Oie amores... Vcs são uns amorzinhos mesmo... Amo muito vocês.
Vou dedicar esse capítulo á minha nenê Mari... Ela realmente é uma coisa linda gente... E foi ela quem me incentivou a fazer essa maratona. Mari me faz viajar de uma maneira incrível.
Provavelmente tenho mais dois capítulos... Se eu conseguir terminar o outro serão 3... Mas vamos lá né... Até daqui a pouquinho...
Queria muito que vcs me dissessem o que vcs estão achando dos personagens e se tem alguma pergunta pra eles...
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Eu não ia conseguir dormir depois de desconfiar disso. Eu tinha que descobrir se era verdade. Meu corpo era extremamente regulado e todos esses sintomas não apareceriam se estivesse tudo bem. Desbloqueei o celular para achar a farmácia mais perto dali, então achei uma que ficava a dez minutos.
Não pensei duas vezes e sai. Andei no frio de Londres com a cabeça fervendo. Chegando a farmácia comprei dois testes, um me diria apenas se eu estava grávida ou não em apenas um minuto e o outro me diria de quantas semanas eu realmente estava, faria um na hora para tirar a dúvida e o outro no dia seguinte, pela manhã, como deveria ser feito. Voltei para a casa praticamente correndo.
Fui direto para o banheiro e bebi toda a água que pude da pia do banheiro mesmo. Deixei a torneira ligada e liguei o chuveiro, tudo para estimular que eu fizesse xixi, o que não demorou muito para acontecer. Coloquei o teste em contato com a urina, tinha que esperar por apenas um minuto, mas antes mesmo de terminar já era possível ver um símbolo no visor.
Sim, eu estava grávida.
Meu choro foi instantâneo, não bastasse tudo o que eu estava passando, agora teria que enfrentar uma gravidez não planejada como as outras, exatamente como eu não queria. Joguei o potinho no lixo e deixei o teste em cima da pia, eu teria que contar para o Ed e querendo ou não, o teste era uma prova do que eu estava dizendo.
Então eu fui para a cama e chorei. Não importava se o Ed queria o filho, e se essa criança iria consertar tudo, aquele era o meu momento de me achar uma burra por não ter tomado o devido cuidado e ter engravidado quando eu não tinha planos de engravidar. Então, eu chorei. Chorei até dormir.
No dia seguinte, quando acordei estava com um enjoo horrível. Meus enjoos eram cada vez mais forte a cada gravidez, então eu desci para comer alguma coisa e beber água, pois tinha outro teste a fazer. Desci e tomei café com muito suco de frutas vermelhas e panquecas, que eram as únicas coisas que tinham como fazer com o que Ed tinha na geladeira.
Depois de um litro de suco: banheiro. Fiz xixi em outro potinho novamente. Em três minutos, o segundo teste confirmou o resultado do primeiro, e eu realmente estava grávida. Agora eu tinha que esperar cerca de vinte minutos para saber de quantas semanas eu estava. Isso provavelmente indicaria se o filho era do Andrew ou do Ed, apesar de eu ter certeza que era do Ed, de qualquer forma.
Enquanto esperava procurei Ed pela casa, mas aparentemente ele não havia nem ao menos dormido em casa, então resolvi ligar para ele. Ed não atendeu na primeira vez que liguei, a linha caiu duas vezes e na terceira vez que eu liguei ele atendeu, com voz de sono.
- Alô.
- Ed, eu queria saber se você pode vir para casa agora? - Tentei falar da forma mais doce possível - É muito importante... Eu estou passando mal.
- Tudo bem, estou a caminho.
E então ele desligou. Nunca pensei que seria tão difícil contar que eu estava grávida. Não para o pai do meu filho.
Deitei na cama e fiquei mentalmente calculando tudo, que ia desde o dia da concepção para saber se eu realmente estava certa a como iria contar isso ao Ed. Eu sentia calafrios pelo corpo por temer minha conversa com Ed, cheguei a pensar que não teria coragem de falar.
Eu continuava deitada na cama, de lado e olhando para a parede, quando ouvi a porta abrir.
- Bom... Então, você falou que você estava passando mal... - Ele fechou a porta lentamente com o corpo - Eu já estou aqui, pode falar o que houve.
Eu sorri para ele, que continuou a falar.
- Apesar de ter demorado... Eu cheguei.
- Eu estou com enjoos, tive tontura e tenho tido cólica constante. - Eu tentei ponderar me sentando na cama.
- Devem ser efeitos colaterais dos medicamentos que você está tomando. - Ele sorriu - Olha, Júlia, eu não sou médico está legal? Você teve consulta ontem, porque não perguntou isso para o médico?
Observei Ed por alguns instantes antes de falar aquelas palavras que mudariam tudo, para melhor ou para pior.
- Eu estou grávida, Ed. - Falei baixo, com o olhar perdido e em seguida olhei para ele.
Ed continuou olhando para mim, seu sorriso se desmanchou, ele piscou várias vezes e abria a fechava a boca como se quisesse falar alguma coisa.
- Eu estou grávida, Ed. - Eu falei um pouco mais alto, olhando ele nos olhos.
- Eu ouvi... - Ele pareceu tremer - Co-como assim?
- Eu estou grávida... Você vai ser pai.
Ed respirou por um tempo, para mim pareceu uma eternidade, e então ele não falou nada, eu decidir falar.
- Lembra aquele dia, na varanda da casa da sua mãe? - Eu sorri ao lembrar de tudo o que aconteceu naquele lugar. Eu apenas olhava o ruivo que não mantinha contato visual comigo, ele se sentou no final da cama, longe de mim, olhando para o chã sem falar nada, eu permaneci olhando para ele sem falar nada, e este então, quebrou o silencio que existia naquele cômodo.
- É, mas, esse filho pode ser do Andrew, não pode? - Sem sequer me olhar.
- Como assim esse filho pode ser do Andrew, Ed? - Eu levantei levemente da cama para me aproximar dele, tentar olhar em seus olhos e...
Ed se levantou da cama e ficou perto da porta, olhando para mim.
- Esse filho pode ser do Andrew, não pode? Ou vocês usaram preservativo?
- Você está de brincadeira, não é? – Sentei de volta na cama e olhei para ele não querendo acreditar no que ele havia acabado de falar – O Andrew me estuprou Ed, como você quer que eu saiba se ele usou preservativo ou não? Você queria que eu perguntasse para ele se ele estava usando preservativo enquanto me estuprava?
Eu gritei a última parte da frase como se o ocorrido daquele dia voltasse. Ed encostou na porta fechada e seu corpo ao bater nela, fez um barulho que me assustou. Acabou por sair toda minha raiva, frustração e medo em um soluço com choro.
- Mesmo assim Ed, não daria tempo entende? - Eu disse enquanto chorava - O teste diz que eu estou de uma a duas semanas e isso bate exatamente com o dia da varanda, na casa da sua mãe.
- Eu comprei remédio para você naquele dia, se você não se lembra. – Ed disse de cabeça baixa ainda encostado na porta - E uma semana bate exatamente com o tempo que ficamos na casa do Benny e com tudo o que aconteceu lá.
- Sim, você me deu o remédio, mas nada é totalmente seguro Ed... E se eu tomei no fuso Brasil, isso atrasou o horário que eu deveria ter tomado? – Eu respirava tentando me acalmar – Eu sei da minha incrível fertilidade, sei que não poderia ter me descuidado dessa maneira. Me desculpa de verdade, mas, a gente discutir isso não muda o fato de eu estar grávida Ed. Nós vamos ter um bebê.
Ed nem ao menos me olhou. Ele respirou fundo, seus ombros abaixaram de uma vez e ele se virou, ainda de cabeça baixa e saiu pela porta a batendo.
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Photograph - Amores Imperfeitos [Ed Sheeran]
Fiksi PenggemarContrariando suas expectativas, Júlia está completamente apaixonada agora. E o que parece ser um conto de fadas, vai esbarrar em outras pessoas e outras realidades. E então, eles vão ter que lidar com situações diversas criadas por suas decisões pa...