Capítulo 8 - Bônus de Benjamim

90 20 0
                                    


            Thomas até agora não voltou, acho melhor ir procurar por ele. Me despedi de meus amigos e resolvi ir até o elevador. Está demorando muito, parece até que alguém está travando essa droga! Acho melhor eu ir pelas escadas logo, é uma longa descida, não posso perder tempo. Thomas é um cara tão fechado para o meio social que sinto medo de deixa-lo sozinho por muito tempo. Comecei a descer as escadas e percebi que não seria tão ruim deixa-lo sozinho. Eu já estava exausto! Quem me olha assim nem acredita que sou um policial. Quando passei para a polícia foi uma satisfação imensa, mas agora só tenho dor de cabeça. Ao continuar descendo, comecei a escutar gritos, me parecia um casal discutindo. E discutindo feio. Continuei descendo, só que agora com mais cautela para não ser percebido.

- Você está me machucando, Théo. Me solta!

Aquela voz suave tocou em meus ouvidos como música. Eu estremeci meu corpo inteiro ao ver aquela moça. Até pensei em passar direto, mas não podia deixar que um cara tão sem sal fizesse algo com ela.

- Você está surdo, cara? Solta ela!

- Vai se ferrar! A menos que você seja policial, não encha meu saco. Não se meta em briga de marido e mulher.

Naquele momento eu não sabia se ficava feliz e ria debochadamente pelo que ouvi, ou se me decepcionava ao descobrir que ela realmente era mulher desse inútil. Soltei meu distintivo da polícia civil por fora da camisa e repeti a frase.

- Você está surdo?

Ele a soltou o braço dela e me encarou continuadamente. Segurei os braços dela como um troglodita e arrastei ela dali.

- Me tirou dos braços dele para me machucar, também?

- Você devia me agradecer!

- Não te devo nada. Até mais, policial!

Eu fiquei sem entender nada com as atitudes daquela mulher, mas confesso que gostei. Gosto do que é complicado. Deixei ela ir embora e fiquei admirando aquela bela bunda. Espero encontrá-la novamente.   

O amor que encheu a barrigaOnde histórias criam vida. Descubra agora