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- Freya Brown

O Oliver tinha acabado de admitir.

Era um daqueles momentos em que as pessoas desejavam esconder-se. Sabia o que estavam a pensar.

Acabaram de perceber o erro que cometeram ao acreditar no Oliver. Algo que ansiava há tanto tempo. Impedia o Justin de se envolver, pois quanto mais o irritava, mais ele falava.

Continuei a irrita-lo, até que perdeu a cabeça e levou as mãos ao meu peito. O Justin não hesitou. 

Conforme empurrei Oliver, o rapaz não demorou a dar-lhe um murro.

Agarrei novamente no braço do Justin, ao perceber que queria continuar o que tinha começado. Forcei-o a olhar-me, o ambiente estava tenso.

As atenções estavam em nós.

- Acalma-te Justin, por favor. - Levei as mãos ao rosto dele. - Está tudo bem, tu estavas aqui ok?

- Foda-se, só quero matá-lo! - Olhava-o por cima do meu ombro.

Os seus punhos estavam fechados, uma veia no seu pescoço sobressaída. Sentia a tensão do seu corpo. Já o imaginava em cima do Oliver, em que fosse capaz de o impedir de lhe bater.

Tentava fazê-lo olhar para mim, enquanto uma confusão se começava a instalar à nossa volta.

Ouvia os gritos da minha mãe.

- Justin, Justin olha para mim. - Levei os dedos ao queixo dele.

Assim que o seu olhar vazio se cruzou com o meu, senti tudo a desabar dentro de mim. Ele estava mal, cheio de raiva e prestes a descontrolar-se.

Odiava-me por ter cedido e deixar que viesse comigo à reunião.

- Eu amo-te Justin.

As palavras escaparam da minha boca, deixando o rapaz surpreendido. Queria que se acalmasse.

Esperava a melhor algures para dizer, não havia melhor momento.

- Por favor, não faças nada.

Respirei fundo, tentando controlar as minhas emoções. Encarei a confusão à minha volta, ficando incrédula. Estava imensa gente a olhar.

Já a minha mãe, estava descontrolada e desolada com as notícias. Nunca pensei sentir compaixão por ela.

Allan encontrava-se pasmado a olhar, sem saber o que fazer.

Peguei na minha mala, entrelacei os dedos aos do Justin e puxei-o. Ficar no meio da confusão não era opção, muito menos deixar que o Justin ficasse. Não tinha mais a fazer ali.

Parei de andar na zona das casas de banho, visto que estava mais calmo. Se este ano piorasse...

- Estás bem?

- Sim e tu? - Encarei o rapaz, que me puxou para um abraço.

- Também te amo, Freya. - O sussurro dele foi o suficiente para descontrolar as minhas emoções.

FATE  ➛  JUSTIN BIEBEROnde histórias criam vida. Descubra agora