21 - A Cantora do Benny.

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Olá amores... Vou dedicar  esse capítulo á Mari. Me dei conta que quase não  estou  dedicando á ninguém e quero realmente voltar a fazer isso. Obrigado por continuarem aqui. Vou entrar em semana de provas e prometo vou postar mais depois disso. Espero que gostem do  capítulo. Bjos e amo vcs <3 

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- E aí... Como foi seu encontro com a Taylor? Espero que você tenho pego umas dicas de voz com ela porque hoje você vai cantar para mim.

- O que Benny? - Eu parei no meio do jardim enquanto o Benny andava na minha frente sem se importar.

- Ontem você cantou e eu gostei. Quero ouvir melhor.

- Benny! - Corri até ele - Eu não sou cantora, você sabe né?

- Uhum! - Ele balançou a cabeça - Você é minha cantora agora. E vai cantar para mim. Ed está gravando agora e você é a próxima.

Quando entramos no estúdio, Ed estava cantando. Me sentei no sofá e ele sorriu assim que me viu. O sofá era de couro e ficava atrás da mesa, eu tentava entender porque o Benny mexia em alguns botões, eu não via diferença, a voz do Ed era linda de qualquer jeito.

- Tudo certo com a Taylor? - Quando percebi Ed sentou do meu lado, afundando levemente o assento do sofá,  passando os braços em  volta de mim, colocando a mãos esquerda no meu quadril  e me fazendo escorregar para perto dele.

- Oh... Talvez. Ela falou umas coisas e foi embora, então eu fui embora também. Nada demais.

- Okay... Sua vez menina que não sabe cantar. - Benny virou a cadeira para mim.

Eu não queria cantar, eu gostava de cantar mas morria de vergonha, então, eu não queria cantar. Mas o medo sobre a possibilidade de responder mais alguma pergunta sobre o "almoço" ao Ed era maior que a vergonha. Falar sobre Ellie ou cantar? Falar sobre Ellie ou cantar? Cantar. Entrei no estúdio.

- Eu não sei como usa isso. - Gritei no microfone, o que fez Benny fazer uma careta logo após se assustar e Ed cair de rir no sofá.

- Querida autista, - Benny veio até mim ajeitando o microfone á minha altura e me colocando fones - É só cantar e NÃO PRECISA GRITAR PORQUE NÃO TEM NENHUM SURDO AQUI! - Ele gritou no microfone quase estourando meus tímpanos.

- Desculpa. - Ed ria e eu tentava segurar a risada enquanto Benny saía do estúdio e fechava a porta.

- Tudo certo. Canta qualquer coisa que vem na sua cabeça em 3, 2, 1...

- Lying beside you, listening to you breathe... - A única coisa que eu conseguia cantar bem era Evanescence, eu comecei a amar a banda ainda adolescente, cantava as música pelos corredores da escola junto com um amigo que "era o violino" e cheguei a achar um dia que cantava parecido com a Amy Lee - The life that flows inside of you, burns inside of me...

Ed sentou perto de Benny na mesa de mixagem, eles conversavam e olhavam para mim enquanto Benny mexia em todos os botões. Não demorou muito e o Benny me chamou para fora da sala. Me sentei no sofá e ele me encarou por alguns segundos.

- Com um pouco de autotune, você pode até se tornar um viral sabia?

- O que? 

- Ai Meu Deus! Explica para ela que eu vou pegar uma cerveja. - Benny levantou e saiu do estúdio.

- O Benny é meio irritado, não é? - Eu fiz cara de interrogação.

- Não... Ele está te zoando, só isso. Ele está definindo se gosta de você ainda. - Ele me chamou para sentar no colo dele e eu o fiz sem exitar - Ele acha que você canta bem, ele quer gravar uns coros, vozes ou sei lá... Eu disse que a gente vai precisar ir para o jantar em Suffolk, mas que podemos voltar outro dia para você ajudar ele, o que você acha?

- Eu acho que ele tem problema. - Me arrependi da minha sinceridade mas só um pouco.

- Que vamos resolver com essa belezinha aqui. - Benny entrou com cervejas, um pote que parecia remédio e um "cigarro" enrolado á mão na boca - Vem cá meu homem, prova isso que guardei para você.

Ed pegou o cigarro da mão dele e tragou. Eu peguei as cervejas. Ed me ofereceu o cigarro, eu neguei com a cabeça e ele devolveu ao Benny. Nós ficamos basicamente bebendo, eles falavam sobre algumas letras que Ed havia deixado lá e não tinha gravado. Benny era produtor e suas influências pareciam ir do indie, pop, rock ou qualquer outra coisa que ele achasse legal. Ele se vestia engraçado e seu cabelo era cacheado mas estava bagunçado como se não tivesse o hábito de pentear. Ele usava uma camiseta escrito I Love dick e uma calça cheia de formas psicodélicas. As unhas dos pés dele estavam pintadas com azul coral e glitter. E claro, para reparar eu devia estar muito, muito bêbada.

- Rihanna... Nossa, me lembra a Júlia, mas a Rihanna é bem mais gostosa... - Ele começou a rir.

- Benny, você é gay. - Eu afirmei.

- Não sou não, querida... Mas estaria disposto a um ménage com o Ed.

Ed e eu nos entre olhamos e rimos.

- Ah! Não acredito, vocês fizeram um ménage e não me chamaram? - Benny pegou o frasco laranja e engoliu mais uma com a cerveja - Eu me recuso á viver, adeus mundo cruel. Vocês são os piores amigos do mundo.

Conforme o Benny bebia mais, ele ia ficando mais divertido e bem humorado. Ele deveria ser o amigo mais louco do Ed que eu havia conhecido desde então. Harry era legal, mas Benny era louco. Era bem diferente. Começamos a conversar e descobrimos que havíamos nascido no mesmo dia com um ano de diferença, ele era mais velho e cismou de me chamar de gêmea.

- Eu vou ligar para umas pessoas para elas virem conhecer a minha gêmea boa.

- Eu adoraria apresentar para ela suas glamourosas e numerosas festas, mas temos um jantar amanhã e precisamos ir.

Ainda ficamos a tarde com o Benny e algumas pessoas chegaram, ninguém que eu conhecesse ou fosse realmente famoso. Benny conhecia e havia trabalhado com muita gente famosa, mas percebi que ele gostava mesmo de gente desconhecida e louca. Ed ficou conversando com alguma pessoas enquanto eu fui arrumar minhas coisas. Descia as escadas com a mala, quando no último degrau, alguém esbarrou em mim.

- Uau... Você quer ajuda? - O rapaz encostou na parede - Se bem que quem precisa de ajuda sou eu.

- Ah não! Eu estou bem.... Você quer ajuda? - 

Ele me pegou pela cintura e me aproximou dele.

 - Meu nome é Andrew. - Seu hálito de bebida era forte, seu rosto cheirava a fumaça e ele me olhava diretamente nos olhos.

- Então, Andrew, eu não quero ajuda e você já pode me soltar agora. - Eu sorri  e tirei as mãos dele que já desciam lentamente pelo meu corpo.

- Mas eu preciso de ajuda... Você podia me levar para cama e ficar lá comigo.





Photograph - Amores Imperfeitos [Ed Sheeran]Onde histórias criam vida. Descubra agora