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- Justin Bieber

Era inevitável não sorrir.

Ansiava chegar à marina e encontrá-la, voltar ao começo. Local onde me atirou bordo fora, sendo esse o mesmo onde a primeira conversa fluiu.

Tanto a primeira conversa, como tantas outras que facilmente iam surgindo, tal como os primeiros conselhos.

Estacionei o carro junto ao bar, avistando a Leah. Tranquei as portas e aproximei-me da morena, recebendo-a num abraço amigável. Um sorriso logo cresceu no rosto dela.

- Não te desejo boa sorte, pois sei que a Freya sente a tua falta.

Sorri-lhe, agradecendo a ajuda.

Após ler várias notícias sobre a relação com o Zayn, percebi que necessitava de fazer algo. Pensar que a estava a perder para outro, assustou-me.

Tínhamos uma amizade, apesar de se ter perdido com a falta de tempo, como a tour e a faculdade.

Tal como havia dito, aquele não era o nosso fim. Nunca, em algum momento, pensei em abrir mão da Freya. Sentia o que sempre senti por ela, continuava a amá-la como antes.

Perdê-la nunca foi opção, muito menos por causa da falta de tempo.

Não era desculpa para nada.

Decidi contactar a Leah, procurando esclarecer os rumores. Sentia receio em saber, dai ter-me faltado coragem e não ter enfrentado a Freya.

A morena confirmou que eram bons amigos, garantindo que a Freya gostava de mim. Porém, deixou claro que tinha de fazer algo ou brevemente a rapariga ia colocar um ponto final.

Por mais que gostasse de mim, não se queria prender a algo incerto. Pois tudo entre nós eram incertezas.

Recusei-me a acreditar que as emoções e os sentimentos que ambos nutríamos, admitíamos com convicção, eram agora grandes incertezas.

Peguei na geleira que a Leah deixou no carro propositadamente e caminhei até ao iate do Collins.

Ao entrar no iate, pousei a geleira ao lado de duas mochilas e pousei a minha também. Ouvi passos no interior, estes que se tornaram mais altos.

- Finalmente, onde é... - Levou as mãos à boca ao olhar para mim.

A rapariga estava chocada.

Extremamente confusa e paralisada a encarar-me com as mãos na cara, como se não conseguisse acreditar.

Mostrou-se até confusa por instantes, apesar de continuar sem reagir. Porém, os olhos tornaram-se num mar, o rosto ganhava um tom rosado.

Enquanto ela não reagia, a vontade de a agarrar crescia dentro de mim. Pensei em aproximar-me, apesar de saber que a Freya não ia reagir. Precisava que me disse alguma coisa antes.

- Diz alguma coisa, por amor de Deus, estás a torturar-me. - Murmurei baixo, dando um passo.

- Não devias de estar na Europa?

FATE  ➛  JUSTIN BIEBEROnde histórias criam vida. Descubra agora