Capítulo 12 - Duas Surpresas e Uma Desgraça (continuação 1)

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No dia seguinte, Angie acorda com Gérmen a fazer-lhe festinhas no cabelo, e por um tempo ela deixa-se estar o mais quieta possível. Ela adorava acordar com aqueles mimos, porém ele percebe que esta já está acordada e dá-lhe um beijo suave no pescoço que a faz estremecer e virar-se para ele, com um sorriso de orelha a orelha, e este retribui. Vão-se chegando um ao outro e beijam-se, como se fosse o primeiro. Depressa este se torna mais profundo, mais apaixonante...

- Vou ter saudades de acordar assim...- diz Angie continuando aquele beijo...

- Eu também...- e continuam bem juntinhos dando de vez em quando um beijo bem suave...- já marquei o voo, e tenho uma coisa para te dizer...- e assim acabam por se separar...- a Ludmila vai contigo e antes que digas alguma coisa foi ela que me pediu, ela quer ir ver a Priscila.

- Ela quer ir ver a Priscila!? Gérmen, eu sei que ela é mãe dela e tudo o mais, mas lembras-te a ultima vez que lá fomos...eu não sei se será bom para ela...

- Angie, eu não a posso impedir, é a mãe dela e depois Ludmila é maior e por muito que não me agrade não posso fazer nada. Mas eu queria pedir-te que vás com ela, eu não sei como vai correr e tenho medo.

- Claro que vou, eu nunca iria deixar a Ludmila ir lá sozinha...fica descansado...- alguém bate à porta...abrem-na e...- Ludmila entra minha querida.

- Desculpem, já disseste a Angie que vou com ela?

- Sim, o Gérmen já me disse. Tens a certeza que queres ir vê-la?- e antes que ela dissesse alguma coisa Angie continuou...- Lu...a ultima vez que a foste ver...

- Angie, ela é minha mãe, e por favor eu não quero discutir isto com vocês...o Frederico já está zangado comigo, eu não quero...- e uma lágrima cai-lhe sem que ela possa evitar...

- Ludmila...- diz Angie...- Nós não te vamos proibir, nem julgar por a quereres ver. Como tu disseste ela é tua mãe e eu percebo-te, só não quero que te magoes mais

- Eu sei que só me querem proteger, e o Frederico também, mas eu preciso disto: preciso de sentir que sei de onde vim, que ainda tenho alguém, que apesar de tudo o que possa ter feito, eu possa dizer que é sangue do meu sangue...

- Ludmila, quando aconteceu tudo o que aconteceu e eu me ofereci para ser teu Tutor fiz-lo porque já te considerava minha filha; não por pena ou porque me senti na obrigação. Eu amo-te a ti como amo a Violetta e a Clara.- Diz Gérmen abraçando uma Ludmila já com lágrimas a escorrerem-lhe pela cara...- por isso tu terás sempre em nós uma família, um porto de abrigo, uma casa, vamos estar sempre aqui para ti.

- Nós percebemos que a queiras ver, é a tua mãe e nunca vai deixar de ser apesar de todos os erros que tenha cometido e como disse o Gérmen nós estaremos sempre aqui, para te apoiar, amar e acima de tudo para te ouvir.

- Obrigada Gérmen, Obrigado Angie...eu amo-vos muito...- e abraçam-se como uma família; Ludmila sente realmente que tem uma família com eles e que faz parte dela, mas ao mesmo tempo não consegue simplesmente ignorar que a mãe ainda existe.- Angie, eu queria ir ao Hospital ver a Vilu antes de irmos, queres vir comigo?

- Sim claro, vou-me arranjar e já desço...- Ludmila sai e ficam apenas os dois...- Gérmen eu sei que a Priscila é mãe dela, mas, será que lhe faz bem continuar a vê-la? Cada vez que sai de lá ela vem de rastos...

- Eu não a posso impedir, e prefiro que ela continue a pedir-nos, pelo menos podemos ir com ela e estar com ela...

- Eu sei, mas não lhe faz bem, da última vez Priscila tentou sufocá-la, para não falar do tiro que ela levou...

- Angie, apesar de tudo é mãe dela e temos que aceitar que ela a queria ir ver. Eu lembrei-me porque não pedes à Naty para ir também, talvez depois lhe soubesse bem passear com uma amiga.

Violetta - O Recomeço (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora