Capítulo 21 - Thomas

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            - Certo.

Será perfeito! Vou poder estudar e por minhas necessidades em dia. Nada de amor, nada de paixonite e nada de ciúmes. Não há nada melhor que isso. Cochilamos ali por alguns minutos e eu acordei primeiro, levantei apenas de cueca, escovei os dentes e preparei o café da manhã. A minha cabeça está um turbilhão. Que cara vou fazer quando ela levantar e me olhar nos olhos? Depois de tantas desavenças, provocações e algumas juras de ódio, cá estamos. Logo depois desse breve pensamento, escutei o barulho da maçaneta do quarto. Ela vinha apenas de calcinha e sutiã, com o cabelo bagunçado e o rosto inchado. Que cena maravilhosa! Já dava para desejar ver isso em todas as manhãs da minha vida, mas infelizmente ela vai me machucar. Assim como todas as outras. Não dá para confiar em ninguém, todos acabam te magoando de alguma forma.

- Bom dia, esquentadinha.

- Bom dia, idiota.

- Como foi sua noite?

- Não ferra!

Ela foi até o banheiro e escovou os dentes e, ao retornar, sentou na mesa da cozinha.

- Não está vendo as cadeiras?

- Vem aqui me tirar de cima da mesa, então.

Fui até ela e parei bem na sua frente. Ela me olhou por alguns segundos e me envolveu nas suas pernas, segurando minha nuca e me beijando. Ela só pode ser uma máquina! Derrubamos os talheres que estavam sobre a mesa e eu deitei ela sobre a mesma. Minha ereção já era visível e ela estava sentindo isso.

- Não vai tomar o café da manhã, Helena?

- Não vai me tomar de café da manhã, Thomas?

Logo após ela sorriu e bateu o calcanhar em minhas costas, me puxando para si. Coloquei a calcinha dela para o lado e penetrei. Eu não sabia o quanto era maravilhoso fazer sexo pela manhã. Passamos aproximadamente quarenta e sete minutos fazendo amor na cozinha. Transamos na mesa, na pia, no fogão. Quando estávamos quase no ápice, a porta da sala se abriu devagar. Tomamos um susto enorme e saímos correndo para o quarto, nos vestindo depressa. Saímos do quarto desconsertados e encontramos Benjamim e Isabel na sala de estar. Fomos até lá e paramos um ao lado do outro, sem saber que cara fazer. Resolvi brincar para quebrar o gelo.

- Bom dia, casalzinho.

- Bom dia, Thomas. O que aconteceu com vocês dois?

- Nada, por quê?

- Porque sua camisa está ao contrário, o cabelo dela parece que nunca viu um pente e ela está com as pernas tremendo.

Eu corei na hora, não sabia o que dizer e acabei cuspindo desculpas.
- Estávamos malhando nos seus aparelhos.

- Mas vocês não se odiavam?

Eu olhei para Helena e ela retribuiu o olhar. Eu não sabia mais o que falar, minhas desculpas estavam acabando.

- POR QUE VOCÊ ARMOU PARA QUE EU FICASSE SOZINHO COM ELA, BENJAMIM?

Ele olhou para Isabel e os dois deram altas risadas.

- Thomas, foi tudo coincidência.

- Otário!

- Eu te amo, meu amigo.

Voltei para o quarto e me arrumei direito. Helena veio e fez o mesmo.

- Vamos embora?

- Estou grana para a passagem.

- Eu te levo.

Nos despedimos de Benjamim e Isabel com secura e fomos embora. Seguimos até meu carro e entramos no mesmo.

O amor que encheu a barrigaOnde histórias criam vida. Descubra agora