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- Freya Brown
(New Iorque City)

Estava nervosa a olhar para Allan.

O rapaz continuava a gravar a situação, a insistir que tinha inventado a história com ódio à minha mãe.

Continuava a crer na história oposta à minha, a acreditar que tinha mentido e que estava frustrada, pelo facto do meu pai nos ter deixado.

Jamais iria criar uma história tão negra e estragar a vida de alguém.

- Que merda pretendes com isto?

Olhei surpreendida para a Leah, pois o rapaz continuava a falar e a gravar, sem que eu fosse capaz de o impedir.

Porém, a morena não permitiu que ele continuasse com aquilo.

- Mostrar a merda de pessoa que és?

- Leah...

Várias pessoas passavam por nós.

Umas abrandavam o passo para ouvir o tema de conversa, outras ignoravam e as restantes tentavam disfarçar. Apesar de muito mal, pois conseguia sentir vários olhares no que acontecia.

Allan tentou pronunciar-se, tentava de uma forma ou de outra que Leah não o atacasse novamente. 

O que não correu muito bem.

- Tens vinte e quatro anos e continuas a viver com a tua mãe!

Agarrei no braço da rapariga, para que não se lançasse ao rapaz. Tinha ambos os punhos fechados.

- E tudo porque te afogaste no dinheiro do teu padrasto! Querias tanto a ilusão de uma vida e familia perfeita, que até à tua irmã viraste as coisas!

- E o que é que tu sabes disso? Também não tens o dinheiro dos papás?

- Já chega!

Levei as mãos ao casaco do meu irmão, vendo o seu telemóvel cair. Conforme a Leah se apercebeu disso, apanhou-o já com o vidro partido.

No entanto, continuava em direto para o facebook do meu irmão. Aproximei o meu rosto do dele.

- Melhor escolha que alguma vez fiz, foi não afundar contigo.

- Também acho que foi.

Comecei a largar o casaco dele quando as pessoas pararam para olhar. Ouvi os comentários que se fazia.

Balancei a cabeça, sabendo que não era de facto, o melhor momento.

- Sempre foste a vergonha da família.

- Não vales nada, Allan. Espero que não passes por aquilo que me estás a fazer passar. Pelo que passei.

- Só passaste porque quiseste! Como é que és minha irmã?

- Realmente, como é que sou tua irma?

Lágrimas deslizaram pelo meu rosto. O facto de estar a ouvir tais palavras, pela boca do meu próprio irmão, fez-me ver que fiz a melhor escolha.

FATE  ➛  JUSTIN BIEBEROnde histórias criam vida. Descubra agora