#1 - Melhor ranking alcançado em aventura.
E se Peter decidisse crescer e tivesse tido uma filha com Wendy? Essa é a história de Emily Pan, a filha do casal mais inesperado dos contos de fadas...
O que pode mudar numa terra em que o tempo parece...
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Emily
Quando voltamos à hospedaria estava tarde. Mamãe, meus tios e meus primos voltaram do passeio que eles fizeram para mais uma das belas construções antigas da região.
Meu pai não falou mais nenhuma palavra desde que saímos do círculo de pedras. Eu não sabia dizer se ele estava mesmo magoado comigo ou preocupado com a viagem que segundo ele teria que fazer para a tal Ilha. E era de se preocupar mesmo, porque minha mãe não iria gostar nada de ficar sabendo disso. Isso se ela já não soubesse.
Durante a caminhada de volta, tentei processar tudo o que ouvira naquela tarde. Tentei assimilar as informações com as coisas que vinham acontecendo na minha vida desde que Violet sumira e às vezes algumas delas até faziam sentido se eu levasse mesmo para o lado fantasioso. Violet sumiu sem nenhuma explicação e meses depois ainda não tínhamos notícias. Meu quarto tinha sido invadido umas duas vezes no mínimo e o da Elena também. O mais estranho de tudo para mim, foi me lembrar de que continuava sem a minha sombra. Papai não me contou nada relacionado a roubo ou desaparecimento de alguma e também não me dei o trabalho de perguntar.
Minha mãe foi a primeira a vir correndo até mim quando cheguei. Me abraçou apreensiva, passando a mão pelos meus cabelos e verificando minunciosamente se estava tudo bem comigo. Quando meu pai entrou pela porta da sala de estar, logo depois de mim, mamãe lhe encarou com uma expressão duvidosa. Ela me perguntou como havia sido o passeio e o que eu achara da comida que ela mandara.
Em vez de responder o que ela tinha me perguntado, minha mente se inflamou de raiva e falei enfurecida:
— Como pôde?
— O que você disse? — devolveu mamãe confusa.
— Como pôde nunca ter me contado nada, você e meu pai?
— Emily! Eu não sei do que você está falando! — esbravejou minha mãe super tensa que não parava de encarar meu pai.
— Ela não acredita, amor. Juro que tentei de tudo para convencê-la — disse meu pai ao se jogar em uma das poltronas da sala. — Já me alertaram que isso poderia acontecer, mas eu me recusei a acreditar que era possível, que ela poderia ser...
— Uma descrente? — Meu Deus, amor. Isto dificultará muito as coisas.
— Do que vocês estão falando? — interrompi ainda tremendo de nervosismo.
— Uma descrente na missão que você está destinada a ter... Nunca pensei que fosse possível. E a culpa pode ser nossa. — Meu pai explicou com um tom de voz angustiado.
— Missão? Ainda por cima existe uma missão? O que mais escondem de mim? — Meu sangue estava fervendo que não quis ouvir mais nada. Fui me afastando lentamente, desnorteada e desvencilhei da minha mãe quando tentou segurar meu braço.