Capítulo 22 - Helena

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    Acabei cochilando e, quando acordei, Thomas não estava do meu lado. Será que foi um sonho? Até porque foi bom demais para ter realmente acontecido comigo. Vesti minha calcinha e meu sutiã e sai do quarto. Fui até a cozinha e fiquei boquiaberta. Acho que ainda é um sonho. Aquele Deus grego idiota estava apenas de cueca, fazendo o nosso café da manhã. Deu para desejar ver isso em todos os dias da minha vida, mas infelizmente ele será um completo imbecil. Todos os homens costumam ser. Agem como se nós, mulheres, fossemos apenas objetos sexuais. Não dá para confiar em ninguém, aliás, não quero confiar em ninguém. Estou bem demais com a minha vida de pipa avoada.

- Bom dia, esquentadinha.

- Bom dia, idiota.

- Como foi sua noite?

- Não ferra!

Fui até o banheiro e escovei meus dentes. Fiquei pensando se teria outra chance de ter um sexo bom como esse. Talvez ele ainda demostre ser um babaca e eu nunca mais transe dessa forma. Preciso aproveitar! Voltei do banheiro e me sentei na mesa. Meus pensamentos já estavam me torturando de tal forma que me deixou molhada imediatamente.

- Não está vendo as cadeiras?

- Vem aqui me tirar de cima da mesa, então.

Ele veio até mim e parou na minha frente. Olhei para ele por alguns instantes, prendi ele entre minhas pernas e beijei ele como se fosse a nossa última vez. Espero que não seja. Alguns talheres caíram no chão quando me apoiei sobre a mesa, puxando-o para cima de mim. Ele me deitou na mesa e disse:

- Não vai tomar o café da manhã, Helena?

- Não vai me tomar de café da manhã, Thomas?

Abri um grande sorriso e bati meus pés nas costas dele, empurrando-o para cima de mim. Ele colocou minha calcinha de lado e começou a empurrar. Cada estocada era um paraíso diferente que eu conhecia. Acho que nunca vou estar saciada. Transamos por quase cinquenta minutos. Foi na pia, no fogão, apoiada na geladeira, em cima da mesa. Fazer sexo de manhã é maravilhoso. É uma espécie de convite para a felicidade e um belo início de dia. Quando estávamos quase gozando, ouvimos um barulho na porta da sala enquanto ela se abria e corremos para o quarto. Nos vestimos depressa e encontramos o Benjamim e a Isabel, na sala de estar. Parei ao lado do Thomas, desnorteada e sem saber o que falar. Depois de um breve silêncio, Thomas abriu a boca.

- Bom dia, casalzinho.

- Bom dia, Thomas. O que aconteceu com vocês dois?

- Nada, por quê?

- Porque sua camisa está ao contrário, o cabelo dela parece que nunca viu um pente e ela está com as pernas tremendo.

O Thomas ficou vermelho e eu já estava roxa de tanta vergonha. Eu não falava nada, apenas encarava a Isabel e tentava passar, pelo olhar, que eu iria matá-la.

- Estávamos malhando nos seus aparelhos.

Foi uma boa desculpa. Eu estava torcendo pelo Thomas nessa conversa.

- Mas vocês não se odiavam?

Eu e Thomas nos encaramos depois dessa pergunta infeliz e não soubemos mais o que dizer. Na verdade, ele não soube mais o que dizer. Eu não soube desde o início.

- POR QUE VOCÊ ARMOU PARA QUE EU FICASSE SOZINHO COM ELA, BENJAMIM?

BOA, THOMAS. ESSE É MEU IDIOTA! Benjamim e Isabel se encararam e começaram a rir alto.

- Thomas, foi tudo coincidência.

- Otário!

- Eu te amo, meu amigo.

O amor que encheu a barrigaOnde histórias criam vida. Descubra agora