O Homem "Frio"

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Olhei para o lado e o bastardo do Julian havia sumido feito fumaça.
Voltei a olhar Sophie que tinha um imenso sorriso nos lábios, ela estava pronta para destilar seu maldito veneno e faria isso sem dó nem piedade.

Aproximou-se de mim analisando-me dos pés à cabeça, lhe devolvi um sorriso sínico.

— Olá Tristan!

Tomei o que restava do meu champanhe — Sophie! — Pronunciei seu maldito nome sem trincar os dentes pela primeira vez.

Ela me pareceu notar meu nervosismo ou só talvez aguardasse o momento certo para cutucar a ferida.

— Fiquei sabendo de Lisa, uma pena não é mesmo?! — Disse num tom um pouco sugestivo — Como ela está?

Eu quase tive um ataque de risos porém me controlei.

— Sem hipocrisias Sophie! — Pedi a lançando um olhar frio.

— Desculpe, só estava tentando ser educada... Mas se eu estiver lhe incomodando não tomarei mas seu...

— Ah por favor, se você se importasse com isso teria me ignorado assim que pôs os pés nessa porcaria de festa — Falei a interrompendo.

Ela gargalhou — Você sabe que eu não me contenho.

Um garçom passou por nós, substitui minha taça vazia por uma cheia e dei um considerável gole.

— Desculpe querida, não posso perder meu tempo com você — Falei prestes a deixá-la.

— Como anda o coração? — Disse num tom pretensioso, engoli minha saliva e controlei meus sentimentos, de maneira alguma eu ia demonstrar fraqueza.

— Melhor do que nunca — Respondi frio.

— Soube que partiram ele... — Continuou num tom desafiador.

Suspirei mantendo a calma.

— Não se pode partir algo que não lhe pertence — Respondo sutil.

— Duvido muito!

Um outro garçom passou por nós, peguei uma outra taça e a entreguei para Sophie me aproximando de maneira intimidadora, ela não recuou e continuou me fitando com aquele olhar desafiador.

— Vadias frias não partem o coração de ninguém Sophie — Esclareci me aproximando o suficiente e resistindo ao máximo, por mais que eu quisesse odiar aquela mulher, eu não conseguia, era extremamente perigoso estarmos tão próximos, seus lábios me tentavam e seu perfume me implorava para que eu fraquejasse.
— Tome o seu champanhe, aproveite o resto da noite e não me incomode, amor. Você pode estar debaixo das asas de Kyle agora mas lhe prometo que não será por muito tempo, homens como eu costumam a perder o interesse rapidamente, você é só mais um brinquedinho, a merda de um troféu. Apesar de ser uma excelente assassina peço que não deixe sua arrogância atrapalhar seu raciocínio, basta uma boa recompensa pela sua cabeça e todo miserável ambicioso daqui até a Europa começará uma perseguição sem descanso. Então por hora, não me irrite — Ameacei num tom intimidador e em seguida depositei um beijo no topo de sua testa, pude nota-lá titubear com o olhar, segui na direção de uma bela ruiva que me encarava desde o momento em que eu havia chegado naquela porcaria de festa deixando Sophie.

Longe o suficiente me permiti olhar para trás, lá ela estava, o braço do filha da puta do Kyle a envolvia exibindo-a como um prêmio e o estupido sorriso de satisfação.

(...)

Empurrei a ruiva para dentro do banheiro ouvi ela protestar mas ignorei, tranquei a porta, ela estava de costas, a empurrei, ela grudou a cara e as mãos na parede.

— Aí — Protestou num tom de safadeza, cheguei por trás apertando suas cochas e a imprensando mais contra a parede.

— O que vai fazer comigo? — Perguntou em tom meloso, fazendo-se de desentendida, eu sorri... Adorava esses joguinhos.

Mordi seu ombro e distribui beijos até chegar a sua nuca, ela estava arrepiada.

— O que eu quiser! — Sussurrei de maneira dominadora ao pé do seu ouvido, ela se arrepiou novamente, em seguida subi seu vestido e afastei-me um pouco analisando sua bela bunda e a calcinha.

Ela se manteve imóvel, na posição que eu havia lhe deixado, estapeei uma banda de seu delicioso traseiro e depois a virei para que me encarasse.
O desejo era eminente em seus olhos.

Após uma intensa troca de prazer, me recompus e sai do banheiro primeiro. Julian me lançou um olhar fuzilador e caminhou na minha direção.

— O que? — Questionei com um sorriso divertido apertando um pouco mais a minha gravata.

— Filho da puta sortudo! — Resmungou.

— Eu estou ganhando Julian — Anunciei com satisfação, ele estava puto demais comigo.

— A loira ali me chupou — Ele disse um tanto decepcionado, apontando com um olhar para a mulher.

– Pensou mesmo que eu entraria no banheiro com aquela ruiva apenas pra um oral? — Tive vontade de rir da "ingenuidade" dele.

— Eu só não queria chamar atenção Tristan, diferente de você e da senhorita escandalosa.

Eu gargalhei.

— Admita logo que eu venci.

— O.k idiota, meus parabéns! — Admitiu relutante e abriu um sorriso em seguida.

— O que foi?

— Uma certa ex sua chegou a por as mãos na maçaneta da porta do banheiro... Mas parece que ouviu algo que não queria e voltou pro lado de Kyle com uma cara emburrada. — Julian ironizou.

— Lamentável! — Comentei num falso tom de interesse.

Julian e eu tínhamos esses joguinhos, que foram interrompidos por um tempo desde a maldita ligação de Sophie.
Mesmo que eu ainda nutrisse sentimentos por ela eu precisava seguir com a minha vida, talvez eu conseguisse lhe arrancar da minha cabeça voltando a velha rotina.

(...)

Acordei pela manhã com a porcaria do telefone tocando, me sentei na cama o pegando de cima do criado-mudo. Atendo a ligação.

— Acho bom ser importante! — Digo de mau humor.

— Seu irmão é importante? — Julian questionou sarcástico.

— Diz logo, o que foi que ele fez?

— Ele tá apagado aqui numa das mesas do clube.

— Merda! — Falei pondo a mão na cabeça.

— Você vem ou quer que eu mande a bela adormecida? — Ironizou

— Não, não faz nada... Estou indo até aí!

Mr. Blake - King Of Crime (Sem Revisão) HiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora