Capítulo 47 - Caroline

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- Você está me acostumando mal com essas surpresas, Tom. - Falei enquanto dava as costas ao abrir a porta e me deparar com o meu ex.

- Me desculpe, eu não podia esperar.

- Esperar o quê? - Perguntei virando o corpo em sua direção.

Em um ataque repentino, Thomas segurou minha nuca e me beijou. Seus lábios quentes conseguiram emitir tremedeiras em minhas pernas, e, ao perceber isso, me segurei em sua cintura.

- O que está fazendo? - Indaguei em meio ao beijo.

- O que eu devia ter feito há sete anos. - Respondeu enquanto tirava a minha blusa e caminhava, carregando o que sobrara do meu corpo íntegro até o sofá.

Me sentei sobre o braço do sofá e, sabendo que meu short largo, de pano fino, deixava transparecer toda a minha intimidade, abri minhas pernas enquanto tocava meus próprios seios. Thomas andou em minha direção com a sua ereção evidente e segurou meu cabelo pela parte superior da minha cabeça, prendendo a mesma nas costas do sofá enquanto colocava sua perna esquerda em entre as minhas e, com a mão direita, colocava seu membro para fora. Minha boca não parava se salivar enquanto ele se masturbava olhando em meus olhos. Eu estava dividida entre querer transar e não querer começar porque já estava perto do meu primeiro orgasmo.

- O que você quer? - Perguntou ele, enquanto me olhava e mordia seus lábios inferiores.

- Eu quero te chupar! - Exclamei com certeza.

Thomas colocou em seu rosto o sorriso mais cafajeste do universo e ficou em pé no sofá, flexionou o joelho esquerdo, levantou a perna direita, colocando-a no outro lado do meu corpo e puxou minha cabeça com força até sua intimidade. O primeiro som, assim que esgasguei, me fez parecer uma capivara com derrame. Meus olhos já lacrimejavam.

Aos 18 anos, Thomas não sabia fazer mais do que o famoso "papai e mamãe" e não passava de 10 minutos. Hoje, ao sentir tudo isso, não paro de imaginar o quão me arrependo de ter feito tudo que fiz com ele.

- No que está pensando? - Perguntou ele, enquanto ainda segurava meu cabelo e me posicionava em pé, com os braços apoiados nas costas do sofá.

- No quanto eu quero que você me coma!

Quando senti a ponta da sua intimidade sobre meus grandes lábios, o telefone começou a tocar sem parar.

- Ah, não! - Reclamei enquanto retomava a postura e ia até o mesmo.

- Por que paramos? Não é só deixar tocar? - Perguntou abrindo os antebraços e mostrando as palmas das mãos.

- Bem-vindo ao mundo dos pais, meu bem. - Falei enquanto dava dois tapinhas nas suas costas e corria para o quarto.

- O que houve? - Perguntou enquanto me seguia.

- Me esqueci de buscar o Eduardo. - Falei enquanto colocava uma calcinha limpa e, ao mesmo tempo, equilibrava o celular no ouvido usando o ombro direito.

- Eu levo vocês lá. - Propôs enquanto colocava a roupa.

- Tudo bem.

Corremos para o elevador e nos beijamos mais um pouco. Tudo parecia estar perfeito. Thomas havia mudado muito, mas eu não mudei tanto. Ainda sou a Caroline de sete anos atrás. Imperfeita.

Chegamos até a escola e o Eduardo era a única criança que restara. Me desculpei com a professora e levei ele até o carro do Thomas. Achei que estávamos seguindo de volta para o meu apartamento, mas Thomas entrou em uma rua diferente.

- Onde vamos?

- Ao shopping. - Respondeu, sem olhar para mim.

Chegando lá, seguimos até o cinema e, na filha do mesmo, havia uns garotos encarando Thomas sem parar. Percebi que ele abaixou a cabeça assim que percebeu, mesmo não sendo um costume seu.

- Por que estão te olhando tanto? - Perguntei sem parar de olhar para os garotos que, por sua vez, começaram a se aproximar.

- E aí, Tom! - Falaram os três ao mesmo tempo.

- E aí, garotos. - Thomas respondeu sem olhar diretamente para os meninos.

- Não vai rolar mais aquele negócio na praia? Convencemos nossa coroa e ela comprou umas sungas bem legais! - Afirmaram alegres demais.

- Infelizmente não, galera. Eu e Helena estamos enfrentando uns problemas.

Os garotos que há dois segundos estavam felizes, fecharam a cara e deram as costas na hora, retomando seus lugares na fila e falando algo uns para os outros.

- Falando em Helena. O que aconteceu com essa menina? - Perguntei enquanto passava a mão no cabelo do Dudu.

- Eu não sei. - Respondeu ele, enquanto olhava para o nada.

Está mais do que na cara que Thomas ainda ama essa moça, mas eu não vou deixar que esse sentimento perdure. Ela não é mulher suficiente para um homem como ele. Eu sou. 

Assistimos um filme infantil enquanto minha mão passeava pela coxa dele. Thomas me olhava sem parar enquanto eu tentava decifrar o que estava passando em sua mente em todos os momentos que ele parecia estar me encarando, mas seu semblante deixava transparecer uma viagem anormal de seus pensamentos. Thomas parecia estar enfrentando um turbilhão. 

Algumas horas depois, fomos até meu apartamento novamente e Thomas de predispôs a colocar o Dudu para dormir. Fiquei na cozinha preparando algo para sair da rotina e transarmos a madrugada inteira, sem pausas. Percebi uma demora fora do normal e decidi ir até o quanto.

Chegando lá, me deparei com o Eduardo jogado sobre os peitos de Thomas enquanto o mesmo enfrentava o oitavo sono. Ele parecia uma pedra. Abri um enorme sorriso e fui até a cama, me deitei ao seu lado e fiquei olhando para o teto até adormecer.

Eu não sei o que esse homem tem, mas eu nunca mais vou deixar ele novamente. Ninguém me impedirá de ficar aqui, para sempre. Um filho foi uma ótima ideia para fazê-lo derreter novamente. Me amar será questão de tempo.

O amor que encheu a barrigaOnde histórias criam vida. Descubra agora