- Eu não posso fazer isso com a Rosa. Ela não tem culpa.
- Tudo bem.
Não acredito que o Thomas vai acreditar nessa vaca. É claro que ela só está se aproveitando dessa oportunidade para poder dar para ele. Ele é um burro! Fui até o meio da rua e entrei na frente de um táxi. Entrei e pedi para que ele acelerasse de uma vez. O motorista, assustado, arrancou com o carro e foi embora. Eu pedi para que ele me deixasse na esquina ali ao lado mesmo. Eu só queria fugir do Thomas. Ele resolveu não me cobrar nada, graças a Deus! Desci do táxi e fui andando até o apartamento da Dona Margarida. Era um pouco longe, demorei bastante para ir até lá. Lembrei que eu tenho que trabalhar à noite. É um péssimo horário, vai atrapalhar minhas festas, mas é bom que não preciso acordar cedo. Fuxiquei minhas coisas e procurei uma roupa bem formal. Quando terminei de me vestir, me senti aquelas secretárias de filme pornô. Minha mãe me deu uns trocados para que eu conseguisse chegar ao trabalho nesses primeiros dias. Vou ser bem remunerada e ganharei todos os benefícios. Cheguei ao prédio para começar a trabalhar e o porteiro me olhou de cima a baixo.
- Boa noite, senhora.
- Boa noite, moço.
Indo em direção ao elevador, percebi que o mesmo estava quase se fechando por completo. Corri e comecei a gritar para que o rapaz que estava dentro dele segurasse a porta. Ele me escutou e pôs a mão entre as portas. Cheguei ofegante e parei ao seu lado.
- Muito obrigado. Você foi muito gentil.
- Não há de quê, moça.
Aquela voz grossa entrou de uma forma inacreditavelmente suave em meus ouvidos e eu, que ainda não havia olhado com atenção ao rapaz, levantei a cabeça e suspirei quando vi um moreno, alto e com o cabelo muito baixo. Ele tinha uma postura militar, era forte e tinha um lindo sorriso branco.
- Moça?
- Oi?
- Chegamos ao último andar, não chegou ao seu destino?
Eu estava tão distraída com a beleza desse homem que nem percebi que tinha passado do meu andar. Eu deveria ter descido no terceiro andar, e estou aqui, no sétimo.
- E você? Não chegou ao seu?
- Sim. Claro.
Ele me deu um breve sorriso, acenou e saiu do elevador. Eu fiquei plantada ali, olhando aquela beldade indo embora. Eu não estava feliz por ver ele ir embora, mas estava amando ver ele de costas. Esperei o elevador tornar a descer e sai no andar certo dessa vez. Fui até uma moça que parecia estar me esperando. Ela me passou todas as instruções e disse que eu ficaria em um balcão, bem na frente de um escritório. As luzes do escritório estavam apagadas, ele estava vazio. Parei atrás do balcão e percebi que haviam várias pastas e alguns telefones. Estudei toda situação no tempo que fiquei ali, sozinha. Eu comecei a olhar para o escritório, ele era protegido por uma parede de vidro, e tinha uma plaquinha com um nome em cima da mesa. Forcei um pouco a visão para tentar enxergar o que estava escrito ali e vi que o nome era "Angelo". É um bonito nome, espero que o dono seja bonito também. Já que Thomas está se divertindo com aquela outra lá, vou me divertir também. Fiquei alguns minutos sentada e percebi que aquele moreno estava voltando.
- Ah! Então é você?Olhei em volta e só havia eu ali. Claro que sou eu, que pergunta idiota.
- Eu o quê?
- Você é a nova secretária, não?
- Sim, eu sou. Conhece o Dr. Angelo?
- Conheço.
Ele andou um pouco mais e se colocou em minha frente. Esticou a mão direita e disse:
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O amor que encheu a barriga
RomancePLÁGIO É CRIME! Thomas é um jovem de 25 anos, de pele parda e com cabelos castanhos que combinam com seus olhos cujos cílios são longos e atraentes. Seu maxilar bem desenhado dá um contexto maior aos lábios que, por sua vez, são pequenos e miste...