Capítulo 37 - Uma Rede Para Uma Sereia

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Emily



— SOCORROOO!!!!! Alguém me tira daqui!

Eu já estava cansada de gritar, minha garganta doía e nem sinal de uma alma viva para me salvar. Não fazia ideia de quanto tempo estava trancada ali. Quando acertaram o Henrique e me arrastaram, pensei que iria morrer, mas tudo o que o homem estranho fez foi me trancar no vestiário da escola.

A rede estava começando a me machucar, eu não sabia dizer se era mesmo uma rede de pesca ou se era uma rede de gol, apenas sabia que quanto mais eu tentava me escapar dela mais eu me enrolava toda.

Sangue!

Quando dei por mim vi que meu braço sangrava, no escuro não dava para ver o tamanho do corte, apenas pude sentir o líquido pegajoso e ferroso escorrer até uma de minhas mãos. Na hora achei que tivesse me sujado com algo, mas quando cheirei o líquido vi que era sangue. Acho que eu devia ter me cortado na hora em que alguém me derrubou com a rede. Lembrei que estava carregando a lanterna antiga e ela deve ter se quebrado na hora e o vidro me cortado.

O tempo parecia ter simplesmente parado. A minha esperança era de que logo o sol nasceria, pelo menos era o que eu achava. De toda forma, seria domingo e não teria ninguém na escola, eu me definharia até segunda-feira, passando fome e sede se ninguém me encontrasse logo e me tirasse dali.

Odiava ambientes escuros e pior ainda lugares fechados. Me dava pavor só de imaginar que estava sem ar. O vestiário começou a esquentar e senti o oxigênio rarear, sei que podia ser tudo paranoia da minha cabeça, mas não existe tortura maior que o nosso próprio psicológico.

— HENRIQUEEEEE!!!!

Tentei mais uma vez gritar, em vão.

O que fizeram com ele? Será que ele estava bem?

O meu choque era tanto que eu nem conseguia chorar, era como se meus extintos estivessem em alerta e que chorar seria um desperdício de água para o meu corpo.

Eu suportaria passar por qualquer coisa naquele momento, menos perdê-lo. Tínhamos nos acertado depois de tanto tempo de desencontros, era como se a vida fizesse de tudo para impedir nossa felicidade ou que ficássemos juntos. Ou talvez fosse apenas uma porrada de azar que nos circundava. Bem que o Maxon disse que aquela roupa de gato preto nos traria coisas ruins. Mas seria muita bobagem minha acreditar que uma roupa à toa como aquela tivesse tido alguma responsabilidade sobre o que de fato aconteceu. Para mim isso tinha dedo de alguém, alguém que queria nos prejudicar e estava disposto a tudo para isso.

Talvez alguém estivesse querendo me dar um susto, logo viria me buscar e me tiraria daquele lugar horrível.

Só que a cada minuto que passava eu perdia minhas esperanças. A cada minuto que eu ficava sem um pouco mais de oxigênio e com menos energia para sobreviver, fosse lá quanto tempo que eu permaneceria ali.

Emily Pan🌟 #1 - De Volta à Terra do Nunca ☄️ COMPLETO < (1° FASE da Série)Onde histórias criam vida. Descubra agora