Photograph - Amores Imperfeitos [Ed Sheeran]

6 - Rose.

Olá amores. Desculpem a demora para postar. Como eu já havia falado, estou meio desanimada por esses tempos e não estou gostando muito do que eu venho escrevendo, por esse motivo, eu resumi bem as coisas e vamos pular para a próxima treta e tentar me salvar desse tédio/falta de inspiração/certeza de que a fic está uma merda. Obrigada por estarem aqui. Bjos <3

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Trabalhei bastante nos dias que se seguiram. Ninguém sabia, mas eu iria ao casamento da amiga do Ed, então tinha que deixar tudo em ordem.

Reservei o final de semana com as garotas. Fomos a um parque no Interior. Lá tinha piscinas, parque de diversões, animais como esquilos e tucanos ficavam livres pelo parque e tinha inclusive um local para fazer trilha e outras coisas que nos manteve ocupadas animadamente por dois dias.

Júlia: Apaixonada por ruivos.

Mandei para o Ed uma foto de um tucano vermelho. Quase duas horas depois, ele respondeu.

Ed: Quero trocar de lugar com ele. Ele está com você e eu não.

Prometi ao Ed, que assim que ele viesse para o Brasil, eu o levaria lá também.

Ao ficar longe, as ligações se tornaram nossas melhores amigas e ele me ligava nas horas mais estranhas e nossas frases mais comuns eram:

 - Ok. Você está dormindo. – Ele dizia.

- Não, eu não estou dormindo. Pode falar. – Eu insistia.

Mas, na maioria das vezes eu estava dormindo mesmo. Eu sabia que ele sabia disso, mas mesma assim ele me ligava.

Na semana, que não haviam coisas para fazer. Sempre que eu entrava no Facebook, Twitter ou  Instagram, tinha notícias do Ed. Aprendi a fazer um enfeite de fotos com CD e decidi que ocuparia meu final de semana com isso. Voltei a conversar com velhas amizades, e ás vezes achava que estava melhor mesmo.

Eu comecei a pensar um pouco mais em mim. Baixei filmes, séries, e mergulhei em livros que acabavam de ser lançados. Eu comecei a sair com velhos amigos ou até mesmo sozinha, queria que o Ed estivesse comigo, mas comecei a apreciar a minha própria companhia. Não me via mais, na maioria das vezes, naquela menina triste que eu era há um ano.

Claro que ter contato com o Ed ajudava muito apesar de muitas das suas fãs não gostarem do fato de ele estar namorando, a maioria delas me seguia no Instagram ou Facebook, provavelmente em busca de algum sinal dele por ali.

Ana queria que Ed viesse nos visitar e Catarina chegou a sugerir uma tarde de praia na qual eu compraria um baldinho para o Ed fazer castelo com elas e depois que eles enfeitasse tudo com conchinhas, todo mundo ia tomar sorvete.

Duas semanas já haviam se passado, e chegou a hora de avisar minha mãe que eu iria ver o Ed. E ela foi contra, claro.

- Você não vai. Você vai ficar em casa e visitar sua tia comigo. Seu pai está começando a achar ruim essas suas ausências no trabalho... Dá um tempo, você disse que queria levar as meninas para a Disney mas só fica gastando dinheiro para ir ver esse homem.

Eu não tinha mais quinze anos. Não respondi.

Júlia: Acho que não vou poder ir ao casamento.

Não fazia sentido eu morar com minhas filhas, sustentá-las, trabalhar e não poder viajar. Ia mandar um "esquece isso" para o Ed, mas ele foi mais rápido dessa vez.

Ed: Porque? Alguma coisa errada?

Júlia: Você sabe que as vezes não me sinto bem... É complicado. Tudo vira um problema.

Ed demorou provavelmente o que me pareceu dez minutos para responder.

Ed: Tudo bem. Passagens compradas para sexta-feira. Vem me contar o que é "tudo" que está te deixando triste.

Ou eu falava NÃO para os meus pais ou eu falava NÃO ao Ed.

Decidi arrumar as malas. Coloquei um vestido para ir ao casamento. Não entendi porque ele era convidado para tantos casamentos.

As meninas ficaram com o Erick. Minha mãe soube que eu viajei por um bilhete. Avisei meu pai que a passagem de volta já estava comprada. Fui na sexta-feira á tarde e cheguei lá quase no começo da madrugada. Esperava chegar em tempo para o casamento da Emily e do Gustav.

Dormi durante o voo todo. Já no aeroporto liguei o celular para saber se alguém ia me buscar.

Júlia: Você pediu para alguém vir me buscar ou eu posso ir de táxi?

Ed: Eu pedi para a Rose ir te buscar. Procure por ela.

Ed: Ela vai estar de vermelho.

Eu não fazia ideia quem era Rose, então procurei uma mulher vestida de vermelho. Vinte minutos se passaram e eu ainda não havia achado a Rose.

Júlia: Ed, ela não está aqui. Será que ela veio ao lugar certo? Ela sabe quem eu sou?

Ed: Ela está aí. Ela está te vendo. Procura por ela.

Procurei por mais vinte minutos. Eu já estava me desesperando. Respirei fundo e liguei para o Ed.

- Amor? Então, eu não achei a Rose, se ela estiver me vendo, pede para ela vir até mim. Estou no café perto do portão 12.

- Ela está ai.. Disse que está bem atrás de você.

Quando me virei, o Ed estava há alguns metros de mim segurando somente uma rosa. Eu sorri e ele veio em minha direção.

- Rose. – Ed me estendeu a flor enquanto parava na minha frente. Eu o beijei.

- Pensei que eu ia ficar aqui sozinha.

- Eu nunca vou te deixar sozinha... Eu estava com sarutade de você.

- Você é tão lindo sabia? – Passei a mão no rosto dele e ele sorriu - Se diz sau-da-de.

- Saurtade?

- Eu também estava com saudade – Eu o abracei e falei em seu ouvido – E eu adorei conhecer a Rose.

Fomos para o carro mais depressa do que eu esperava. Ed me ajudou com as malas e quase não haviam pessoas lá, o que facilitou muito nossa chegada ao carro. Ed abriu o porta malas e colocou mala ali. Assim que entramos no carro, percebemos que Kevin dormia, roncava e por vezes babava no banco do motorista.

- Você pega aquele copo? – Peguei um copo plástico perto da porta no banco de trás, Ed colocou água e encaixou o copo no colo do Kevin, entre sua barriga e o volante e me deu o celular dele para que eu segurasse enquanto gravava – Foca nele... No três, gritamos nome dele... 1, 2, 3...

- Kevin! – Gritamos juntos e Kevin se assustou, o copo virou e ele acabou mais molhados que eu nós esperávamos.

- Essa vai para o Snap, Kevin! – Ed ria embolado no banco, com as mãos na barriga. Kevin logo ligou o carro proferindo o que pareciam ser xingamentos.

- E o casamento, Baby? Ainda dá tempo de ir á festa?

- O casamento é amanhã.

- E porque você falou que era hoje?

- Para você vir logo ficar comigo. – Ele sorriu como uma criança que se sentia mais esperta porque acabara de enganar um adulto. – Vamos para minha casa hoje, amanhã almoçamos com a minha mãe, depois a gente se arruma e o jantar vai ser no casamento da Emily.

E foi exatamente o que fizemos.

Assim que chegamos à casa da família do Ed, John, Imogen e Matthew já esperavam por nós.