Olá meus amores. Bom vamos as considerações finais: Eu queria que a fic alcançasse 100 capítulos fechadinhos, mas percebi que estou escrevendo capítulos mais longos e não queria ficar inventando coisas só pra alcançar esse número mágico de 100 capítulos.
Eu adicionei algumas coisas que eu queria muito que fizessem parte da história no capítulo 66 - A Festa em Londres e que conforme eu fui escrevendo tudo, passei por cima e acabou que ficou sem ter lugar para encaixar. Então voltem para ler o capítulo extra.
Esse é a capítulo final desta temporada. Teremos somente mais uma temporada, que vou fechar essas coisas que ficaram em aberto. Eu, inclusive, já tenho a capa dessa terceira temporada que se chamará Photograph - Despedidas Incompletas.
Depois de um breve descanso, eu vou voltar com vários capítulos escritos e com todas os fios soltos bem amarradinhos, prometo. Muito obrigada por estarem comigo até aqui. A gente se vê em breve. Amo cada uma de vocês. Bjos e mais Bjos.
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- A sua avó o que? - Cherry veio correndo até mim.
- A minha avó morreu. - Eu comecei a chorar - Ela estava doente, há alguns dias, foi internada e minha avó se foi... E eu, eu nem a vi uma última vez, eu nem falei com ela, nem estive lá, eu...
- Calma Júlia. Meu Deus, eu sinto muito.
- Eu preciso arrumar as minhas coisas. Minha tia disse que vai tentar esperar para eu chegar a tempo para o enterro... Eu preciso arrumar as minhas coisas, eu preciso ir...
Cherry me ajudou a levantar e me guiou até o quarto. Eu não havia ido tirar os pontos ainda. Eles doeram um pouco quando subi o segundo lace de escadas mas eu não me importei.
Lembrei de todas as vezes que estivemos juntas, todos os programas que vimos, as músicas, as histórias felizes e tristes, as fotos. Eu amava minha avó, ela era tudo para mim. Ela me ligava todos os dias, chamava o Matt de feio e dizia que se ele pintasse o cabelo de preto, ficaria mais bonito... Matt uma vez disse que ia se ele fosse conhecer ela, era capaz de passar maquiagem só para esconder as sardas. Ela achava graça, mas no final sempre dizia que torcia para o bebê nascer igualzinho ele.
- Vai ficar tudo bem, você vai ver. Ela foi descansar, todos nós merecemos descanso um dia...
Eu abracei Cherry.
- Você tem certeza que quer ir? Você ainda está em pós parto, pode ser perigoso, estourar os pontos e tudo mais.
Eu não conseguia nem responder. Desci as escadas e posicionei a mala junto a bolsa.
- Ed a gente precisa conversar antes de eu ir... Aquilo que você ouviu, não era verdade... Quer dizer não foi bem assim que as coisas aconteceram...
- Qual é a sua mentira agora Júlia?
Eu fiquei sem reação mas tentei ser honesta. Assim como fui com o Matt. Ao invés de tentar ficar justificando, fui logo aos fatos.
- Eu não sei o que deu no Matt, eu não tinha reparado nada, eu estava lá, chorando pela Charlotte, ele veio e quando eu vi, ele estava me beijando, foi só isso. Um beijo.
- Mas que inferno, para de chorar! Será que você não se cansa de fazer isso não? Não se cansa de mentir, de tentar enganar. Para de chorar, para de fazer cena...
- Ed, a minha avó morreu. Você sabe o que é isso? Eu estou aqui tentando explicar para você uma coisa tão irrelevante quando uma das pessoa que mais esteve comigo, não está mais aqui. Ela esteve comigo, o Matt esteve comigo... Todo mundo basicamente esteve comigo, todo mundo menos você!
- Nunca é com você não é Julia??? Sempre tem alguém, é sempre alguém que te provoca, que te insulta, que te beija... Primeiro era a Cherry que não deixava você em paz, depois a Ellie que te insultou, que te bateu... Depois foi o Andrew...
- Ed, por favor não fala nada que você vai se arrepender depois. - Cherry advertiu.
- Me arrepender? Eu me arrependo de ter sido cego, de ter me entregado, de ter colocado você na minha vida... Olha só no que você me transformou...
- Ed, por favor, a minha avó... Eu preciso ir, não transforma isso numa coisa que a gente não vai poder terminar, que vai deixar pedaços e farpas, e linhas soltas... Por favor...
- Se é que ela morreu mesmo não é? Se é que você não está fazendo isso para fugir com o Matt como ele queria, ou simplesmente fugir da nossa conversa. - Ele deu uma pausa - Nunca é você Júlia! Primeiro é o Andrew que te estupra, depois o Matthew que te beija. NUNCA É VOCÊ! A CULPA SEMPRE É DOS OUTROS. Me fala o que mais você quer, você quer estragar mais o que da minha vida? Minha carreira? Porque só falta isso mesmo para você estragar. É isso que você quer? Quer me ver sem nada, humilhado? Vai sair por aí e falar tudo que eu te fiz, sem explicar que o problema é você, é sempre você!
- A MINHA AVÓ MORREU! A minha avó morreu e você fica aí agindo que nem um babaca. Quando o avô da Cherry morreu, o que você fez? Você ficou junto dela, você saiu com ela, você segurou as lágrimas até acharem que você era namorado dela mas quando minha avó morreu você fica aí gritando comigo me acusando de forjar um estupro?
- Gente, calma por favor, vocês não podem ficar nervosos assim... Julie você, vai ficar com dor, não foi isso que ele quis dizer, eu aposto que ele está nervoso e não é uma boa conversa agora, em outro momento ele vai...
- Foi sim, foi exatamente isso que eu quis dizer. - Ed se virou e olhou em meus olhos. - Eu demorei para dizer, mas foi exatamente isso que eu quis dizer.
- Okay, você achar que eu inventei as coisas para bater na Ellie. Você achar que beijei o Matt. Mas o Andrew, Ed... não teve um só dia que eu fui com a cara dele, não teve um só dia que eu não fugi dele, e você sabe disso, e quando ele cuspiu em mim, como se eu fosse um lixo que ele tinha usado e jogado fora, quando ele falou que um ruivo sem sal jamais iria me foder do jeito ele fez, eu tinha certeza que ele estava certo, que jamais você iria machucar como ele fez. Mas sabe, Deus que me perdoe, mas eu preferia ter passado tudo aquilo nas mãos dele, do que passar por isso nas suas. Sabe porque? Porque pra ele eu era uma coisa, eu era um pedaço de carne, ele não me conhecia, ele é um doente... Mas você, você era o homem que eu amava, que eu confiava e que eu achava que retribuía todos os meus bons sentimentos... - Eu engoli o choro - Mas agora eu sei que você é uma pessoa sem coração, você é aquela pessoa sem alma que as crianças te acusavam de ser... Eu vou embora e você pode ficar aí sozinho com seus fantasmas, com suas crenças e com o Andrew, a Ellie e seja mais quem você acredite... Você nunca precisou de mim para nada e você vai ficar aí sozinho tentando levantar a vida que você mesmo arruinou.
Eu levantei, Cherry segurou nas minhas mãos.
- Não vai, não vai assim, por favor. Fica. A gente, juntos, podemos concertar isso.
- Eu sinto muito. Sinto muito por você, mas é minha família, é minha avó e eu preciso ir.
- Ed! Faz alguma coisa, não deixa ela ir assim. - Cherry gritou quando foi até Ed.
Ed não falou nada. Pelo menos eu não ouvi.
Desci as escadas e quando respirei já na calçada, avistei o táxi, logo eu deu sinal de que era eu a pessoa que ele procurava e ele parou. Ele desceu e colocou as malas no porta malas. Eu entrei no carro.Da janela, olhei para cima e Ed continuava ali, na janela da sala. Mas desta vez ele olhava para mim, me olhava ir embora. Eu continuei a olhar para ele.
Tudo que ele havia me falado. Tudo o que ele pensava. Eu não conhecia aquele Ed.
Assim que táxi deu partida, eu não olhei para trás. Eu iria deixar Londres. Eu deixaria tudo para trás. Inclusive o Ed Sheeran.
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Photograph - Amores Imperfeitos [Ed Sheeran]
FanfictionContrariando suas expectativas, Júlia está completamente apaixonada agora. E o que parece ser um conto de fadas, vai esbarrar em outras pessoas e outras realidades. E então, eles vão ter que lidar com situações diversas criadas por suas decisões pa...