Capítulo 11 - Helena

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    Depois de uma noite razoável com aquele gringo, voltei ao meu apartamento para descansar. Tenho uma boate maravilhosa que a Isabel havia me indicado para. Lembrei que havia desaparecido da praia sem dar qualquer satisfação à Bebel, acho melhor eu ligar agora.

- Oi, Lena.

- Bebel, eu quero te pedir desculpas por ter sumido.

- Não tem problema, amiga. Esquece isso.

- Está tudo bem? Vamos dar uma volta na praia para falar pessoalmente?
- Eu não estou mais no Leblon. Voltei para a baixada.

- O QUE HOUVE?

- Encontrei o Théo com outra. E pior não é isso.

- EXISTE ALGO PIOR QUE VER SEU NAMORADO COM OUTRA?

Eu fiquei sem saber o que dizer. Eu sabia que havia algo de errado naquele desgraçado. Ele não se importava com nada que ela fazia. Não sei porque ela tentou de novo. Não duvido nada que daqui a pouco já esteja amando alguém. Ah! Se ela soubesse como é bom deitar a cabeça sobre um travesseiro sem ter que se preocupar em saber se alguém está ou não te traindo...

- O pior foi que um policial gostosíssimo me tirou das mãos do Théo e me pegou com uma força que me arrepiou dos pés à cabeça.

- Isso é ruim?

- É! Eu me fiz de difícil. Ele parecia ser esnobe e egocêntrico; eu não podia dar liberdade para ele se achar à vontade. Quando ele segurou em meus braços eu fui abusada e nem agradeci. Só Deus sabe a vontade que eu estava de pular no colo dele e sentir aquele corpo esculpido encostando no meu.

- Você é louca! Eu já teria feito tudo que me viesse à cabeça. Bom, vou desligar, preciso separar minha roupa para sair hoje à noite.

- Ok!

Como sempre, ainda não decidi o que vou vestir hoje. Estive pensando em pôr um vestido vermelho colado no corpo e um salto alto. Fazer meu cabelo e pintar minhas unhas para que combinem com o vestido. Minhas férias estão acabando, logo terei que voltar para o calor da baixada. Tomei um belo banho, quando a noite chegou, e coloquei a roupa que havia separado. Desci do apartamento e saí do prédio para que pudesse pegar um táxi, até que um idiota quase me atropela. Quando eu olho para dentro do carro, é aquele cara de novo.

- VOCÊ ESTÁ ME SEGUINDO, SEU DOENTE? QUASE ME ATROPELOU, VOCÊ É MALUCO?

Fui até o carro dele e comecei a bater no capo para que ele saísse do mesmo.

- Você é retardada? É a segunda vez que entra na frente do meu carro sem prestar atenção e eu que sou maluco? Não toque em meu carro, ele compra três casas da sua.

- Você é um imbecil! Engula seu dinheiro, isso não tem significância.

- Não? Dinheiro não pareceu ser sem importância quando entrou naquele prédio o gringo estranho.

EU NÃO ACREDITO QUE ELE DISSE ISSO!

- ESTÁ ME CHAMANDO DE QUÊ, HEIN?

Não aguentei ficar só gritando, comecei a bater nos peitos dele e ele começou a rir. Isso me deixou ainda mais nervosa. Eu estava a ponto de surtar. O desgraçado ainda entrou no carro e piscou para mim. ELE DEBOCHOU DE MIM. Nunca senti tanto repúdio de alguém. Espero não vê-lo nunca mais. 

O amor que encheu a barrigaOnde histórias criam vida. Descubra agora