Capítulo 11 - A Esperança é a Última a Morrer

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Angie viu-se de novo num jardim, mas já não era o mesmo, neste tudo estava morto: as flores, as árvores, a relva, parecia que tudo tinha perdido a cor. Era um lugar triste, sombrio, inquietador, sinistro até. Já não via o banco onde estiveram sentada com Maria, não havia nada que desse vida àquele lugar, de repente vê Violetta e corre para ela...mas por muito que corra e estique a sua mão não a consegue alcançar ambas gritam o nome uma da outra. Quando está prestes a conseguir e sente a mão de Vilu, ouve-a dizer: "Tia, preciso de ti...Ajuda-me por favor", e as suas mãos escorregam...

- VILU...- e acorda de novo...desta vez ela tinha a certeza era um aviso, Vilu precisava dela, tinha acontecido alguma coisa.- Gérmen, amor acorda por favor...liga à tua mãe.

- Angie é cedo são cinco da manhã...para além disso se tivesse acontecido alguma coisa tinha-nos ligado.

-Gérmen...por favor...- e as lágrimas corriam pela sua cara sem controlo, Gérmen apesar de achar que tudo não passava de algum exagero de Angie, afinal tinha sido apenas um pesadelo, mas ao vê-la tão angustiada resolveu acabar com aquele desassossego, e telefonou à mãe.

-Tudo bem eu ligo se ficas mais descansada...mas continuo a achar que está tudo bem...mas por favor acalma-te.

- Eu não sei como te explicar mas...sabes aquela coisa do sexto sentido, do pressentimento de mãe...eu sinto que algo se passou...- e abraça-se a Gérmen tentando buscar aquele sentimento de protecção que ele sempre lhe transmitia.

No gabinete de Luís todos pararam ao ouvir o toque do telefone, ninguém teve coragem para falar nada, Rosário pegou no telefone e tremeu. Ela não ia conseguir dizer ao filho que a neta estava no hospital em coma...simplesmente não conseguiria.

- É o Gérmen...eu não vou conseguir falar...não vou...

- Eu posso falar mas...era melhor ser alguém mais próximo dele.- Diz Luís...- ...quem quer que seja não deve entrar em detalhes, deixem isso para quando eles chegarem.- Ninguém está muito disposto a atender, até que...

- Eu atendo...- diz Ludmila e pega no telefone...- Estou Gérmen.

- Ludmila! - Gérmen começa a ficar algo agitado...porque é que Ludmila atendeu o telefone de Rosário, aliás o que estava ela a fazer em Sevilha.- O que estás a fazer em Sevilha e...

- Sim sou eu...e isso agora não interessa. Gérmen têm que voltar depressa...aconteceu uma coisa...têm que voltar...Gérmen hoje ainda...

- Ludmila...o que é que aconteceu?- Angie só repetia "Foi a Vilu, eu sei...eu sinto..." - Ludmila fala...

- Houve um problema...a Vilu desmaiou não sabemos muito bem porquê eles estão a fazer exames.

- A Vilu...desmaiou como assim?- Ludmila não sabia o que dizer e começou a chorar...- Ludmila como é que ela está?

- Gérmen, voltem logo por favor...- e não aguentando mais começou a soluçar sem conseguir parar, e nessa altura Luís pega no telefone.

- Bom Dia, eu sou o Luís marido da Luzia...sou médico e tenho estado a falar com os meus colegas...

- O que é que aconteceu? Como está a minha filha?

- Bom ela desmaiou ainda não se sabe o porquê, os meus colegas estão a fazer mais alguns exames...ela ainda está inconsciente...

- Como assim inconsciente...o que é que se passa com a minha filha? O que raio é que se passou aí?

- Ouça Gérmen eu preferia não entrar em pormenores por telefone até porque eu não sei muito mais. Quando chegarem nós falaremos melhor.

Violetta - O Recomeço (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora