Mr. Blake - King Of Crime (Sem Revisão) Hiatus

Álcool

— BLAKE! — Ouvi Castle gritar em repreensão e continuei andando ate o carro.

— Droga seu desgraçado, pelo menos me ouça! — Ele resmungou segurando os ossos nasais em frustração.
— O que?
— Você não esta em condições de dirigir!
— Você sabe que aquele licor era água pra mim — Constatei sarcástico.
— Tristan, você não vai dirigir! — Ele continuou irredutível e eu concordei, peguei as chaves do carro e as joguei na direção de Julian que não esperava por aquele movimento e por pouco não as deixou cairem no chão.

— Então dirija porra! — Resmunguei contornando o carro indo em direção a porta do carona e Julian balançou a cabeça negativamente indo para o lado do motorista.

Já dentro do carro, Julia ligou o motor mas não deu a partida.

— Blake...
— Se você falar mais uma vez sobre álcool não me fazer sentir melhor, Deus me controle ou eu vou quebrar a sua cara Julian — Interrompi o ameaçando, o observei bufar em frustração e então foquei meu olhar na minha janela. Julian finalmente deu a partida no carro.

Em alguns minutos chegamos. Castle jogou as chaves para um dos rapazes que trabalhavam no clube e me acompanhou ate o escritório.
Assim que chegamos no escritório eu corri ate o bar do Castle e tirei do móvel uma garrafa de Jack, pegando um copo de uísque e me servindo.

— Quer me contar o que está rolando?
— Virou meu psicólogo por acaso? — Reclamei levando o copo ate a boca, esvaziei num único gole e regozijei todos os preciosos segundos que aquela bebida desceu causando sua típica e prazerosa ardência.
— Não, mas eu sou seu amigo e é pra isso que eu sirvo! — Ele insistiu sentando-se em sua cadeira, me mantive em pé.

— Não. — Respondi num tom mais baixo e frio observando o fundo do meu copo vazio.
— Não? — Ele repetiu — Tristan, você sabe que acumular merda dá em... merda! — Disse tentando me convencer.
— Esse sou eu Julian, sou 80% merda. — Resumi lhe dando as costas e enchendo o meu copo novamente, puxei a garrafa e a levei para a mesa de Castle me sentando na poltrona de visita, pousei meu copo em cima da mesa dele. — E os 20% restante são paranóias — Debochei sombrio.

— Victória? — Ele pronunciou o nome dela.

Mandei o uísque pra dentro esvaziando novamente o copo em uma única golada.

— Que sensação de déjà vu — Constatei enchendo o copo pela terceira vez.

Flashback ON

— Eu por acaso deveria saber quem é esse? — Questionei enquanto o homem mascarado apontava a câmera para o chão gravando o corpo.

— Um colaborador de Lorenzo — Ele resumiu.
— E essa é a melhor forma de vocês nos provarem que isso não se trata de uma armação?
— Bom, se isso não lhe for suficiente, receio que terá de confiar na nossa palavra.

Soltei uma risada sem humor — Claro, claro! Porque é exatamente assim que o mundo funciona. — Debochei.
— Vai ter que bastar! — O homem respondeu num tom impaciente do outro lado.
— E que tal se você me mostrar o seu belo rostinho?! — Sugeri.

E ele ficou em silêncio provavelmente refletindo sobre.

— Seria um excelente voto de confiança — Continue.

Dominic e Kaleb estavam sentados a mesa enquanto o celular estava em um suporte também alocado a mesa.
Ouvi o homem bufar em irritação e dirigir-se para um outro cômodo. Eles definitivamente estavam em uma espécie de cabana.
— O.k — Ele disse, lancei um olhar para Dominic que agiu habilmente, na hora que ele retirou a bala clava exibindo a sua face, Dominic rapidamente levou a mão ao telefone e tirou uma print.

— Diga xis! — Comentei com deboche.

O homem confuso, recolocou o acessório cobrindo seu rosto rapidamente.

— QUE DROGA É ESSA? — Ele se alterou indignado.
— Um pouco de garantia não faz mal a ninguém — Comentei.
— Será que da pra você ser mais específico?
— Bom, é o seguinte, apesar de eu achar que vocês só querem o dinheiro e livrarem-se dessa situação o mais rápido possível, eu não cheguei onde cheguei confiando na bondade do coração das pessoas — Expliquei sarcástico — Eu vou dizer o que vai rolar, se isso for uma emboscada e todos nós formos mortos essa sua  linda carinha estampara os celulares de todos os assassinos dos EUA, sua cabeça vai a prêmio e se eles matarem os seus amigos digamos que será um bônus gigantesco. — Expliquei — Meu braço direito também esta em L.A e também sabe quem é você. Isso é apenas a garantia da garantia.

— Apesar de você estar me ofendendo e me irritando pra caralho, eu ainda quero seguir em frente com nossa troca. Eu costumo honrar minhas promessas.
— Nos vemos em duas horas então? — Questionei.
— Sim! — Ele disse desligando a ligação.

Flashback OFF

Castle me lança um sorriso idiota.
— Sophie? — Ele pronunciou o outro nome.
— Eu sou um idiota — Constatei.
— Eu disse Blake, esse negócio de se apaixonar só causa problemas! — Julian relembrou e eu bufei.
— Não faça isso Julian — Pedi.
— Isso o que?
— Parafrasear Christopher! — Falei num tom mais sombrio.

— Blake eu... desculpa! — Ele pediu —Não era essa a minha intenção
— Eu sei — Respondi um tanto brusco — É só que eu estou bebendo e é simplesmente impossível não lembrar desse filho da puta — Resmunguei.
— Desculpa de verdade — Julian continuou e eu me irritei mais.
— Apenas esqueça isso. — Falei olhando para o copo.

Castle estava prestes a me falar algo, mas foi interrompido com uma batida na porta. Ele deu a ordem para que entrasse e um dos seguranças adentrou a sala com uma expressão confusa.

— O que foi?
— É Nikki Martinez senhor! — O homem revelou.

Soltei uma gargalha e me levantei de imediato.

— O que tem ela?
— Ela esta na pista de dança, eu não sei o que fazer, se a prendo ou simplesmente a deixo.
— Eu resolvo isso!

Respondi pegando o copo me dirigindo a saída daquele escritório com Castle em meu encalço.