56 - Boa Viagem.

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Olaaann meu amores. Sei que demorei. Tem muita coisa acontecendo na minha vida mas prometo que se vcs não pararem de ler, eu não parar de escrever. Prometo tbm responder todos os comentários.

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Acordei e Ed já estava na cozinha, ele preparava alguma coisa no fogão, a água já evaporava, provavelmente, para um chá.

- Ed?

- Ah! Que bom que você acordou... Eu vou precisar viajar, uns amigos da África vão estar disponíveis. - Ed fez uma pausa, limpou a garganta e soltou um breve suspiro - Cherry vai comigo e eu já combinei com a minha mãe que você vai ficar na casa dela.

- O médico disse que eu não posso sair de Londres. - Me sentei no sofá e arrumei o cabelo.

- Mas eu preciso ir. - Ele afirmou e me olhou brevemente - Não tem quem fique com você aqui em Londres. - Ele parecia um pouco irônico.

- E por que a Cherry tem que ir? Por que ela não pode ficar aqui comigo, como ela já estava?

- Vai ser rápido, eu não vou demorar. Somente alguns dias.

Ed desconversou. Eu deitei no sofá novamente. Um buraco se formava me meu peito. Eu quase deixava uma lágrima escorrer quando senti uma mão no meu rosto e em seguida, senti um beijo na testa. Eram mãos macias demais para ser as mãos do Ed... Não haviam os calos que eu tanto gostava, que eram deixados pela corda do violão. Eu ainda mantinha viva minha esperança de que fosse o Ed quando sorri e abri os olhos...

- Bom dia! - Cherry sorriu de volta - Como você está se sentindo hoje?

- Só um pouco de enjôo.

- Nada novo em Londres... - Ela sorriu - Mas eu tenho a plena certeza de que um café da manhã vai resolver isso. - Cherry me descobriu e puxou minha mão para que eu levantasse - Trouxe o que você falou... Difícil de achar, mas eu trouxe.

Sentei- me à mesa com Cherry, Ed preparava panquecas e eu olhava Cherry falar animada sobre as coisas do bebê que ela queria comprar. Já o Ed, ficava quieto, era quase como se ele não estivesse lá.

- Cherry... Você precisa comer. Nós não podemos nos atrasar. - Ed se sentou na minha frente colocando as panquecas em cima da mesa.

- Ah... - Ela se encolheu na cadeira, murchando - Então, eu ainda não quero ir, eu prefiro ficar aqui e ajudar a Ju com as coisas do bebê.

- Bom, ela está com o que? Três meses? O bebê não cai nascer antes da gente voltar. - Ele comeu um pedaço da panqueca, Ed evitava ao máximo olhar para mim - E além do mais, minha mãe quer ajudar, ela não sabe que...

- Quanto tempo vamos ficar? - Cherry o cortou antes que ele pudesse terminar a frase.

- Alguns dias, mas não se preocupe, Júlia vai ficar com a minha mãe, vai dar tudo certo, você vai ver. - Ed sorriu para a Cherry e apertou a sua mão - Você deveria arrumar suas coisas, Júlia. Kevin vai chegar logo.

Levantei da mesa sem falar nada. Subi as escadas batendo o pé como se fosse uma criança emburrada, em direção ao quarto. Eu sabia que sentimentos poderiam surgir entre o Ed e a Cherry quando me propus a essa situação, mas não esperava que o Ed me desprezasse tanto. Me sentia uma coisa, uma coisa que o Ed jogava para qualquer lado, uma coisa que estava atrapalhando a vida dele e que ele despachou para a casa da mãe. Uma coisa que ele não queria mais.

Coloquei a mala em cima da cama, e já colocava as poucas roupas que eu tinha, dentro dela. Tinha vindo para ficar alguns dias e acabei sem poder voltar para casa, logo eu iria engordar e teria que comprar roupas de qualquer maneira.

- Quer ajuda? - Cherry sentou na cama e eu neguei com a cabeça - Olha, eu preferia ficar aqui com você, você sabe disso não é? Mas o Ed disse que precisa de alguém para ir com ele, disse que até levaria você, caso você pudesse ir... Tudo bem para você? Eu ir... Você na casa da Imogen?

- Tanto faz...

Eu suspirei e sorri fraco. Estava com uma sensação de pesar, uma coisa esquisita no peito. Queria ir embora, embora de verdade, para minha casa, queria deitar na minha cama e chorar. Cherry pegou as poucas roupas que ainda estavam no closet e colocou em cima da cama.

- O Kevin chegou. - Ed anunciou de maneira rude logo antes de bater a porta.

Joguei as roupas que estavam na cama dentro da mala, não me dei nem ao trabalho de dobrá-las. Já começava a sentir uma ponta de raiva do Ed quando ele deixou o quarto. Assim que apareci na sala, encontrei ele e Kevin rindo.

- Olha quem está aqui... Se não é a grávida mais linda de toda a Londres, eu desconheço quem seja... - Kevin me abraçou - Essa mala pode deixar que eu levo... Você vai levar só a malinha do pequeno Ed...

- Você está chamando meu filho de mala, Kevin?

- Sendo filho do Ed... Ele só vai ser legal se for como você...

Kevin pegou a mala e Cherry veio até mim e me abraçou de maneira carinhosa.

- Eu vou sentir muito a sua falta e vou te ligar todos os dias... Eu prometo, okay? Eu quero saber se tudo o que está acontecendo com você e esse bebêzinho aqui...

Cherry passou mão na minha barriga e sorriu. Eu estava à dois passos do Ed quando ele colocou as mais dentro do bolso da calca de flanela dele.

- Boa viagem.

Photograph - Amores Imperfeitos [Ed Sheeran]Onde histórias criam vida. Descubra agora