— Eu posso dizer algo? — Liza questionou pousando a mão no meu ombro, eu havia me sentando na cama e ela resolveu sentar-se ao meu lado.
A encarei por alguns segundos e depois confirmei com a cabeça.
— Por que esta duvidando de si mesmo? Você praticamente nos criou sozinho. Eu sou muito grata a Christopher mas cá entre nós... ele não era o melhor pai. — Novamente Liza tentava me confortar diante da minha situação.
— E se eu for igual a ele? — Temi — Quer dizer, eu não consigo sequer resgata-los quem dirá ser pai.
Liza riu — Você igual a Christopher? — Riu novamente com a possibilidade.
— Se tem uma coisa que eu tenho certeza que você nunca será é igual a ele.
— Liza, olha bem pra mim... veja no que eu me tornei! Eu sou nosso maldito pai, estou sempre mal humorado dando ordens, eu sou arrogante. Eu dirijo seus malditos negócios, eu me viciei nisso assim como ele. — Expliquei — E meu filho? Ele também será fadado a essa vida? Eu quero ele longe disso tudo.Liza soltou uma breve risada.
— Essa criança será herdeira da mafia.
— Eu não quero que ela viva nesse mundo.
— Bem Tristan, não é sua escolha.
— Claro que é!Liza riu novamente — A mãe dele ou dela é uma mafiosa e o pai um gângster, essa criança pode muito bem nascer com o dom para esse tipo de vida.
Quem riu dessa vez fui eu, eu não ia permitir que isso acontecesse.
— Eu não vou cometer o mesmo erro duas vezes, se eu tivesse insistido um pouco mais talvez Bryan não estaria em uma droga de coma!
— Ou talvez isso custe a sua relação com seu filho ou filha, porque afastar Bryan deu tão certo! — Disse de forma irônica.
A encarei e praguejei — Eu odeio quando você esta certa! — Admiti.
(...)
Observei o telefone por alguns segundos com um papel na minha mão, esse papel com esse maldito número de código de área europeu havia sido entregado para nós durante os primeiros ataques de Lorenzo. Completamente irrastreável, se eu não odiasse tanto aquela maldita situação eu contrataria os crackers de Lorenzo pois os desgraçados estavam fazendo um excelente trabalho.
Já havia passado da hora de eu fazer um acordo, nada era mais importante que minha família, nem mesmo minha maldita sede de poder.Disquei o número e fui atendido no segundo toque.
— Blake? — Ele atendeu após meu longo suspiro.
— Eu quero que prometa que entregará os dois vivos e sem nenhum arranhão Lorenzo! — Resolvi ser direto pois eu não tinha tempo a perder.
— Com todo o respeito... — Disse soltando uma risada debochada, respeito era a ultima coisa que eu esperava desse filho da mãe — Mas você não esta em condições de exigir nada.— Como faremos isso? — Questionei depois de um tempo em silêncio, ele tinha razão e eu odiava isso.
— Eu ainda não sei, mas preciso de certas garantias. — Lorenzo teve a audácia de falar isso, não pude conter minha risada irritada.
— Garantias? — Repeti incrédulo— Não acha que o fato de eu não colocar uma bala na sua cabeça seja suficiente?— Eu quero L.A Blake! — Falou o obvio desviando-se da minha ameaça.
— E eu lhe entregarei sem dúvidas. — Garanti.
— E o que me garante que depois que eu finalmente obtenha você não voltará das cinzas querendo me derrubar?Eu ri novamente com sua audácia — Essa é a ironia Lorenzo, não tem como você saber e não pode me pedir para que fique quieto porque... bem, guerra por poder faz parte da rotina.
— Se isso não for feito nos meus termos temo que terei de dar outro futuro a Victória. — Ele ameaçou e eu me limitei a ficar em silêncio, inúmeros pensamentos doentios invadiam a minha cabeça apenas com aquela ameaça, eu não podia deixar que nada acontecesse com Victória.— Eu ligo em dois dias para lhe informar como será feito! — Ditou desligando a ligação, tremi de ódio e quis destruir meu celular, porém, me contive.
Eu não ia deixar que ninguém mais se machucasse por minha sede insaciável de poder, era isso, eu entregaria Los Angeles numa bandeja de ouro como ele tanto queria porque no final de tudo isso, toda essa vida de adrenalina, luxo e poder não valiam o risco.
Victória, meu filho, meus irmãos meus amigos eram reais e a minha lealdade estava com eles.
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Mr. Blake - King Of Crime (Sem Revisão) Hiatus
Fiksi Penggemar"Meu pai me forçou a entrar nisso e uma vez que dentro você acaba se acostumando, não existe dignidade, sua alma é corrompida, você não se reconhece mais, chega um ponto em que você começa a gostar do seu lado sombrio. Eu nunca quis ser um criminoso...