#1 - Melhor ranking alcançado em aventura.
E se Peter decidisse crescer e tivesse tido uma filha com Wendy? Essa é a história de Emily Pan, a filha do casal mais inesperado dos contos de fadas...
O que pode mudar numa terra em que o tempo parece...
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Elena
— Você está com algo que me pertence, garota. Diga-me onde colocou e irei te soltar.
Eu estava amedrontada. Não sabia como sairia dali ilesa.
— Eu não sei do que você está falando.
— Ah, sabe sim... Você está com o colar!
— Eu não peguei colar algum! — falei ao cuspir na cara dela.
— Você não sabe com quem se meteu. Amordacem e amarrem essa inútil, agora! — gritou ao limpar meu cuspe com a mão.
— Sim, Milady! — disse um dos rapazes que invadiram o banheiro logo depois.
— Não! Por favor, eu não fiz nada! — implorei.
— Cale-se! Rápido e a amarrem logo, paspalhos! Quer que alguém a ouça gritar e nos pegue no flagra?
— Ela não deixa Milady, não para de se mexer.
— Saíam! Deixem que eu mesma faço isso, idiots!
Ela amarrou meus braços e depois com um trapo sujo tapou minha boca. Comecei a espernear e a chutar o ar, em vão. Um dos capangas me pegou no colo e o outro segurou meus pés encharcados.
Com dificuldade para respirar resolvi não lutar mais. Tentei escutar se eles estavam dizendo para onde me levariam, mas apenas praguejavam em outra língua. Percebi pelo canto dos pássaros que estávamos no jardim da escola. Eles começaram a correr e a me empurrarem quando um grupo de alunos passaram gritando pelo pátio que ficava ao lado do gramado.
Tentei gritar, porém, a mordaça estava apertada demais. Uma tontura me atingiu e desmaiei pela falta de ar. Quando acordei não fazia ideia de quanto tempo havia passado. Eles afrouxaram o tecido da minha boca e deixaram frestas no saco que cobria minha cabeça. Acho que perceberam que eu havia desmaiado e por alguma razão não me queriam morta.
Estávamos do lado de fora da escola, podia sentir o muro arranhar as minhas costas. Eles continuavam a discutir em outra língua e não notaram que eu despertei. Comecei a gritar, o som saiu abafado. Gritei e gritei de novo e eles começaram a rir de mim.
— Você acha mesmo que alguém pode te ouvir? — disse um dos caras dando uma gargalhada.
Gritei outra vez, eu não podia desistir, pois era a única coisa que podia fazer para me salvar.
Alguns minutos passaram e alguém milagrosamente apareceu, não pude ver nada, apenas ouvir a megera falar com uma pessoa e depois um tumulto começar. Alguém caiu no chão, outro gritou de dor e a megera se esbarrou em mim com força me esmagando contra a parede.
Senti uma dor descomunal, mal tive tempo de respirar, pois alguém me puxou pelo braço, praticamente me arrastando para fora dali. Não consegui dizer nada, não conseguia correr. Tropecei algumas vezes quase caindo de cara, mas a pessoa me segurou. Foi quando reconheci de quem era a outra voz...