#1 - Melhor ranking alcançado em aventura.
E se Peter decidisse crescer e tivesse tido uma filha com Wendy? Essa é a história de Emily Pan, a filha do casal mais inesperado dos contos de fadas...
O que pode mudar numa terra em que o tempo parece...
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Emily
— Emily! Espera!
— Agora não Henrique! Preciso me preparar para a final.
— Por favor, Em! — implorou pegando em meu ombro e me fazendo parar.
— Ok, diga. Mas diga logo o que quer — pedi ao pegar meu colete para vesti-lo de novo.
— Primeiramente, parabéns pela final. Espero de coração que ganhe a medalha de ouro.
— Obrigada! Agora se puder ir. Eu realmente preciso me concentrar, Stewart.
— Tudo bem, eu só queria saber mesmo o que foi que a Elena fez dessa vez.
— Ela não te contou?
— Ela disse que não fez nada, mas não acredito nela.
— Hum, que pena. Se não acredita na sua própria namorada fica difícil, não acha? Eu não vou dizer nada. Já fiz a besteira de dizer ao John sobre o relacionamento de vocês e não vou dar uma de dedo duro de novo. Se quiser descobrir pergunte a uma outra pessoa qualquer.
— Em... Eu e a Elena não estamos mais... — Começou a dizer, mas o juiz o interrompeu chamando todos à quadra, para fazer um anúncio importante:
— ATENÇÃO! Esgrimistas e torcedores. Devido a toda esta confusão, se tornou impossível se realizar a final neste momento. Fica oficialmente adiado a final feminina para hoje à tarde, antes da competição masculina. Repassem para o máximo de pessoas possíveis, por favor.
— Que maravilha, hein?! Estava doida para ficar livre disso logo e ir para casa descansar.
— Pelo menos agora, você não tem mais desculpa para não assistir a minha competição.
— Fato! Mais uma vez o universo fez as suas vontades, Stewart. As estrelas devem mesmo te amar.
— E quem não me ama? — brincou.
— Palhaço!— sorri.
Despedi dele e catei todos os meus pertences que estavam jogados sobre o banco da quadra. Fui até o vestiário e coloquei uma roupa simples com um casaco que já estava com várias manchas de tinta da galera. Fui ao jardim para me deitar debaixo de uma árvore e esperar a hora do almoço ser servido.
Acho que devo ter cochilado por uns trinta minutos. Acordei abruptamente com um grito surdo que vinha de algum lugar perto dali. Mais que depressa me levantei para ver o que estava acontecendo, mas não avistei uma pessoa se quer no jardim. Andei devagar tentando amortecer meus passos na grama para que não fizessem nenhum barulho, peguei um pedaço de pau que se aparentava com um taco de beisebol e continuei a procurar.
Ouvi o grito outra vez e caminhei mais rápido na direção do som me preparando para acertar quem quer que fosse aparecer na minha frente. Foi quando vi três sombras por detrás do muro da escola, me escondi do outro lado da parede olhando para o chão com medo que minha sombra me denunciasse. Lembrei e vi que eu não tinha mais sombra, senti minha bile subir com o pavor que começou a dominar meus nervos, precisei respirar fundo para continuar segurando o bastão com firmeza.
