Photograph - Amores Imperfeitos [Ed Sheeran]

47 - Cheiro de Casa.

Voltei amadinhos... Eu estava no Rock in Rio e minha vida girava em torno disso. Eu não queria que acabasse nunca e voltar a vida normal me faz realmente crer que acabou AAAAAAAAAAAAAAAAAAA. Volta Shawn! Bom, então ai vai um capítulo bonitinho pra vcs... vamos dar um tempo (pequeno) nas brigas né? Amo vocês. Obrigada por me acompanhar e espero que gostem. Bjos <3
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O Natal seria em dois dias. Eu decidi que esperaria a data passar para tomar uma decisão. Voltaria ao médico na segunda- feira. Eu não perderia esse bebê por nada.

Ao chegar em casa, percebi que o Ed ainda não havia chegado. Talvez fosse passar o Natal sozinha, apesar de não poder estar sozinha. Enquanto eu tomava banho, comecei a pensar se eu já estava sozinha ali de qualquer forma, eu poderia ir para outro lugar, um hotel talvez... Sairia caro à longo prazo mas resolveria as coisas, por hora.

Pensei em ir para casa de alguém também. Taylor estava fora dos planos. Eu não tinha tanta intimidade com o Niall e Louis estava passando por muita pressão com a "amiga" que engravidara dele sem que eles fossem namorados... Eles não precisavam de mais drama. Liam e Harry se tornaram opções.

Eu resolveria isso depois do Natal, com toda certeza.

Sai do banho com a consciência que eu teria que descansar. Pensei em ir ao mercado e comprar comida, mas eu não pretendia mais ficar ali. Ed não mudaria, alguma coisa ficou diferente nele depois do que aconteceu com Andrew. Eu não sabia o que era e nem queria mais descobrir.

Eu almocei no mesmo sofá que passei a tarde sozinha, intercalando entre dormir e assistir Bates Motel. Acordei com um barulho forte vindo de dentro do armário que ficava perto da porta.

- Nós vamos para a casa dos meus pais... Não sei se você se lembra, mas depois de amanhã é Natal. - Ed tirou uma pequena mala do armário e fechou a porta atrás de si - Tem uma mala pequena no seu quarto, vamos passar dois ou três dias lá. Acho que vai dar para você levar o necessário.

Ed nem esperou que eu respondesse. Ele subiu com a mala e ficou lá o resto da tarde e o começo da noite. Quando estava de frente para a porta do quarto do Ed, não pude conter minha curiosidade em saber se a mesma estava aberta ou não, e para minha surpresa, assim que eu toquei a maçaneta, a porta se abriu.

- Algum problema? - Ed perguntou com algumas mudas de roupas na mão.

- Está tudo bem, desculpa. - Eu me virei sem fechar a porta.

- Você já jantou? - Ed falou pouco menos duro assim que limpou a garganta.

- Não... Mas pode deixar que eu me viro.

" Tenho feito isso há dias" - Pensei.

Eu fui em direção do meu quarto e antes de entrar pude ouvir ele falar:

- Eu vou pedir o jantar para nós então.

Eu apenas sorri e entrei no quarto. Eu não entendia o que acontecia com o Ed. Aposto que se eu me aproveitasse dessa súbita boa vontade comigo e fosse até ele pedir uma explicação ou qualquer outra coisa que envolvesse carinho, ele iria me responder com uma patada pronta que me faria me arrepender de pensar que ele havia mudado.

Tentei me concentrar na mala, nas roupas que eu tinha, pensando se eu teria que comprar roupas para o Natal e se já teria alguma coisa minha que não me servia mais. Terminei de arrumar a mala sabendo que teria que comprar alguma roupa antes da viagem para o Natal.

Fui atraída para a cozinha pelo cheiro de comida que exalava pela casa. Era um cheiro familiar que me fazia sentir saudades da minha casa.

- Pedi yakisoba com Coca para você. Sei que você gosta. - Ed arrastou a sacola de papel pela mesa.

Eu não perdi meu tempo agradecendo, apenas peguei a comida e fui direto para o sofá. Continuei a assistir Bates Motel enquanto comia... Estava perto da terceira temporada e estava concentrada em desvendar os mistérios das crises de Norman quando percebi que o Ed sentou do meu lado e comia enquanto assistia à série. Eu o encarei por alguns segundos e ele pareceu não me notar.

Quando Ed finalmente olhou para mim, eu desviei o olhar e voltei a prestar a atenção na minha comida e na série.

Jantamos assim. Em silêncio. Não falamos sobre o bebê, não falamos sobre eu ir ou ficar. Não brigamos.

Deitei no sofá encolhida o suficiente para não encostar no Ed. Não demorou muito para que eu dormisse... Acordei no meio da madrugada, sozinha na sala e com a série pausada. Ao entrar no meu quarto, decidi não me machucar mais e contive a curiosidade em saber se o Ed havia trancado a porta ou não.

Decidi me entregar ao sono rapidamente, antes que as paranóias viessem a minha mente. Gravidez dava sono e eu estava cansada, muito cansada.

Eu não sabia ao certo que horas o Ed queria sair de casa, não me esforçaria para acordar se não fosse o terrível enjôo que eu estava.

Eu não sabia se os ingleses comiam pão, panquecas estranhas eram servidas no café da manhã. E eu adorava elas acompanhadas de frutas vermelhas. Comi mais do que eu imaginava que fosse capaz.

Liguei para a mesma loja que havia me trazido o vestido e disse que precisava de roupas para o Natal. Adorei todas as opções que duas vendedoras muito simpáticas me trouxeram. Fiquei com algumas roupas e elas ficaram com um "bom dia" de um Ed simpático que eu não via há séculos.

Saímos de casa logo depois do almoço, o que tornou a viagem mais fácil, porque além do cansaço da gravidez tinha a preguiça que sempre me dava depois do almoço, o que me fez dormir praticamente todo o trajeto de quase três horas.

Acordei com o Ed fechando o porta malas. O carro já estava na entrada da garagem e a casa parecia bem cheia. Sai do carro para encarar o frio que fazia em Flamlingham esperando que dentro da casa estivesse mais quente.

Ed não parecia me esperar, mas chegamos a porta quase ao mesmo tempo, e ele abriu a esta para mim.

Me deparei com o sorriso de Imogen.

- Ah! Aí estão vocês... Não via a hora de mostrar meu netinho para todo mundo.