Acordei um um barulho que supostamente vinha da cozinha de Caroline. Demorei uns segundos até perceber onde eu estava e com quem eu estava. Meu filho estava desmaiado de sono em meus braços. Resolvi não interromper aquele sono que me parecia tão tranquilo e permanecia li por um tempo.
- Bom dia, pai do ano. - Falou Caroline enquanto entrava no quarto com uma bandeja repleta de frutas cortadas e um chá.
- Não tem pão? - falei enquanto batia o dedo indicador nas rodelas de bananas.
- Pão?
- É, pão, manteiga, mortadela, suco.
- Não, Thomas. Eu não me lembro desse seu gosto gastronômico.
- Helena só come essas coisas, acho que me acostumei.
- Vai sempre falar dessa moça? - Indagou enquanto dava as costas e se retirava do quarto.
Minha fome tinha chegado ao zero logo após saber que só haveria isso para comer. Me levantei e peguei minha coisas enquanto andava até a porta. Caroline estava na Janela da sala de estar e não percebeu a minha saída. Eu precisava espairecer, não sei se estou pronto para voltar aos meus hábitos.
Entrei em meu carro e fui até a praia. O sol estava escaldante, e a praia estava repleta de famílias que vinham de onde Helena veio. Coloquei uma bermuda curta que havia no carro e tirei a camisa. Segui até a areia e me sentei de forma que a água batesse na ponta dos meus dedos.
- Tom?
Levantei a cabeça e me deparei com Isabel e Benjamim. Os dois estavam usando trajes de banho. Isabel estava com um biquini vermelho e Benjamim estava com uma sunga branca.
- O que fazem aqui? - Perguntei enquanto levantava e batia a mão direita na parte de trás da minha bermuda para tirar a areia - Não respondam. Foi uma pergunta idiota.
- Ainda bem que você reconhece. Por isso você é meu amigo. - Disse Benjamim com tom de ironia - Como vai sua vida, máquina do tempo?
- Máquina do tempo?
- É. - Disse abrindo os braços e dando leves tapas em meu rosto - Não é você que gosta de voltar ao passado?
- Não tem graça, cara. Caroline está diferente - Falei enquanto seguiamos até um quiosque.
Isabel permaneceu calada o tempo inteiro. Apenas nos seguia. Nos sentamos em umas das mesas e Benjamim mostrou ser o policial mais chato do Rio de Janeiro, com seu infeliz interrogatório.
- E aí, garanhão? - Falou enquanto chamava o rapaz do quiosque e pedia uma água de côco - Por que não está mais indo à faculdade?
- São só alguns dias. Não vou morrer.
- E Helena?
- Já chega de perguntas, Benjamim. - Falei me debruçando sobre a mesa - Helena fez a escolha dela.
- Não, Thomas. Você é quem fez a escolha aqui. - Falou Isabel, sem tirar o canudo da boca.
Me sentei com postura novamente e olhei para o mar.
- O que acha de jantar com a gente hoje, paspalho? - Perguntou Benjamim, na tentativa desesperada de mudar o assunto.
- Melhor não. - Repondi sem olhar para ele.
- Eu perguntei por educação. - Falou enquanto levantava e pegava a carteira para pagar o que havia comprado - Tenho uma revelação para fazer hoje à noite.
- Não acredito!
- No que?
- Eu sabia! - Exclamei enquanto ria alto.
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O amor que encheu a barriga
RomancePLÁGIO É CRIME! Thomas é um jovem de 25 anos, de pele parda e com cabelos castanhos que combinam com seus olhos cujos cílios são longos e atraentes. Seu maxilar bem desenhado dá um contexto maior aos lábios que, por sua vez, são pequenos e miste...