deviam á fama e à vida que tem.

O que não era verdade, qualquer rapaz me iria fazer sentir assim.

- Justin... Diz qualquer coisa.

Suspirou, encostando-se ao carro.

- Garanto que a tua carreira não me afeta minimamente. Acredita em mim e não penses essas coisas.

Aproximei-me dele, tentando manter algum contacto físico. Não podia deixar que pensasse errado sobre mim e sobre o que acabei de admitir.

A culpa não era dele, apenas precisava de me sentir confiante de mim mesma, o que não era nada fácil.

Nunca foi, duvido que algum dia seja.

- Confesso que ao início era estranho, mas depois deixou de ser.

- Estás a tentar convencer quem? A ti ou a mim, Freya? - Olhou-me, um tom de voz vagante rude.

- Sabes perfeitamente que não estou a tentar convencer ninguém.

Levei as mãos ao rosto dele.

Como não fui afastada, equilibrei-me na ponta dos meus pés, tentando tocar os seus lábios com os meus. Mais uma vez, não recusou ou afastou.

Senti as suas mãos na minha cintura, e logo as minhas costas contra o carro. O Justin trocou as posições.

- Não duvides de mim, agora que sabes o porquê de tanto receio.

- Tu é que estás sempre a duvidar do que sinto por ti. Porque não te dás uma oportunidade e arriscas?

- Se não estivesse a arriscar, não me sentia assim. - Balançou a cabeça, mais calmo que antes. - Justin, desculpa. Só não quero que voltes a pensar que a tua carreira é um entrave.

- É difícil, não achas? Estás sempre tão relutante em estar comigo.

- Agora que já sabes... Desculpa.

O Justin puxou-me para um abraço, o que me fez suspirar de alívio. Lágrimas formaram-se nos meus olhos, um peso que já não sentia.

Afastou-nos ligeiramente, puxando-me para um beijo. Foi inesperado, mas era aquilo que precisava e queria.

- Não voltes a duvidar de mim.

- Prometo que não. - Forcei um sorriso, havia um misto de emoções.

- Agora vamos jantar, ok? - Balancei a cabeça, assentindo. - Fico feliz por teres confiado em mim.

FATE  ➛  JUSTIN BIEBEROnde histórias criam vida. Descubra agora