Iniciação

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Tentei acordar Bryan mas o infeliz insistia em continuar naquele estado decadente, Julian me passou uma garrafa de água gelada, abri a tampa e despejei o líquido nele. Ele
levantou a cabeça de maneira brusca e assustado, me controlei para não rir de seu cabelo pingando e sua blusa molhada.

— Que porra é essa? — Perguntou indignado

— Eu que te pergunto isso, qual o motivo do porre?

— Lisa e eu discutimos — Ele disse sem rodeios, Julian me pareceu incomodado e saiu nos deixando sozinhos.

Revirei meus olhos.

— Anda, levanta... Não tenho tempo pra essas merdas desnecessárias! — Mandei.

Chamei a atenção de uma das garotas que ainda estavam ali, ela veio com uma outra garrafa d'Água. Eu entreguei a Bryan junto com um pote de aspirinas.

Ele tomou os comprimidos junto da água.

— Recomponha-se e me siga! — Ralhei ríspido lhe dando as costas e saindo do clube acompanhado de meus seguranças.

Entrei na limusine e esperei impaciente meu irmão entrar no carro. Lhe entreguei um óculos esporte e em seguida um copo da Starbucks.

— O que vamos fazer? — Ele questionou após dar um gole no café.

— Você verá! — Respondi, o motorista baixou a divisória, fiz um sinal para que ele seguisse, ele levantou a divisória novamente e prosseguiu.

(...)

Eu desci primeiro e meu irmão mais novo logo após de mim.

— O que fazemos no Luigi's? — Questionou confuso.

Ignorei e então segui para o restaurante que a essa hora não tinha nenhum cliente, Luigi's estava na bancada com a expressão amistosa de sempre.

— Bom dia Luigi! — Cumprimentei de longe.

— Buon Giorno Sir Tristano! — Respondeu simpático, me aproximei do balcão, Bryan me seguiu. — Do que gostaria?

— Uma xícara de café, sim? — Bryan continuava a me analisar confuso.

— Comprou café na starbucks só pra mim? — Perguntou atento a reprise do jogo de futebol que passava-se na pequena tv do restaurante.

— Odeio essas porcarias industrializadas — Respondi.

Bryan estava prestes a se sentar no banquinho — Não vamos demorar — Avisei num tom repreendedor.

Luigi's retornou com minha xícara de café, lhe agradeço e joguei uma nota de cem sobre o balcão, me dirigi até a porta da cozinha junto de Bryan e em seguida saímos pela outra porta que dava no beco e mais uma porta em frente.

Um de meus seguranças já nos aguardava em pé ao lado da porta com uma edição do Los Angeles Times em mãos.

— Bom dia Mr. Blake! — Cumprimentou.

— Bom dia! — Respondi, peguei o jornal com a mão em que eu não segurava a xícara, ele abriu a porta, Bryan e eu entramos acompanhados de meus outros dois seguranças.

Assim que entrei me sentei numa cadeira e tomei um gole considerável do meu café, Bryan entreolhou para mim e o homem imerso no ar com os punhos amarrados numa corda que estava presa ao teto.

— O que é isso?

Suspirei tranquilamente.

— Depois de ler o meu jornal — Respondi pousando minha xícara sob a mesa de metal onde haviam alguns utensílios e abrindo meu jornal.

Depois de folhear o meu jornal por alguns minutos, dobrei o pousando sob a mesa e terminando meu café. Me levantei e me aproximei do meu irmão que estava confuso e perplexo ao mesmo tempo.

— Que merda é essa Tristan? — Questionou mais uma vez.

— Esse é Roy Mclaurey, um policial hipócrita que quis bater de frente com os nossos negócios — Expliquei tranquilamente enquanto o homem ferido se debatia, murmurava coisas incompreensíveis graças a fita na boca e nos olhava com fúria.

— Eu não estou entendendo.

— Você vai entender — Falei lhe dando as costas e retornando para perto da mesa, onde haviam três únicos "utensílios" .

Uma adaga, sal e molho de pimenta.

— O que você quer que eu faça Tristan? — Senti certa falha na voz do meu irmão.

— Não dá pra ser mais óbvio que isso Bryan — Pronunciei pegando a adaga e admirando sua bela e afiada lâmina.

Mr. Blake - King Of Crime (Sem Revisão) HiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora