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- Freya Brown
(Janeiro, vinte e nove)

Eram três e meia da tarde.

Aproveitei que o Justin estava num encontro com amigos, para descansar a cabeça e conversar com Leah, tal como para pensar no que fazer.

Já não era a primeira vez que falava mal para o Justin, devido à confusão na minha cabeça. Facilmente deixava que os problemas familiares nos afetassem, o que queria melhorar.

Ele não merecia levar com as minhas revoltas, quando me faz sentir tão bem e me proporcionou estes dias.

Estiquei uma toalha no chão junto à piscina, deitando-me na mesma com os o óculos de sol e o telemóvel nas mãos, visto que falava com Leah.

Ainda não tinha decidido quando iria para Nova Iorque, nem tinha avisado o Rodrigo e o Collins.

Precisava de me demitir, de ir buscar as minhas coisas ao Havaí. Viagens e mais viagens, o dinheiro começava a sumir e a faculdade a distanciar-se.

Estava na altura de pensar na minha vida e não ir pela conversa de terceiros, como estava a acontecer. Voltar a Nova Iorque não me agradava, no entanto, é uma cidade cheia de oportunidades, o que era positivo para mim.

- Estás a ouvir? Freya, o que estás a fazer? Pára de me ignorar!

- Desculpa, estava a pensar. Disseste o quê mesmo? - Ouvi-a suspirar e acabei por me rir. - Vá, diz.

- Quando lhe vais contar?

- Hoje, quando ele chegar. Já reservei os bilhetes para o Havaí. Preciso de me encontrar com o Collins. Ontem recebi mensagens dele e do Rodrigo.

- E então? O que disseram?

- Sinceramente nem as abri, estava a jantar com o Justin e depois do que lhe disse... Não me apeteceu.

- Pois... Sobre essa conversa, queres contar-me o que disseste?

- Não, prefiro não falar disso.

- Se foram jantar, ele compreendeu. O Justin já se mostrou boa pessoa, quero mesmo que arrisques.

- Sim, ele é mesmo boa pessoa. Leah, eu gosto mesmo dele e odeio não saber o que vai acontecer.

- Ninguém sabe o que vai acontecer, pensa apenas no agora. E o vosso agora não podia ser melhor.

- É, nisso tens razão.

Decidi desligar a chamada com a Leah ao fim de alguns minutos, para explicar o que ia fazer à minha mãe.

Deixar claro que não iria viver com ela ou ser a sombra dela. Quando atendeu a chamada, disparei tudo de uma vez e a mulher ouviu sem interromper. Iria fazer à minha maneira.

No meu tempo e com as minhas regras, como o Justin tinha dito.

- Tens a certeza? Podes vir.

- Achas que alguma vez iria voltar para a tua casa, depois do que aconteceu? Se para ti é mentira, para mim não é. E já tens sorte de deixar a minha vida para estar mais perto de ti.

FATE  ➛  JUSTIN BIEBEROnde histórias criam vida. Descubra agora